sexta-feira, 26 de setembro de 2014

VOCÊ SABE O QUE É O TRANSHUMANISMO?


Não satisfeita com a exposição de novelas exaltando, desenfreadamente, o homossexualismo e o adultério, agora a TV Globo está mostrando uma novela (a das 19 horas), abordando o Transhumanismo, na qual o personagem principal – vivido por Murilo Benício, é um cientista que analisa e incentiva o uso da ciência e da tecnologia, especialmente da biotecnologia, com projeções holográficas, a fim de resolver os problemas humanos. O pior é que esse exato personagem na entrega do Tanshumanismo é um tipo desajustado e infeliz, dominado por conflitos, o qual odeia a própria mãe, que não lhe deu carinho na infância.

Mas, o que é exatamente o Transhumanismo? O Dr. Martin Erdmann pode nos dar a resposta.

 http://herescope.blogspot.com.br/2006/02/brave-new-breed-creatures-in-pursuit.html

 “A Medicina já não se limita à cura. O constante uso popular da Biotecnologia constitui uma longa lista, indo desde a perda de peso até o nascimento de cabelos, controle da natalidade, ortodontia, escolha do sexo do bebê, etc. (1) O Transhumanismo está progredindo no melhoramento humano, ao estruturar a visão do homem perfeito, dentro de uma complexa máquina humana, apropriadamente chamada “posthuman” (pós-humana). Isto significa um esforço no sentido de anular toda a limitação humana e redefinir a personalidade. Nick Bostrom, professor de Filosofia em Oxford e co-fundador da World Transformation Association (Associação Mundial de Transformação), escreve: “Os pós-humanos irão contemplar eterna juventude e saúde, obtendo controle total sobre suas mentes e emoções, experimentando um ‘novo estado de consciência’, o qual as mentes de hoje nem sequer podem captar”. (2). “Os pós-humanos poderão escolher os próprios corpos físicos que lhes favoreçam a vida, como os modelos de informação nas vastas e rápidas obras da Internet” (3). Embora isto nos pareça bizarro, a existência humano-mecânica tem penetrado na prevalecente onda de filmes, como um potencial radical - e muitos cientistas, médicos e filósofos afirmam que isso estará disponível, dentro de algumas décadas. Conforme escreve o presidente do Council of Bioethics (Conselho de Bioética), esta ciência exige uma atual e pública discussão sobre “o que significa ser um ser humano e agir como um ser humano” (4).

“Os transhumanistas separam o valor da vida do homem da Biologia e da criação, colocando o seu valor nos ideais e experiências humanas. À medida que os valores humanos o guiam, este paradigma lhe permite redefinir todos os aspectos da vida (5). Não existe tentativa no sentido de reter a “humanidade” (que seria ruim), mas, em vez disso, apenas ser humano. (6). Em sua Declaração Transhumanista, a World Transformation Association confirma “a fusão e remodelagem da condição humana em áreas, incluindo a idade, as limitações sobre os intelectos humanos e artificiais, a não escolhida psicologia, o sofrimento e o confinamento ao planeta Terra” (7). A tecnologia se junta à educação, cultura e política, como uma ferramenta, nesse avanço. Quando indagado se o Transhumanismo está de acordo com a natureza, Nick Bostron responde: “Absolutamente e disso ele não se acanha. É sempre correto estar de acordo com a natureza” (8). A condição básica exigida para a pós-humanidade é a segurança global, a fim de salvaguardar o explosivo potencial do Transhumanismo, o processo tecnológico e o amplo acesso a essa tecnologia. O Transhumanismo credita ao homem o potencial de criar um ambiente, dentro do qual ele seja aperfeiçoado.

“A obra atual do Transhumanismo envolve tecnologias, tais como interfaces cerebrais programadas, neuro-farmacologia e, talvez, mais notavelmente, a Nanotecnologia. Esta é uma ciência molecular, cujas linhas adicionais de pesquisa vão, desde a energia alternativa até a cura do câncer.
Visto como a pós-humanidade exige a Nanotecnologia futurista, os transhumanistas defendem a Criogenia, ou congelamento do corpo humano, na esperança de que os pós-humanos possam, um dia, transformar os humanos em seres iguais a eles. Nick Bostrom argumenta que, até mesmo uma chance de 5 a 10% de sucesso poderia transformar os contatos criogênicos numa opção racional para pessoas que a isto se dediquem e tenham um grande desejo de obter uma continuada existência pessoal (9). No mesmo artigo, ele ainda propõe o uso de “pílulas da personalidade” e colonização do espaço. Além das idéias isoladas de um professor universitário de Oxford, o melhoramento do processo anti-idade e da inteligência é também objetivado pela National Nanotechnology Iniciative (Iniciativa Nacional da Nanotecnologia) do governo dos Estados Unidos. Contudo, em vez de se confinar ao “simples” objetivo da cura do câncer, ou até mesmo da restauração da visão, os transhumanistas argumentam que os homens estão no primeiro estágio da evolução, induzindo ao que é fundamentalmente humano, através da Nanotecnologia e de outras ciências.
“Conquanto a criação de pós-humanos esteja embasada sobre os valores humanos, o Transhumanismo também admite espaço para que os valores pós-humanos possam diferir dos atuais. Isso porque os valores “procedem da mente” (10). Tendo em vista que os valores de um homem são apenas os que ele escolhe, os pós-humanos devem abraçar valores não abraçados pelos humanos atuais. O credo da Igreja Transhumanista, declara, meridianamente:
‘As lembranças que nós temos; os pensamos que nós pensamos; as emoções que nós sentimos; estes formam a essência de quem nós somos. Sem essas qualidades poderíamos deixar de ser nós mesmos. E não é preciso haver qualquer explicação sobrenatural para essas qualidades... Nossa alma deve se elevar à estrutura do nosso cérebro, sem, contudo, tornar-se dependente do mesmo’. (11).

     Ele prossegue: “Somos nossos próprios salvadores. Não podemos confiar em forças sobrenaturais ou externas, a fim de que nos orientem na jornada. A responsabilidade está sobre nossos ombros, para criar o mundo, no qual desejamos viver.” (12).

     Apesar da rejeição transhumanista à força sobrenatural, sua filosofia cheira a Misticismo. Os místicos, tais como os herméticos e os teosofistas, buscam deliberadamente a auto-transcendência. Esse era um imperativo ético e o maior objetivo de vida, conquanto o sucesso se fixasse meramente sobre as apropriadas técnicas e atitudes. O Transhumanismo e o Misticismo se embasam ambos na técnica humana. Tendo em vista que o declarado objetivo do Transhumanismo é transcender todos os limites, estas duas filosofias devem compartilhar os seus objetivos finais: “quer seja a união total com o SER metafísico ou a autonomia espiritual e perfeita”. (13). Com notável consistência, o Transhumanismo transforma os implícitos aspectos místicos em explícito humanismo secular. Então, torna-se bastante claro que o Humanismo tem sido sempre uma forma de Misticismo, disfarçado por uma camada de verniz secular.

Os transhumanistas são criaturas em busca da perfeição autônoma. Conquanto negando a criação por um Ser sobrenatural, eles proclamam, livremente, a sua “habilidade e o seu direito de planejar e escolher as suas próprias vidas”. (14). Trata-se de uma armadilha transhumanista para enganar o descuidado. O Transhumanismo é totalitário em seu âmago. Apenas a um pequeno grupo de “cientistas pós-humanos” (elitistas culturais e econômicos) é garantida a “liberdade total”. O seu claro objetivo é dominar a humanidade, pois deseja refazer a criação, inclusive do homem, a fim de adequá-la ao seu próprio objetivo. C. S. Lewis continua indagando, quando escreve que “a natureza humana será a última parte da Natureza a se sujeitar ao homem” . Então, a batalha será ganha... Mas quem, exatamente, irá ganhá-la? (15).Considerando-se todas as probabilidades, torna-se bastante duvidoso que o Transhumanismo seja, finalmente, bem sucedido em seus explícitos objetivos de vencer a fragilidade humana, a fim de conseguir estabelecer o seu paraíso na Terra. Apesar dos tremendos avanços na ciência e na tecnologia, a maioria dos humanos ainda sente frio, durante o inverno. E um rápido olhar pela seção de óbitos poderá mostrar a morte, como a inexorável ceifeira de vidas, conforme ela sempre tem sido...

Os utopistas de todos os quadrantes, no passado, abraçaram objetivos semelhantes aos do Transhumanismo e do Gnosticismo. Conforme observa Jean B. Quant: “Esta secularização da tradição milenar, nos séculos 19 e 20, corta ao meio a linha divisória entre a Teologia e a Ciência Social, entre os clérigos e os intelectuais”(16). Como acontece com os transhumanistas atuais, a tecnologia desempenha um papel importante, ajudando a desenvolver a busca do homem perfeito, através de utópicos objetivos. Referindo-se aos clérigos e intelectuais do final do século 19, e início do século 20, Quant declara: “Os avanços tecnológicos foram especialmente significativos, no sentido de apressar a chegada da nova era. O progresso do homem em direção ao Reino [de Deus] tem sido, até agora, lento, porque o avanço humano e a solidariedade social têm agido em propósitos opostos” (17). Quant qualifica que nem “todos os reformadores que acreditavam na mesma forma de progresso, compartilhavam o otimismo pós-milenar religioso ou secular” (18). Ao contrário dos eclesiásticos progressistas, os cristãos orientados ao futuro “não pertenceram à corrente principal do pensamento da Reforma, durante as décadas que antecederam o século 20”. (19). Quant ainda sugere que “os que acreditavam nesse tipo de utopia terrena não pertenciam à corrente principal. E esses modernos pós-milenistas tendem a formular o pensamento mais dentro do seu otimismo, da perfeição, da sua fé e da irmandade, unindo-se ao moderno espírito científico, a fim de vencerem os males do mundo”.(20) [N. T. - Um clássico exemplo desse tipo de cristão é Rick Warren com a sua utopia de “Uma Vida com Propósito”]. Contudo, essas tentativas de estabelecer uma sociedade perfeita, não apenas são fúteis, como ainda contrariam o plano escatológico de Deus, conforme está escrito na Escritura [a qual “não pode ser anulada”, conforme João 10:35].

Até certo ponto, a igreja tem-se comprometido com o Transhumanismo. Principalmente, um grande número de carismáticos e pentecostais já adotou visões semelhantes e muitos outros têm sido conduzidos a esse fim [N.T. - O Exército de Joel e os Manifestos Filhos de Deus estão entre esses]. Mike Oppenheimer escreveu: “A nova tendência é achar que a igreja é uma via poderosa para o que não vai acontecer” (21) ele prossegue: “De fato, isso tem-se tornado rapidamente comum, nas igrejas que operam sob a chamada ‘nova unção’.” (22). Alguns dos cristãos que não abraçam completamente o Transhumanismo aceitam suas filosofias, sendo enredados em suas motivações, mormente pela possibilidade de trazerem o Reino de Deus para este mundo. Eles têm sido tragados pelo Movimento Latter Rain, ou pela crença de que os cristãos são “uma contínua encarnação de Cristo no mundo”, o Qual dará à luz o Reino de Deus na Terra. (23).

Conforme os que apoiam este movimento, os cristãos vão conduzir a humanidade a um novo estágio de sua existência. Através da obra individual de cada cristão, a morte será paulatinamente vencida, até que deixe de existir. Então, a imortalidade será alcançada e Cristo voltará. Segundo Mike Oppenheimer, “o novo foco da igreja é a sua herança terrena” (24).

Os proponentes de movimentos semelhantes são chamados Dominionistas (um grupo distinto dos pós-milenistas) (25). Estes acreditam que os cristãos vão continuar melhorando o mundo, até que o Reino de Deus seja estabelecido na Terra, como resultado do esforço humano. E somente nesse tempo, eles acreditam, poderá acontecer a Segunda Vinda.

Por que os cristãos têm sido induzidos a tais movimentos? Por três razões: 1ª) - a crença de que a cooperação humana poderá ajudar no estabelecimento do Reino de Deus. 2ª) - O apelo de Deus para o estabelecimento do Seu Reino, através da persuasão. 3ª) - encorajamento e conforto para os que estão em crise. James Moorhead escreveu: “A ênfase sobre a cooperação humana como instrumento para o estabelecimento do Reino de Deus exerce apelo sobre muitos protestantes” (26). Os cristãos gostam de achar que terão desempenhado uma parte complementar na obra redentora, quando construírem uma boa sociedade cristã na Terra. Um sentimento de orgulho procede do pensamento do papel da igreja, no sentido de apressar a Segunda Vinda de Cristo [N.T. - Isso acontece por causa da errônea interpretação de Mateus 24-25, passagens destinadas exclusivamente aos judeus durante a 70ª Semana de Daniel, isto é, a Tribulação, que pode ser considerada não como uma segunda dispensação de Israel, mas como a conclusão da sua dispensação que havia sido temporariamente paralisada]. Além disso, muitos cristãos são levados à crença de que Deus vai estabelecer o Seu Reino através da persuasão. Para eles, seria uma ofensa imaginar que Deus possa sujeitar o mundo racional através da força. Moorhead resume o assunto deste modo: “O Pós-Milnenismo também garante a racionalidade do universo, quando declara que Deus dominaria o mundo através da persuasão” (27). Além disso, a crença dos cristãos ajudando a construir o Reino de Deus na Terra, possibilitando a Segunda Vinda de Cristo, conforta os que estão atribulados e os encoraja a trabalhar, visando esse objetivo. Na história dos Estados Unidos, o Pós-Milenismo tem sido revivido durante os tempos de crise, com esse exato propósito.

O Transhumanismo exige uma vigorosa resposta da igreja e essa resposta continua em falta. A triste constatação é que, ao mesmo tempo em que o Transhumanismo almeja uma perfeição pós-humana, através da tecnologia, ele falha na verdadeira natureza da “perfeição moral” (santificação progressiva), em sua rebelião contra Deus. A transformação que o cristão deve buscar não se encontra na parte física, nem na Psicologia, nem em qualquer melhoramento embasado na ciência, na razão ou na tecnologia. Ela só pode ser encontrada na obra sobrenatural do Espírito Santo: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”. (2 Coríntios 3:18). Romanos 12:2 nos ensina: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”. Esta é a principal espécie de transformação que pode ser obtida somente com a ajuda de Deus, neste mundo. Seu objetivo é principalmente a obtenção (pós-julgamento) da perfeita humanidade, no céu, e jamais a obtenção da completa perfeição tecnológica na Terra, com o homem se tornando quase divino. Paulo escreveu: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.” (Filipenses 3:20-21).


Os cristãos precisam ser esclarecidos a respeito do Transhumanismo e de suas variadas formas, não devendo ficar preocupados em buscar algo que não podem e nem devem obter - a perfeição autônoma - numa sociedade utópica. A salvação do homem se encontra exclusivamente no perfeito e completo sacrifício de Jesus Cristo, e na promessa da vida eterna, como um dom gratuito, a todos aqueles que Nele creem. Leiamos Romanos 3:23-26: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” e Efésios 2:8-9: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”.

Artigo do Dr. Martin Erdmann - “Creatures in Pursuit of Autonomous Perfection”
Traduzido por Mary Schultze, em 25/06/2008.
Adaptado em 20/09/2014.

Bibliografia
[1] President’s Council on Bioethics, Beyond Therapy: Biotechnology and the Pursuit of Happiness, chapter one, footnote three, http://www.bioethics.gov/.
[2] Bostrom, Nick, “The Transhumanism FAQ,” #1.2, World Transhumanism Association, http://www.transhumanism.org/.
[3] Ibid.
[4] President’s Council on Bioethics, Beyond Therapy, chapter one, section two.
[5] Bostrom, Nick, “The Transhumanism FAQ,” #1.1.
[6] Ibid., #4.3.
[7] World Transhumanism Association, “The Transhumanist Declaration,” http://transhumanism.org/.
[8] Bostrom, Nick, “The Transhumanism FAQ,” #4.2.
[9] Bostrom, Nick, “What Is Transhumanism?” http://www.nickbostrom.com/old/transhumanism.html.
[10] Bostrom, Nick, “Transhumanism and the True Nature of Mind: Creation and Discovery!” World Transhumanism Association, http://www.transhumanism.org/.
[11] Transhumanist Church, “The Beliefs of the Transhumanist Church,” http://www.transhumanistchurch.org/.
[12] Ibid.
[13] Ibid.
[14] Bostrom, Nick, “The Transhumanism FAQ,” #1.1.
[15] Lewis, C. S., The Abolition of Man, (New York: HarperCollins Publishers, [1944] 2001) 76-78.
[16] Quant, Jean B., “Religion and Social Thought: The Secularization of Postmillennialism” American Quarterly, Vol. 25, No. 4 (Oct., 1973) 390-409
[17] Ibid.
[18] Ibid.
 [19] Ibid.
 [20] Ibid.
[21] Oppenheimer, Michael, “Kingdom Triumphalism 3rd Wave.”
[22] Ibid.
[23] Ibid., part 1, quoting Paulk, “Held in the Heavens.”
[24] Ibid.
[25] Postmillennialists believe that Christ’s thousand year reign has already begun. Christ will return at its conclusion.
[26] Moorhead, James, “Between Progress and Apocalypse: A Reassessment of Millennialism in American Religious Thought,” The Journal of American History, 71, no. 3 (1984): 529.
[27] Ibid at 530.

Dr. Martin Erdmann is author of "Building the Kingdom of God on Earth: The Churches' Contribution to Marshal Public Support for World Order and Peace, 1919-1945" (Wipf and Stock Publishers, 2005). For four years he headed up the New Testament department of the Staatsunabhaengige Theologische Hochschule Basel, Switzerland. In his position as Senior Scientist at the University Hospital in Basel, he has been involved in researching the ethical implications of Nanotechnolo

domingo, 14 de setembro de 2014

A Terra teria consumindo seus últimos recursos? Viagem ao delírio verde

Consumismo acabaria desertificando o mundo?
Pânicos verdes servem para difundir ideologia neocomunista.

Caro leitor, amarre o cinto e segure-se na cadeira. Estamos, você e eu, prestes a decolar da realidade. Contra toda evidência, vamos afundar na galáxia da demagogia ambientalista.

Eu sei que toda semana venho lhe propondo viagens ao estranho mundo comuno-verde. Mas, desta vez, vamos ingressar num meio-ambiente deveras irreal.

A ONG Global Footprint Network – GFN anunciou que no dia 19 de agosto a humanidade acabou de consumir a totalidade dos recursos naturais que o planeta é capaz de produzir por ano.

Mas não é apenas o consumo da produção agropecuária, é a água doce, o peixe, a capacidade de o ecossistema planetário absorver o lixo, as emissões de CO2...

Não é a novela de Kafka dos dois homens que numa terra tornada um imenso Saara aguardam que a última máquina recicle os últimos restos para produzir o último enlatado e devorar o último dos dois.

Não. Tampouco é um anjo do Apocalipse tocando a trompete. A Global Footprint Network é um tanque de pensamento com sede na América do Norte, Europa e Ásia.

A data fatídica tem um nome: “Global Overshoot Day”, ou o “Dia da ultrapassagem”.

Martin Halle, analista político dessa ONG, falou ao jornal de Paris “Le Figaro” sobre o método empregado para calcular essa data fatídica.


Logo del "Dia de la ultrapassagem"
É um método de virar a cabeça e tirar a sensatez de quem ainda a tem. Basta olhar para a realidade a fim de perceber que se trata do raciocínio de um hiper-técnico há muito tempo fechado dentro de um quarto.

Como é de praxe, o catastrofismo do GFN adiantou novamente o “dia da ultrapassagem” como se o mundo estivesse se devorando cada vez mais a si próprio antes do ano acabar. Em 2000, a famosa ultrapassagem aconteceu em outubro, e agora em 19 de agosto.

Como um homem que tivesse começado a se autodevorar a partir do pé, a humanidade hoje estaria canibalizando um derradeiro resto de suas pernas.

O disparate é demais, mas tem suas arapucas para pôr no ridículo quem não está advertido sobre as artimanhas do ambientalismo.

O velado fundo de luta de classes planetária fornece um dos artifícios verbais: os ricos estão consumindo o que pertence aos despossuídos, às gerações futuras, à Mãe Terra. Por isso, nós, os culpados, não notamos o que aconteceu.

Nós, os incriminados, agindo assim, atacaríamos as reservas de recursos planetários. Seríamos os culpados, em última análise, pelo desmatamento, pelo definhamento dos cardumes do mar e pela superprodução do agronegócio na base de agroquímicos.

Também os responsáveis pela morte de fome dos pobres em locais sem recursos como Sahel. E o drama vai sempre para pior.


Neoreligião comuno-panteísta por trás de uma demagogia anticapitalista e anticonsumista.
Neoreligião comuno-panteísta
por trás de uma demagogia anticapitalista e anticonsumista.
Segundo o analista político daquela ONG, o culpado já está escolhido, julgado e condenado: nosso modo de vida, nossos estilos de consumir. Por exemplo, comer feijoada às quartas-feiras com a família ou os amigos.

Trata-se, explica ele, de um regime alimentar que devora grande quantidade de carne – aqui eu me confesso digno da câmara de gás, devido à minha simpatia pelo churrasco –, cuja marca ecológica é pior que a culinária vegetariana.

Na lógica desse argumento, reproduzido no nosso blog, várias apologias da alimentação com insetos repugnantes.

Mas há outros culpados por esse magnicídio contra o planeta. Em primeiro lugar, os transportes, porque produzem CO2. E não é só ojeriza da prefeitura petista de São Paulo contra os carros particulares.

É contra todos os transportes a motor. Caminha-se, assim, para passar a carregar tudo nas costas, como na China de Mão Tsé Tung ou em assentamentos de reforma agrária!

A inquisição verde não se detém aí. Também as moradias dos cidadãos são culpadas. Nossos sábios inquisidores acham que há excesso de metro quadrado per capita. A solução é apertar todo mundo em casinhas ou apartamentozinhos cada vez menores, como estimula o Plano Diretor!

Mas, nessa lógica increpatória, há pior: as infraestruturas das cidades construídas com liberdade pela iniciativa particular. Fim!

Tudo deve ser rijamente planejado para restringir o consumo de energia e salvar o planeta. Mais uma vez, morar numa latinha de sardinha, como o Plano Diretor petista favorece.

Uma visita ao Mercado Municipal de SP, por exemplo,
ajuda a conservar o bom senso e consumir bem
Para a ONG, se não cairmos num comunismo utópico verde, a dívida contraída pelo sistema atual será impagável e, mais cedo ou mais tarde, o planeta entrará em agonia.

Interrogado por “Le Figaro” sobre a data do velório do planeta, Martin Halle reconheceu que não dá para predizer. Tudo dependerá do bicho-papão da “mudança climática”, no qual cada vez menos cientistas acreditam.

Mas, para Halle, há razões para o otimismo: por exemplo, as leis alemãs em favor das energias renováveis. Pena que não tenham apresentado resultados dignos à altura das expectativas.

Fim da viagem à irrealidade: a ideologia ambientalista radical não para de elucubrar espantalhos com ares científicos que depois as esquerdas exploram para instalar um neocomunismo não menos radical.

Quero um tutu com feijão, um bobó de camarão, comida baiana, paulista, mineira, carioca, francesa e alemã, pelo menos enquanto não chega o caminhão da SS verde e me leva para reciclar numa Auschwitz "sustentável".

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Denunciante Confessa que o CDC Falsificou Dados Para Ofuscar a Ligação entre as Vacinas e o Autismo


Uma conspiração médica de proporções épicas se levanta para derrubar por completo a fraude das vacinas após a revelação de que o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA censurou e falsificou dados que ligam a vacina MMR (tríplice viral) ao autismo. Um alto pesquisador  do CDC que se tornou whisterblower (denunciante) apresentou a verdade sobre um estudo que o CDC tem usado como prova da segurança da vacina tríplice viral, quando na verdade ele mostra exatamente o oposto.

Falando sob condição de anonimato, o denunciante do CDC disse ao Dr. Brian Hooker da Focus Autism Foundation  (FAF) que um estudo do CDC de 2004, publicado na revista Pediatrics, intitulado "Age at First Measles-Mumps-Rubella Vaccination in Children With Autism and School-Matched Control Subjects: A Population-Based Study in Metropolitan Atlanta" (tradução livre como "Idade na Primeira Vacinação Tríplice Viral em Crianças com Autismo e Pacientes Controle em Idade Escolar: Um Estudo Baseado na População da Atlanta Metropolitana"), contém dados que foram deliberadamente manipulados para esconder a conexão entre a  vacina e o autismo.

Os doutores Frank DeStefano, MD, Marshalyn Yeargin-Allsopp, MD, e Coleen Boyle, Ph.D., todos funcionários do CDC, publicaram o documento em conjunto, que analisou 624 crianças com autismo que vivem em Atlanta na Geórgia. Essas crianças foram avaliadas juntamente com 1.824 crianças sem autismo, as quais foram pareadas por idade, gênero, escola e tempo de vacinação.

Entre os dois grupos, proporções semelhantes de crianças foram vacinadas tanto antes dos 18 meses como antes de 24 meses, com a maior parte tendo sido vacinada entre 12 e 17 meses de idade. E com base nessa análise, os pesquisadores dizem que não encontraram nenhuma ligação entre a vacina MMR e o autismo, uma afirmação que o Dr. Boyle, que atualmente ocupa o cargo de Diretor do Centro Nacional de Defeitos de Nascença e Deficiências de Desenvolvimento do CDC, reiterou durante uma audiência no Congresso dos EUA em 2012.

O CDC alterou o tamanho da amostra do estudo para ocultar a ligação autismo particularmente em meninos negros

A implicação, naturalmente, é que essas descobertas provam de uma vez por todas que a vacina MMR não causa autismo, uma afirmação anunciada pela grande mídia como um fato inegável. Mas de acordo com o denunciante do CDC, nem tudo é o que parece quando se trata do que o estudo realmente encontrou.

Logo no início da pesquisa, foi aparentemente descoberto que os garotos afro-americanos que receberam a vacina MMR aos três anos de idade ou mais jovens eram 340 por cento mais propensos a desenvolver o autismo do que as outras crianças. Isso obviamente não é o que o CDC queria encontrar, uma vez que trai a lealdade que a agência tem com a indústria de vacinas. Assim, o CDC basicamente eliminou através da redução do tamanho do experimento, excluindo as crianças que não tinham uma certidão de nascimento do Estado da  Georgia

"Os pesquisadores do CDC excluíram as crianças que não tinham uma certidão de nascimento válida do Estado da  Georgia - reduzindo o tamanho do experimento a ser estudado em 41%", explica um comunicado de imprensa da FAF nessa descoberta revolucionária. "Pela introdução destes critérios arbitrários da análise, o tamanho do coorte foi drasticamente reduzido, eliminando o poder estatístico dos resultados e negando a forte ligação da  MMR e o autismo em meninos afro-americanos."

O novo filme do Dr. Wakefield expõe a ligação entre a MMR (vacina tríplice viral) e o autismo encoberto pelo CDC

O que o CDC fez, em essência, foi recriar o projeto do estudo original depois que se descobriu que o original mostrou efeitos adversos associados à MMR. Em outras palavras, o CDC ocultou deliberadamente a verdade sobre a MMR, fabricando um estudo falso após o fato, a fim de chegar ao que parece ter sido um resultado predeterminado.
"Os resultados do estudo original apareceram pela primeira vez na revista Pediatrics, que recebe apoio financeiro de fabricantes de vacinas através de publicidade e doações diretas", acrescenta o comunicado da FAF. "[Este estudo fraudulento] é amplamente utilizado pelo CDC e outras organizações de saúde pública para afastar qualquer ligação entre as vacinas e o autismo - uma desordem neurológica em ascensão".

Para pessoas como o Dr. Andrew Wakefield, o gastroenterologista britânico que teve sua carreira roubada dele através de descobertas similares, esta revelação é oportuna. A mídia não mais será capaz de afirmar que não existe ligação entre as vacinas e o autismo, como esta grande enganação pelo CDC prova que a MMR não é tão segura como todos nós temos sido levados a acreditar.

"Perdemos 10 anos de pesquisa, pois o CDC está tão paralisado agora por qualquer coisa relacionada ao autismo", admitiu o denunciante do CDC, que diz lamentar profundamente seu envolvimento anterior no encobrimento da MMR e o autismo. "Eles não estão fazendo o que deveriam estar fazendo, porque eles têm medo de olhar para os problemas que podem estar associados."

Um novo curta-metragem dirigido pelo Dr. Wakefield fornece uma linha do tempo visual das desconfianças do CDC em relação à vacina MMR (tríplice viral) e o autismo, que liga o experimento original ao hediondo experimento de sífilis em Tuskegee, que foi impingida aos desavisados ​​afro-americanos nos anos 1930.

Você pode assistir o filme de Dr. Wakefield gratuitamente no Vimeo: Vimeo.com. (em inglês apenas)

Temos um Médico Whistleblower Como Edward Snowden?

Jon Rapport 

No momento em que eu me preparo para postar este artigo, eu tenho uma resposta a um pedido que fiz ao congressista da Florida, Bill Posey. Eu pedi uma declaração sobre a crescente acusação que o CDC está encobrindo sobre uma conexão entre o autismo e a vacina. Aqui está o que o deputado Posey tem a dizer sobre este assunto:

"Quando se trata de nossos filhos, devemos ter certeza de que qualquer intervenção é tão segura quanto possível, incluindo as vacinas. A integridade científica é um componente chave para dar essa garantia. Vou continuar a pressionar por uma compreensão completa das provas nesta situação. O CDC tem recusado por mais de seis meses para entregar os documentos que eu solicitei a respeito desta questão. Isso não é o tipo de resposta que esperamos de nosso governo."

O deputado foi totalmente bloqueado. Ele pediu ao CDC por dados e o CDC recusou.
Recusa = algo a esconder.

Por que outra razão o CDC ignora o pedido de Posey? Que direito o CDC tem que esconder dados sobre vacinas e autismo?

Em meu artigo anterior hoje, eu destaquei um informante secreto do CDC, que anonimamente afirmou que o CDC escondeu intencionalmente a ligação entre a vacina e o autismo por uma década.

Nas últimas horas, eu descobri alguns fatos sobre ele.

Ele é um pesquisador.

Surpreendentemente, ele ainda trabalha para o CDC.

Ele está pensando seriamente em se apresentar em breve, revelando o seu nome e falar com a imprensa.

O CDC ainda não entrou em contato com ele para se explicar, ainda não o demitiu ou tomou qualquer ação contra ele.

Mas o CDC, sem dúvida, sabe quem ele é. Não é nenhum mistério. Pelo que este denunciante revelou, até agora, o CDC poderia facilmente identificá-lo.

O whistleblower (delator, denunciante) sabe disso.

Ele tem um advogado. Não está claro se ele pode obter o status de denunciante e proteção.

Eu insisto para ele se apresentar, revelar o seu nome e conversar. Eu insisto que ele diga tudo o que sabe. O público precisa ouvir seu depoimento.

E, neste ponto, a sua melhor proteção é a divulgação. Levante-se. Diga toda a verdade.

Há outros pesquisadores do CDC que seriam severamente impactados pela sua divulgação. Como o whistleblower, eles cobriram a conexão entre a vacina e o autismo. Ao contrário dele, eles não tem admitido isso.

Se este cientista do CDC caminhar para a luz, ele pode causar um incêndio. O CDC vai imediatamente, é claro, rejeitar suas alegações.

Eles certamente diriam algo como: "Sim, é verdade que há dez anos estudamos o autismo e a vacina MMR, mas toda a orientação e padrão dos dados que compilamos tinham que ser considerados, e não apenas uma parte. Nós observamos todos os dados e chegamos à conclusão correta. Não há nenhuma evidência de que a vacina MMR cause o autismo."

O CDC contaria com os seus aliados na imprensa para engolirem toda essa declaração e tratar a história como um pequeno sinal sonoro no radar.

Eles iriam contar com seus aliados para ignorar o que o denunciante está atualmente dizendo: que em um estudo do CDC de 2004, toda uma série de dados importantes e contundentes foram rejeitados e ignorados, deste modo fazendo parecer que não havia nenhuma conexão entre a vacina e o autismo.

Também é bem possível que o CDC vá tentar pessoalmente desacreditar o whistleblower, através de ataques pessoais. Ele está pronto para isso? Será que ele vai resistir a isso?

Ele precisa se apresentar agora, para dissipar qualquer suspeita de que ele foi  preparado para divulgar informações falsas como se fossem verdade, e depois desacreditar os críticos da vacina.

Neste jogo vicioso, tudo é possível.

Meias-confissões não vão levar o dia. Meia-luz e meia-sombra não vão funcionar.

Se ele pode entregar os artigos em pessoa, para que todos possam ver, o escândalo resultante alcançaria até os mais altos escalões do CDC, acertando os executivos que têm servido lá durante os últimos 10 anos.

Ele poderia ir até os níveis mais altos do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, e até mesmo o Congresso e a Casa Branca, atual e antiga.

E depois há os fabricantes de vacinas. Eles também teriam de enfrentar muitas questões específicas.

Tendo escrito sobre estas questões há muitos anos, não estou sob a ilusão de que os grandes pesos pesados cumpririam prisão de pena.

Mas uma vez que o jogo é iluminado, você nunca sabe o que vai acontecer.

O CDC tem insistido, ao longo do tempo, que eles já provaram que as vacinas nada têm a ver com o autismo.

Mas na terra da internet, existem milhares e milhares de pessoas que sabem melhor e podem falar e escrever a verdade.

Cabe a ele agora.

Segundo o que foi relatado, ele sente grande vergonha e remorso por encobrir os dados contundentes e contribuir para muitos danos humanos e prejuízos, ele tem uma opção.

Ele pode reagir, dizer o nome dele, dizer o que ele sabe até o último detalhe e dizer quem do CDC insistiu que mentiras fossem contadas.

Ele pode incendiar todas essas mentiras.

Ele pode romper o silêncio e se comunicar com o público, que gostaria de ouvir a verdade de um funcionário da agência do governo.

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