terça-feira, 28 de julho de 2009

Vêm aí os trans-humanos

{{pt|Robô na Globaltech.Image via Wikipedia

Vêm aí os trans-humanos

Liz Else, da New Scientist

SÃO PAULO - O cientista Ray Kurzweil diz que humanos e máquinas vão se fundir em 2045.

Para o inventor e futurista Ray Kurzweil, ser um humano com inteligência limitada e vida finita nunca foi o bastante. Ele elaborou o conceito de singularidade — o momento em que os humanos vão se misturar com as máquinas, tornar-se mais inteligentes e viver para sempre. Dos centros de pesquisa à Casa Branca, alguns repudiam a ideia enquanto outros esperam ansiosos que ela se transforme em realidade. Mas, afinal, algum de nós viverá o suficiente para testemunhar esse acontecimento?

INFO Quando a singularidade será real?

KURZWEIL - Por volta de 2045. Já somos uma mescla de tecnologia biológica e não biológica. Algumas pessoas têm dispositivos eletrônicos implantados no cérebro, por exemplo. A última geração desses aparelhos permite que programas médicos sejam transferidos para um computador dentro do cérebro. Então, se considerarmos que, daqui a 25 anos, essas tecnologias serão mil vezes menores e bilhões de vezes mais poderosas, podemos ter noção do que será possível. E, mesmo que a maioria dos indivíduos não tenha computadores implantados no corpo, essas máquinas já são parte de nós.

E se as pessoas não quiserem ser trans-humanas e se misturar com a tecnologia?

Quantas pessoas desprezam as tecnologias médicas e de saúde, não usam óculos ou não tomam remédios? Elas dizem que não querem mudar a si mesmas, mas, quando ficam doentes, fazem qualquer coisa para se curar. Não chegaremos à década de 2030 ou 2040 em um piscar de olhos. Milhares de pequenos passos nos levarão até lá. Junte todos eles e, no final, teremos um mundo diferente.

Conseguiremos superar os problemas ambientais para chegar a 2045?

Sim. Há mais recursos do que imaginamos. Precisamos captar apenas uma parte em 10 mil da luz do sol para ter toda a energia de que necessitamos. A nanotecnologia está sendo aplicada a sistemas de absorção de luz solar e eles estão melhorando num ritmo exponencial. Novas tecnologias desse tipo são baratas, porque obedecem à lei do retorno acelerado.

O que você quer dizer quando fala em "lei do retorno acelerado"?

O poder das ideias de mudar o mundo está se acelerando e poucas pessoas realmente compreendem as implicações disso. Não estamos habituados a raciocinar exponencialmente, embora a mudança exponencial se aplique a tudo que envolve medida de informações. Pense no sequenciamento genético. Quando o projeto do genoma humano foi anunciado, em 1990, os céticos disseram: "Vocês não vão conseguir fazer isso nem em 15 anos". Na metade do processo eles permaneciam irredutíveis, argumentando que só 1% do projeto havia sido concluído. Mas isso mostrava justamente que o cronograma estava sendo seguido corretamente. Quando chegamos a 1%, estávamos a apenas sete multiplicações do final. Em ritmo exponencial, 1% é bastante.

No seu currículo existem previsões importantes que depois se confirmaram. O pensamento exponencial o ajudou a determinar quando essas mudanças ocorreriam?

Em meados da década de 80, eu previ o surgimento da web para os anos 90. Na época, essa projeção parecia ridícula, já que todo o orçamento do Departamento de Defesa dos Estados Unidos conseguia conectar somente alguns milhares de cientistas. Mas percebi que esse número iria dobrar a cada ano e foi isso que aconteceu. É impressionante o quanto a velocidade do desenvolvimento da tecnologia da informação é previsível. Mesmo assim, milhões de inovadores vão aparecer com ideias inesperadas. Quem poderia antever as redes sociais ou os blogs? Se, há 10 anos, eu tivesse dito que iríamos criar uma enciclopédia em que qualquer pessoa poderia acrescentar e editar informação, diriam que essa enciclopédia teria muita baboseira e seria absolutamente inútil. É incrível o que pode ser realizado quando reunimos o conhecimento coletivo.

Esses avanços soam como utopia.

Eles não são utópicos porque a tecnologia também gera problemas. Entretanto, acredito que os benefícios suplantam os danos que a tecnologia causa. Mas nem todos concordam comigo.

Por que você fundou a Universidade da Singularidade neste ano?

Eu e Peter Diamandis, fundador e presidente da Fundação X Prize (que distribui prêmios a cientistas inovadores), decidimos que estava na hora de construir uma universidade. Queríamos reunir os principais representantes de áreas como inteligência artificial, nanotecnologia, biotecnologia e computação avançada. O objetivo é solucionar questões do futuro, que são problemas complexos e multidimensionais. A Nasa e o Larry Page, do Google, também estão apoiando o projeto. Estamos começando com apenas 40 estudantes neste ano. É um curso intensivo de nove semanas.

Você descobriu algo sobre si mesmo ao participar do documentário Transcendent Man, que conta a história da sua vida?

Sim. Me dei conta do quanto aprendi com o relacionamento que tive com meu pai e de que fui infl uenciado pelo fato de ele ser uma pessoa criativa. Realmente, ele me faz muita falta. Era um aclamado compositor em Viena, cidade que deixou para fugir dos nazistas. Ele morreu de ataque cardíaco quando eu tinha 20 e poucos anos.

Você já disse que gostaria de trazer seu pai de volta à vida. Pode explicar melhor isso?

Eu poderia usar o DNA coletado do seu túmulo por nano-robôs e toda a informação extraída por meio de inteligência artifi cial das minhas memórias e das lembranças que outras pessoas guardam dele. Além disso, usaria os objetos que pertenceram a ele. Tudo isso seria carregado num computador. Ele seria um avatar ou um tipo de robô.

fonte: info online

Nota: Esse é o grande sonho da humanidade, a vida eterna, mas não uma vida eterna de qualquer maneira, mas com um corpo perfeito, como se diz atualmente, uma vida com qualidade.

Esse história de homem-máquina vem sendo projetada no imaginário popular pelas obras de ficção científica faz tempo. Já vimos isso em seriados de tv como a mulher biônica, e em filmes como robocop, onde inclusive o cérebro de um psicopata foi implantado em um robô, quem não se lembra dos Borgs de jornada nas estrelas, meio homens, meio máquinas?



O que está por trás de tudo isso é o sonho de imortalidade da elite global, antes buscava-se na magia e no ocultismo a pedra filosofal ou o elixir da imortalidade, agora com os avanços tecnológicos da informática e da nanotecnologia os esforços saíram das sociedades secretas e estão na ciência e suas quase infinitas possibilidades.

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Um comentário:

Anônimo disse...

mal vejo a hora de me torna um transhumano sera fantastico

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