sábado, 1 de outubro de 2011

Confidencialidade geralmente termina com a autoridade do governo

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Confidencialidade geralmente termina com a autoridade do governo
 

      Reuters - Por Georgina Prodhan 

Companhias de Internet como Google, Facebook e Twitter estão sendo cada vez mais frequentemente associadas a operações de vigilância, considerando que as informações que recolhem se mostram irresistíveis para as agências policiais, disseram especialistas em Web nesta semana.


Ainda que essas empresas tentem manter a confidencialidade das informações de seus usuários, seus modelos de negócios dependem de explorar esses dados para a venda de publicidade direcionada e, quando os governos exigem que as informações lhes sejam transmitidas, elas têm poucas chances a não ser acatar.

Indicações de que a Research in Motion, fabricante do BlackBerry, poderia fornecer à polícia britânica dados sobre os usuários de seu serviço de mensagens instantâneas, depois que este foi usado para coordenar manifestações em Londres no mês passado, causaram indignação --da mesma forma que a espionagem de governos mais opressivos contra os usuários de mídias sociais.


Mas o vasto volume de dados pessoais que empresas como o Google recolhem para executar suas operações se tornou precioso demais para que governos e a polícia possam ignorá-los, disseram representantes do setor durante o Internet Governance Forum, em Nairóbi.

"Quando existe a possibilidade de que a informação seja obtida, algo que no passado seria impossível, é perfeitamente compreensível que as agências policiais se interessem," disse o vice-presidente de divulgação de Internet no Google, Vint Cerf, em entrevista à Reuters.

"A questão passaria a ser determinar quais são as normas corretas, e isso evidentemente gera muito debate," afirmou Cerf, visto como um dos "pais da Internet" por seu trabalho inicial em áreas que incluem protocolos de comunicação e e-mail.

Demandas governamentais para que empresas de Internet forneçam informações sobre usuários se tornaram rotina, de acordo com Christopher Soghoian, pesquisador e ativista da privacidade online que baseia seu trabalho nas leis nacionais de acesso à informação.

"Toda empresa de telecomunicações e Internet dos Estados Unidos conta com uma equipe considerável de funcionários cujo único trabalho é responder a pedidos de informação," disse Soghoian em entrevista à Reuters.


Fonte: www.baixaki.com.br
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