Os neocons não se importam de que lado você está, contanto que eles lucrem
Michael
Savage
Permita-me ajudar você a
compreender o que está acontecendo na Ucrânia enquanto esse país cai em caos
armado, ameaçando expulsar Viktor Yanukovich, o presidente ucraniano
legitimamente eleito, e colocar o país nas mãos de forças rebeldes lideradas
por neonazistas ucranianos e radicais islâmicos chechenos.
Victoria Nuland, vice-secretária de
Estado dos EUA, junto com Susan Rice, assessora de Obama e mentirosa designada,
são neoconservadores — em resumo, são neocons. Os neocons, primeiro na forma da Comissão Trilateral e mais
recentemente como o Grupo Carlyle, fazem muito dinheiro em cima de conflitos
militares. Quando o mundo está em guerra, os neocons e a indústria bélica que
trabalha com eles lucram enormes quantias de dinheiro.
Os
neocons não se importam de que lado você está, enquanto puderem trabalhar com
você para criar uma situação política que eles consigam fazer crescer até virar
guerra, e aí eles começam a tirar lucro.
A “revolução” ucraniana foi
fomentada e incentivada por Nuland, Rice e Geoffrey Pyatt, embaixador dos EUA
na Ucrânia. Esses três foram muito importantes para encenar uma campanha de
desestabilização. Trabalhando com neonazistas ucranianos, eles fomentaram a
revolta ucraniana que fez com que o presidente ucraniano fugisse de Kiev.
John McCain, senador do Arizona,
também fez parte dessa fraude. McCain foi a Kiev em dezembro do ano passado e
ajudou a incitar as multidões que derrubariam o presidente legitimamente
eleito. Se existisse uma coisa tal como Prêmio Nobel Anti-Paz, McCain o ganharia
facilmente por seu trabalho no Egito e Síria, com o topo sendo o que ele tem
feito na Ucrânia.
Os insurgentes apoiados pelos EUA
assumiram o controle de Kiev e agora mantêm o povo ucraniano refém enquanto os
EUA tiraram o corpo fora de sua responsabilidade direta em toda essa confusão e
Barack Obama balbucia as palavras mais vazias que se possa imaginar — haverá
“custos” para a Rússia por suas ações militares contra os insurgentes — quando
os EUA se viram de mãos atadas.
Nas fases iniciais da rebelião, o
presidente ucraniano Yanukovich se encontrou com os rebeldes que encenaram a
revolta, e as duas partes concordaram em parar a violência e fazer uma
transição ordeira para um novo governo escolhido numa nova data de eleições. Em
vez disso, os rebeldes direitistas ignoraram o acordo e assumiram o controle de
Kiev à força, com suas patrulhas armadas mantendo controle por meio da
violência.
A situação na Ucrânia tem sido
pintada como um conflito entre a Rússia de Vladimir Putin, os supostos caras
maus, e os rebeldes ucranianos, os supostos caras bons que buscam expulsar a
Rússia de uma posição de influência na Ucrânia e instalar um novo governo que
dará atenção ao povo ucraniano.
Não
acredite numa única palavra disso.
Os
nacionalistas ucranianos são fascistas. O propósito original do governo dos EUA
ao encenar um golpe na Ucrânia era afastar a Ucrânia da Rússia e levar a
Ucrânia à União Europeia. Em outras palavras, os neocons e os “moderados”
comprados do governo de Obama queriam tirar, à força, o controle da Ucrânia das
mãos de Putin e ganhar controle econômico e energético sobre o país. Como o Dr.
Stephen F. Cohen apontou, os países ocidentais, com os EUA liderando o caminho,
estão há décadas provocando Putin. O Ocidente expandiu a OTAN para incluir
ex-estados soviéticos — a Ucrânia parece ser o próximo alvo — e atacou aliados
da Rússia, inclusive Líbia e Iraque. Os EUA — junto com outros países
ocidentais — por meio de suas incursões na política, economia e segurança
nacional da Rússia e vários de seus aliados, efetivamente provocaram a situação
que agora está se revelando na Ucrânia. Cohen está certo.
Putin
certamente não é um cara bonzinho, mas não é o vilão dessa história. Os judeus
sempre deram o sinal de alerta sobre direitos humanos na Rússia, e Putin tem
sido melhor para os judeus russos do que qualquer outro líder russo do século
passado. Com o governo eleito agora expulso da Ucrânia, os criminosos fascistas
antissemitas apoiados pelos EUA que assumiram o controle estão cometendo
vandalismo contra as sinagogas e ameaçando a vida dos judeus na Crimeia.
Putin também foi forçado a
mobilizar agentes para a Crimeia, uma importante região que a Rússia cedeu para
a Ucrânia na década de 1950, quando a URSS estava alcançando o pico de seu
poder e a Ucrânia era apenas um de seus estados fantoches. A maioria da população
da Crimeia é russa, e seus portos de águas quentes do Mar Negro são essenciais
para as forças armadas e interesses comerciais da Rússia. A Rússia não pode se dar ao luxo de deixar a região da Crimeia cair nas
mãos dos insurgentes que estão tentando assumir o controle da Ucrânia.
Além de mobilizar agentes militares
na Crimeia, Putin fez contato com seus aliados em pelo menos oito países de
localização estratégica para garantir que a Rússia tenha acesso às instalações
militares desses países a fim de que as forças de Putin possam estender a
capacidade naval de longo alcance e bombardeiros estratégicos. Em outras
palavras, a interferência dos EUA na
política ucraniana teve como consequência Putin expandindo sua influência
militar, enquanto ao mesmo tempo Barack Obama está empenhado em encolher as
forças armadas dos EUA aos níveis anteriores à 2ª Guerra Mundial.
Mais uma vez, o incompetente,
desinformado e neutro presidente dos EUA desenhou uma linha rosa na areia.
Obama não sabe de que lado está. Ele nem mesmo se incomodou de comparecer à
reunião de seus assessores de segurança nacional na tarde de sexta-feira
enquanto o conflito ucraniano estava se agravando e Putin estava mobilizando
suas forças armadas. O novo jogo do governo americano é: “Onde está Obama?”
Eles tiveram o trabalho de colocar, mediante Photoshop, Obama em fotos de
reuniões de segurança nacional durante a crise de Benghazi. Nesse caso, nem
mesmo estão se incomodando de simular que ele está no comando.
Obama
tem sido incapaz de entender o que significa o conflito na Ucrânia. Nuland e Rice,
duas cavaleiras do apocalipse que parecem fazer muitas decisões cruciais no
governo americano, o orientaram a culpar Putin, de modo que é o que ele fez.
Agora os russos e os ucranianos
estão em grave risco dos nacionalistas ucranianos e jihadistas islâmicos
chechenos em cujas mãos os EUA trabalharam para colocar o destino desse país, e
Putin está chamando seus aliados para ajudá-lo a expandir sua presença militar
no mundo inteiro.
A maior hipocrisia aí vem dos que
pedem fronteiras abertas dos EUA com o México e anistia para 30 milhões de
estrangeiros ilegais que violaram a integridade territorial dos EUA. Os
próprios políticos e assessores americanos — os senadores Dick Durbin, Lindsey
Graham e John McCain, junto com renegados de segurança nacional como Zbigniew
Brzezinski e Madeleine Albright — que tornaram as fronteiras americanas sem
sentido. Os inimigos externos dos EUA
são menos perigosos do que os americanos subversivos que estão orquestrando e
ajudando ucranianos neonazistas pró-islâmicos a tomar o poder da Ucrânia.
Michael
Savage é
um americano conservador que apresenta o terceiro programa de rádio de maior
audiência dos EUA e é autor de dois livros que chegaram à primeira posição na
lista de best-sellers do jornal New York Times.
Traduzido
por Julio Severo do artigo do WND: Putin crosses Obama’s pink line
Fonte:
www.juliosevero.com
Leitura
recomendada:
O governo das massas sairá
triunfante na Ucrânia?
Nenhum comentário:
Postar um comentário