O implante de chips em
seres humanos já é uma realidade. Esta semana, uma pesquisa realizada
pela empresa de tecnologia Cisco Systems mostrou que cerca de um quarto
dos profissionais entre 18 e 50 anos seriam voluntários para receber um
implante cerebral que lhes permitisse unir instantaneamente seus
pensamentos com a Internet.
Entre outras conclusões,
o relatório revela que até 2020, a maioria dos profissionais acredita
que os smartphones e os “wearables” (computadores vestíveis) serão os
dispositivos mais importantes na força de trabalho.
Na verdade, a tecnologia
já existe e está sendo testada em diferentes países. Em setembro, um
grupo de australianos inseriu microchips sob a pele para poderem
controlar dispositivos eletrônicos apenas com um movimento.
Ben Slater, diretor de
publicidade para a Apple na Austrália, tornou-se famoso por demonstrar
como os smartphones interagem com quem já usa um chip com a tecnologia
RFID (Identificação por Radio- Frequência). Do tamanho de um grão de
arroz, o implante subcutâneo permite que o usuário possa abrir portas,
ligar e desligar luzes e uma série de outras coisas apenas com gestos,
sem precisar tocar nas coisas.
O celular identifica o
movimento e se “comunica” com os objetos, numa simbiose que até
recentemente só era possível se ver em algum filme de ficção. Sua ação
foi uma maneira de promover o lançamento do IPhone 6 na Austrália e
mostrar de que maneiras o telefone se comunica com os chips.
Veja esse vídeo:
Além de Slater e outros
australianos, a tecnologia também ganhou adeptos na Suécia. Durante a
conferência SIME 2014, realizada este mês em Estocolmo, voluntários
suecos implantaram chips similares, que permitem a interação com
aparelhos eletrônicos.
Emilott Lantz, 25, é
parte de um grupo de cerca de 100 pessoas que vivem com um microchip de
tecnologia RFID. Durante a SIME, onde foi debatido e apresentado os mais
recentes avanços na área de tecnologia, todos os participantes
interessados receberam o implante do microchip de graça. Trata-se do
mesmo tipo comumente usado para rastrear animais de estimação.
O diferencial é que eles
estão programados para servirem aos seres humanos como substitutos de
chaves e senhas. Para Lantz, além da curiosidade, esse foi o principal
motivador. Agora, ela não precisará carregar tantas chaves como de
costume.
“A tecnologia não é
nova, mas o assunto torna-se sensível apenas porque é no corpo humano”,
disse ela. “Eu não me sinto como se isso fosse o futuro – este é o
presente. Para mim, é estranho que não vimos isso ser usado antes”,
conclui.
Nos Estados Unidos, um
homem chamado Robert Nelson inseriu chips com a tecnologia NFC, a qual
permite a troca de dados por aproximação, nas duas mãos. Uma reportagem do site ‘Ubergizmo’, mostra que Nelson já conseguiu simular pagamentos, pois é a mesma tecnologia usada no pagamento por smartphones.
De acordo com RT
News esse mesmo tipo de chip NFC foi implantado por um grupo de
holandeses. Eles fazem parte de um experimento comandado pelo empresário
Martijn Wismeijer. Através de estruturas de vidro “biocompatíveis”, ele
conseguiu implantar dois chips nas mãos que são capazes de armazenar e
realizar transações com a moeda virtual “bitcoin”. Ou seja, ele
literalmente não precisa mais de dinheiro ou cartões de crédito para
fazer compras.
Co-fundador da empresa
MrBitcoin, que é especializada em negociações com moedas virtuais, ele
explica que os chips se comunicam com qualquer smartphone que rode o
sistema Android. “O terminal de pagamento continua sendo o telefone, mas
é possível transferir bitcoins a partir dos chips”, explica.
Veja esse video:
Em vários países
desenvolvidos, os benefícios de se usar chips (com fins medicinais ou
não) são bastante debatidos entre os adeptos do trans-humanismo, também
chamado de Humanidade +.
Esse movimento
filosófico deseja explorar as inovações da ciência e tecnologia e sua
relação com a humanidade. Seu objetivo é fazer a humanidade vencer as
barreiras do organismo e prolongar a vida indefinidamente. O assunto foi
tratado de maneiras diferentes em dois filmes lançados este ano:
“Lucy”, estrelado por Scarlett Johansson, e “Transcendence – A
Revolução”, com Johnny Depp.
O uso do biochips pode
parecer novidades, mas há cerca de 300 mil pessoas que já usam esses
dispositivos no mundo todo. A Veriteq Corp, fabricante de biochips nos
Estados Unidos, já tem aval da Food and Drug Administration (FDA) e já
comercializada três modelos de dispositivos.
No Brasil não há
fabricantes desses dispositivos, mas alguns brasileiros já estão usando
para abrir carros e conectar computadores como é o caso de Raphael
Bastos, de 28 anos.
Morador de Belo
Horizonte (MG) o jovem conseguiu implantar um biochip que lhe permite
destravar computadores, passar por catracas, destrancar portas e ligar o
carro apenas encostando a mão esquerda em um leitor.
Bastos conseguiu
adquirir um biochip através da loja Dangerous Things, um site
especializado em comercializar esses dispositivos. Com 99 dólares é
possível comprar o aparelho e ainda seringas especiais e bisturis que
devem ser usados para a implantação do produto.
Fonte: http://www.umaalmasedenta.com
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