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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Revoluções islâmicas, pactos secretos e a influência do "Neo-Bolchevismo"

flag of the Kingdom of Egypt (1922–1958).Image via Wikipedia
REVOLUÇÕES ISLÂMICAS, PACTOS SECRETOS E A INFLUÊNCIA DO "NEO-BOLCHEVISMO"

A
ssassinados por compatriotas fanáticos, Anwar El-Sadat e Yitzhak Rabin pagaram o mais alto preço pela paz, mas o prazo de validade do produto que adquiriram está se esgotando rapidamente. A queda de Hosni Mubarak retira do cenário um dos poucos obstáculos que ainda retardavam a constituição da grande unidade estratégica islâmica destinada a instaurar o Califado Universal, e de passagem, varrer Israel do mapa. Alguns fatores, que as mentes iluminadas dos comentaristas internacionais de praxe não vislumbram nem de longe, contribuem para elevar à enésima potência a periculosidade do momento:

A Irmandade Muçulmana, matriz ideológica das forças revolucionárias no mundo islâmico, talvez não tenha dado o impulso inicial da rebelião egípcia, mas é com certeza a única organização política habilitada a tirar proveito do caos e dominar o país após a saída de Mubarak. O governo americano sabe perfeitamente disso e vê com bons olhos a ascensão da Irmandade, provando uma vez mais que Barack Hussein Obama trabalha de caso pensado em prol dos inimigos do Ocidente. As desconversas tranqüilizantes emitidas pelo Departamento de Estado nos últimos dias são tão contraditórias que equivalem a uma confissão de falsidade: primeiro juraram que a Irmandade estava à margem dos acontecimentos; depois, quando se tornou impossível continuar acreditando nisso, asseguraram que a organização tinha mudado, que tinha se tornado mansa e pacífica como um cordeirinho. Comentaristas hostis ao governo observaram que, ao voltar-se contra Mubarak, Obama copiava o exemplo de Jimmy Carter, que, também a pretexto de fomentar a democracia, ajudou a derrubar um governo aliado para fazer do Irã um dos mais temíveis inimigos dos EUA e uma ditadura mil vezes mais repressiva que a do velho Xá. A diferença, creio eu, é que Carter parece ter agido por estupidez genuína, ao passo que Obama, que teve sua carreira apadrinhada por um príncipe saudita pró-terrorista, e cujas ligações com a esquerda radical são as mais comprometedoras que se pode imaginar, segue com toda a evidência um plano racional concebido para debilitar a posição do seu país no quadro internacional ao mesmo tempo que vai demolindo sistematicamente a economia no plano interno.

A política agrícola do governo Obama parece ter sido calculada para fomentar a rebelião. O Egito, país desértico, depende essencialmente do trigo americano, cujo preço subiu 70 por cento nos últimos meses, enquanto o dólar baixava de valor, criando uma situação insustentável para os egípcios. Com meses de antecedência, analistas econômicos avisavam que a coisa ia explodir (v. http://www.mcclatchydc.com/2011/01/31/107813/egypts-unrest-may-have-roots-in.html).
Rebeliões similares vêm se esboçando em outros países islâmicos, como Tunísia, Jordânia e Iêmen, sempre dirigidas à mesma meta: eliminar os governos pró-ocidentais e ampliar a influência da Irmandade Muçulmana, aliada do Hamas e de outras organizações terroristas. O estado de pânico que se espalhou entre aqueles governos pode ser avaliado pelo fato de que nos últimos meses importaram mais trigo do que nunca, dificultando ainda mais a vida dos egípcios.


Mesmo unificado em torno do projeto do Califado Universal, o Islam não representaria grande perigo estratégico de curto prazo para o Ocidente, mas nada do que acontece no mundo islâmico está isolado da grande estratégia “eurasiana” que hoje orienta os governos da Rússia e da China. A idéia originou-se no “nacional-bolchevismo”, um sincretismo ideológico criado pelo escritor Edward Limonov e pelo filósofo Alexandre Duguin nos anos 80. Partindo de um esquema brutalmente estereotipado da civilização do Ocidente, extraído do livro de Sir Karl Popper, “A Sociedade Aberta e Seus Inimigos”, Limonov sonhava com uma aliança mundial entre todos os virtuais inimigos da mentalidade científico-relativista ocidental, isto é, todos os amantes de “verdades absolutas”. Como se tratava apenas de destruir o relativismo – e, por tabela, a civilização baseada nele –, pouco importava, para Limonov, que os vários absolutos convocados à luta se contradisessem uns aos outros: a fraternidade negativa podia incluir em si, sem maiores escrúpulos de coerência, comunistas e tradicionalistas católicos, nazistas, fascistas, islamitas, hinduístas, admiradores de René Guénon e Julius Evola, etc. Como se isso não fosse elástico o bastante, a santa unidade ainda recebia de braços abertos toda sorte de odiadores da América, mesmo que desprovidos de qualquer absoluto identificável: punks, “rebeldes sem causa”, militantes Black Power e assim por diante. Na onda de anti-americanismo que se espalhou pelo mundo após a dissolução da URSS, a oferta de apaziguar velhos antagonismos na base do ódio a um inimigo comum pareceu um alívio para muita gente, especialmente guénonianos e evolianos, que, hostis ao “mundo moderno” em geral, viram aí o remédio do seu angustiante senso de isolamento.

O “nacional-bolchevismo” era apenas uma ideologia, mas Alexandre Duguin (um cérebro bem mais consistente que o de Limonov), acabou por superá-lo e absorvê-lo numa formidável síntese estratégica, o “eurasismo”, que hoje orienta a política internacional de Vladimir Putin e cuja primeira vitória substantiva foi a constituição do Pacto de Solidariedade de Shangai (v. http://www.olavodecarvalho.org/semana/060130dc.htm), destinado a ampliar-se até abranger, se possível, todas as forças anti-americanas do universo (especialmente a Irmandade Muçulmana), não somente em torno de uma vaga proposta ideológica, mas de planos de ação político-militares muito bem definidos.


Tanto Limonov quanto Duguin são filhos de oficiais da KGB, e o segundo é hoje o maître à penser do homem que mais nitidamente encarna a KGB no poder.

Seduzidos pela promessa de destruir o “mundo moderno”, muitos tradicionalistas de periferia – católicos, ortodoxos ou muçulmanos –, acabarão provavelmente se tornando os melhores idiotas úteis que a KGB já teve à sua disposição. A nenhuma dessas inteligências brilhantes ocorreu notar que o liberalismo de Karl Popper é uma coisa e a nação americana é outra completamente diversa; que a destruição ou marginalização desta última não trará a extinção da execrável “modernidade” e o advento do Reino de Deus na Terra, mas sim o triunfo dos globalistas ocidentais (Bilderbergers e tutti quanti), para os quais a neutralização do poder nacional americano é a urgência das urgências, e cujas relações com o esquema russo-chinês são bem mais amigáveis do que toda a retórica “eurasiana” dá a entender (o próprio apoio do governo Obama à rebelião egípcia é mais uma prova disso).

A crise no Egito não é só uma vitória do radicalismo islâmico, mas, por trás dele, do projeto eurasiano.
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domingo, 27 de junho de 2010

Hamas, Brasil e Israel

Hamas, Israel e Brasil

Sonia Bloomfield

Tenho acompanhado o que se escreve e se fala sobre o embate entre Israel e o Hamas, e percebo muito nitidamente que a maior parte é devida a um anti-americanismo travestido de anti-sionismo. Por que digo isto? Porque é absolutamente claro o fato de que 99% dos “analistas”, entre eles até professores doutores que se dizem “especialistas”, não conhecem absolutamente nada sobre a realidade histórica, política e cultural daquela região. Imaginem que um escreveu recentemente que nas escolas de Israel se ensina o ódio, mas nas árabes tradicionalmente se ensina o Humanismo; será que ele se esqueceu que o Humanismo é um valor essencialmente ocidental?

Em primeiro lugar, o conflito tem sido mostrado como uma luta de coitadinhos que apenas desejam ser independentes no seu pedacinho de terra e que são impedidos pelos monstruosos e poderosos sionistas. Já se encontra aqui a primeira falha nestas análises baseadas apenas no ouvi-dizer: não compreendem que o Hamas não é um movimento nacionalista! Ele não busca a criação de uma pátria palestina, e nem pode, pois é parte da Irmandade Muçulmana, a qual busca um território islâmico, o Califado, um espaço muito mais amplo, sem fronteiras baseadas em conceitos ocidentais de estados-nações. Para atingir tal objetivo político e religioso o Hamas une-se a inimigos antiqüíssimos, os xiitas, representados neste caso pelo governo iraniano.

Não que eles se apreciem, muito pelo contrário, após uma possível eliminação dos “infiéis” o primeiro passo será a disputa entre xiitas e sunitas para controlar o mundo islâmico, o Dar al-Islam. Prestem atenção nas atividades sauditas e egípcias, sunitas, para tentar contrabalançar o perigo que representa para eles um Irã nuclear. O Hamas não está lutando para criar um país chamado Palestina, o Hamas está lutando para tirar a legitimidade e poder da leiga Autoridade Palestina, oriunda da OLP, para assim iniciar a implementação de um governo baseado nas leis da Shaaria, acabando assim com a divisão entre a religião e o estado que é característica do mundo moderno.

Mas esta não é a única união espúria que existe neste emaranhado, existe outra muito interessante por sua total contradição: a união e apoio de grupos de esquerda, que tradicionalmente não têm qualquer tipo de religião em suas ideologias, até mesmo as combatem, com o que há de mais extremista no universo religioso, o fundamentalismo islâmico. Até hoje não entendi se isto é apenas uma união anti-americana que vai durar até que os dois grupos fatalmente entrem em luta tão logo o inimigo comum seja derrotado, ou se realmente eles acreditam na possibilidade de duração de um casamento tão esdrúxulo. Sem dúvida alguma, os líderes sabem perfeitamente que esta é uma união temporária, após a qual terão que lutar entre si, mas não sei se os seguidores percebem a contradição do que pensam e do que fazem.

Se o apoio ao Hamas é dado devido às cenas de crianças árabes mortas e feridas, que fazem com que a indignação moral surja de forma imperativa, pergunto-me por que não vejo a mídia e os movimentos sociais no Brasil levantarem suas vozes sobre o que acontece no Sudão, na região de Darfur? Lá, a liderança do país pensa-se como árabe e islâmica, e mata livremente os povos negros islâmicos de Darfur. Onde estão as vozes gritando contra o horror? Onde está o avião do governo brasileiro levando comida e remédios para uma população que precisa muito, mas muito mais que os palestinos? Ao contrário dos palestinos, os povos de Darfur não têm irmãos de raça com petrodólares ou petroeuros para ajudá-los, estão ao Deus-dará, massacrados, extirpados, estuprados e mutilados pelo governo árabe do Sudão. Onde estão as vozes da imprensa, do público, dos professores, das igrejas e demais segmentos da população protestando contra este holocausto? Será que é porque eles são negros e pobres e não têm como pagar a alguém para escrever sobre eles nos jornais ou mostrá-los morrendo de fome, sede e tortura pela televisão?

Na verdade, a grande maioria dos “especialistas” nem sabe apontar no mapa o local onde fica Darfur. O desconhecimento da história e da geografia de outros povos é grande, e para adquirir este saber é preciso tirar muitas das horas dedicadas à diversão, e ter a humildade de sentar-se e estudar com o intuito de aprender, comparando diferentes versões sobre os fatos, acompanhando-os ao longo do tempo e do espaço, i.e., estudando História e Geografia. Infelizmente, é muito mais fácil assumir uma versão determinista, marxista-ingênua, onde não existem pessoas, só estruturas. Quando, alguém que aprendeu tal visão, que é amplamente difundida no Brasil, se depara com retratos das crianças mortas ou feridas, explode a contradição de uma história que não tem pessoas e para amenizá-la, devido à necessidade humana de criar uma ordem mental, ao invés de reflexão inicia-se apenas a procura a um bode expiatório.

Pensar cansa e Israel e os Estados Unidos estão ai para isto mesmo, são “imperialistas sanguinários”, e [os brasileiros] se esquecem do que o Brasil fez com o Paraguai! Nosso ensino de história e geografia “crítica” [...] não induz à leitura e à exploração intelectual, tudo já está explicado: rico manda e pobre obedece, rico mora em lugar bom e pobre mora em lugar ruim, palestino é bom e judeu é ruim, pronto, não há mais o que aprender. Como os brasileiros não vêm as vítimas dos árabes em Darfur, nem as crianças israelenses mortas e feridas pelo Hamas, acham que só os palestinos sofrem, e que este sofrimento é causado pelo “Pequeno Satã”, i.e. Israel, a mando do “Grande Satã”, i.e. os EUA.

Nada se sabe sobre o Oriente Médio, a cultura árabe, e a diferença entre o islã (religião e cultura) e o islamismo (fundamentalismo violento)! São pouquíssimos os que podem explicar os problemas atuais do Oriente Médio, o resultado de séculos de decadência do Império Otomano, das guerras entre os diferentes povos que compõem o islã, do surgimento do Humanismo e da ciência na Europa, que assim tornou-se dominante, impondo sua política e modo de pensar entre as elites dos países que influenciou, assim como no passado os islâmicos dominaram a Península Ibérica e a controlaram. Quantos sabem algo sobre a cultura árabe além de quibe e dança-do-ventre? Quem pode dizer o porquê de alguém como o bin Laden dizer que um dia o islã dominará o mundo devido ao fato de que os ocidentais não querem morrer, mas que para os islâmicos a morte é uma alegria? Quantos sabem o que é o após a morte no islã além do homem receber 72 virgens? Quem sabe dizer o que acontece mulheres? O que acontece com uma criança que morre em uma batalha ou ataque contra o islã?

Para começar, no Ocidente o conceito de “infância” e “criança” é muito recente, surgido mais ou menos a partir do século 18. Até então não existiam crianças, existiam apenas seres que ainda não haviam atingido seu potencial humano total. Não havia roupas para crianças, não havia horário para brincar, e tão logo possível elas eram colocadas para trabalhar com os pais. Só há cerca de dois séculos a idéia começou a ser desenvolvida, e com ela o pensar de que havia um tempo na vida das pessoas em que elas podiam não se preocupar em trabalhar, que deviam ser bem tratadas e protegidas de problemas pelos pais.

Mais recentemente ainda, na década de 1940, surgiu o conceito de adolescente, uma pessoa entre a infância e a vida adulta, a quem é permitido fazer todas as loucuras antes de entrar no mundo “adulto” e se enquadrar. A morte de uma criança é tida por nós como o horror mais profundo, mas isto não acontece em outras culturas. Para nós no Brasil, uma criança morta é a dor mais forte que se pode ter, causa repulsa a todos, desejo de vingança contra quem causou o evento. Mas, como disse bin Laden, nós ocidentais amamos a vida e não queremos perder nossos filhos, mas eles, os islamistas, em suas próprias palavras, “amam a morte” e não só buscam por ela como também enviam seus filhos a seu encontro.

O que será a causa desta diferença tão profunda nas nossas percepções sobre o que seja a “morte”? Os islamistas sabem a diferença, e a usam para nos manipular. Nós, em nossa ignorância sobre outras culturas, sobre a história, aceitamos o que nos apresentam como “morte de crianças” árabes: os filmes e retratos, muitas vezes encenados (já tive a oportunidade de ver montagens de protestos palestinos por cinegrafistas europeus em Jerusalém), de crianças sangrando ou mortas, nos chocam e nos fazem tomar uma posição visceralmente anti-Israel, sem sequer nos perguntar se também existem crianças judias mortas no conflito e cujas imagens não chegam até nós (suas imagens não são exploradas por razões religiosas, pois o judaísmo proíbe a exposição do corpo de um morto até para a própria família). A morte para o Ocidente é o fim, um possível reencontro com seus mortos só ocorrerá daqui há milênios, e talvez nem aconteça em carne e osso. Quem é que quer morrer?

No entanto, para o Hamas e demais grupos islamistas qualquer pessoa (não existe o conceito de criança como o conhecemos) morta por não-islâmicos em guerra contra eles é um “mártir”, um Shahid, e um mártir pelo islã tem uma enorme, imediata e palpável recompensa, não só para si mas também para seus familiares e amigos. O Shahid vai para um paraíso mais elevado que os demais, onde pode usufruir de tudo que a ele foi negado em vida — bebidas, comidas, mulheres à disposição —mas, mais ainda, o mártir pode ESCOLHER as 71 pessoas que, em carne e osso, irão passar a eternidade a seu lado, usufruindo de todas as benesses do mártir, independentemente do que elas tenham feito durante suas vidas.

Um Shahid na família é uma garantia de salvação, de melhoria de vida, e se este mártir é uma criança os pais têm a certeza de que ela estará em um mundo muito melhor e que em breve estarão reunidos usufruindo de muitos mais benefícios que poderiam ter em vida. Vejam bem que estou falando dos islamistas, os fundamentalistas para quem a morte é a verdadeira vida, pois certamente existem islâmicos moderados que não querem perder seus filhos. De qualquer modo, o paraíso do mártir é um local concreto, um território repleto de prazeres onde se reunem familiares e amigos do/a Shahid/a em seus corpos originais para gozar a alegria e abundância por toda a eternidade. A morte de uma criança neste contexto é muito diferente da morte de uma criança para uma família e sociedade que não percebem assim a vida após a morte.

Que ninguém se engane, o Hamas não luta por liberdade ou para construir uma nação, os membros do Hamas, como os demais islamistas, lutam para um mundo onde o islã seja a religião dominante, onde as demais religiões serão subjugadas e terão que pagar tributo para viver, onde a lei da Sha’aria é a lei do estado, permitindo amputações, apedrejamento, enterramento de pessoas vivas e crucificações não só de criminosos de vários tipos, mas também de mulheres de quem se DESCONFIE de infidelidade, de uma moça que traiu/pode ter traído/poderia ter a intenção de trair a honra da família, de homossexuais e também de quem queira seguir outra religião ou religião nenhuma. Recentemente o parlamento do Hamas aprovou todas estas punições na Faixa de Gaza.

Se há culpados pelo sofrimentos dos palestinos são os membros do Hamas e demais grupos fundamentalistas. Não é culpa de Israel, que após anos de bombardeios diários do Hamas contra sua população civil, resolveu tomar uma atitude e acabar com as provocações. Os palestinos que vivem na Cisjordânia (Yesha), sob a liderança da Autoridade Palestina não estão se unindo ao Hamas, querem distância deles, não porque a Autoridade seja muito melhor, mas pelo menos lá existe, ainda que de forma incipiente, uma separação entre o estado e a religião, onde existe a possibilidade de julgamentos que não levem a uma crucificação.

Que não se deixem enganar os brasileiros: parem de culpar Israel pela situação de Gaza, [pois] quem aceitaria que seu vizinho ficasse atirando pedras contra suas janelas? Lembrem-se também de que no islã a liderança política é a religiosa também, não existe lei civil, existe apenas a Shaaria; e que o islã é uma religião proselitista que busca ampliar seu espaço para criar o Dar al-Islam, o Mundo do Islã, através da destruição do Dar al-Harb, o Mundo da Guerra, que é o mundo onde vivem os brasileiros. Ai, então… adeus [...] à alegria desinibida do povo brasileiro. (Sonia Bloomfield - http://www.Beth-Shalom.com.br)

Sonia Bloomfield, PhD, é professora da Universidade de Brasília.



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domingo, 4 de janeiro de 2009

Admirável Mundo Novo - Religião Mundial

criação de "ONU religiosa"





Para Yona Metzger, organismo teria mais chance de promover a paz, sobretudo junto aos muçulmanos.


O rabino-chefe asquenazi de Israel, Yona Metzger, defendeu a criação de um organismo internacional religioso paralelo à Organização das Nações Unidas. A idéia, expressa numa entrevista do religioso ao jornal alemão Der Spiegel, baseia-se no fato de que uma entidade de caráter religioso teria mais apelo junto a muitos países, sobretudo os islâmicos. "Os diplomatas seculares não tiveram sucesso em conduzir o mundo à paz", argumenta o rabino. "E isto pode vir por meio da linguagem religiosa. Um muçulmano não respeita uma pessoa secular; ele só o respeitará se você for religioso."


Segundo Metzger, a instituição incluiria, além dos judeus e muçulmanos, cristãos, budistas e hindus - justamente, as maiores religiões do mundo em número de fiéis, ultrapassando os 5 bilhões de pessoas -, o que lhe daria grande legitimidade. Apesar das grandes diferenças entre esses credos, o rabino acredita que haveria entendimento. "Nós, religiosos, falamos a mesma língua". Para ele, é preciso encontrar elos de ligação entre as diferentes confissões, a fim de favorecer o diálogo.


Ele cita a figura de Abraão, considerado patriarca tanto por judeus como por cristãos e muçulmanos. "Como qualquer pai, Abraão esperaria que seus filhos se sentassem à mesa em vez de se matarem", conclui.


(Fonte: Cristianismo Hoje)


Nota: O mundo político clama por uma Nova Ordem Mundial para resolver os problemas políticos, econômicos e sociais. O mundo religioso agora clama por uma nova ordem religiosa, onde todos possam se reunir para resolver os problemas de ordem religiosa que assolam o mundo. É realmente o fim dos tempos.

Quem vocês acham que terá que abrir mão de uma maior parcela de suas convicções religiosas para que essa tão desejada paz seja alcançada?

Os cristãos terão que abdicar de muitas de suas doutrinas para acomodar as reivindicações das outras religiões, e pelo andar da carruagem, para usar uma expressão conhecida, isso não está longe de acontecer.

Há pouco tempo atrás vimos o papa indo a uma mesquita na Turquia, e já há muitos evangélicos inclinados a aceitar as outras crenças como válidas de acordo com sua visão ecumêmica.

Mas está escrito: " Eu sou o caminho, a verdade e a vida"; Jesus Cristo, o Salvador, disse isso, e esta é a única verdade para os verdadeiros cristãos.

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