"O controle da natalidade é uma questão de grande
importância, particularmente em relação à possibilidade de um governo
mundial..." [Bertrand Russell, 1].
"A fertilidade humana é agora a maior ameaça de longo
prazo para os padrões humanos, tanto espirituais quanto materiais."
[Julian Huxley, 2].
"O objetivo seria metade da população mundial atual, ou menos." [The Environmental Handbook, 1970, 3].
"Como podemos ajudar um país estrangeiro a se livrar
da superpopulação? Claramente, a pior coisa que podemos fazer é enviar
comida... Bombas atômicas seriam mais gentis..." [Garrett Hardin, 4].
De acordo com o Departamento do Censo dos EUA, a
população mundial ultrapassou o marco dos 7 bilhões de habitantes em
algum momento em meados de março de 2012. [5]. Mas, a verdadeira
agitação ocorreu no ano passado, quando as Nações Unidas previram 31 de
outubro de 201
Uma Análise da Agenda do Controle Demográfico
1 como a data simbólica da ultrapassagem. Antecipando-se
ao grande evento numérico e ao futuro crescimento da população, o
principal editor sobre ambientalismo da revista National Geographic, Robert Kunzig, fez a seguinte pergunta: "Conseguirá o planeta suportar a pressão demográfica?" [6].
Esta é uma questão que tem sido discutida e debatida
desde que Thomas Malthus postulou sua teoria populacional em 1798, que a
capacidade da Terra de produzir os recursos necessários para a
humanidade é sobrecarregada pelo aumento no crescimento humano. [7].
Estendendo a visão malthusiana para o contexto dos dias atuais,
poderíamos dizer que o crescimento descontrolado da população garante a
degradação da capacidade sustentadora da Terra e a destruição do meio
ambiente.
A solução? O gerenciamento da população global com
vistas a um nível-alvo "sustentável". Hoje, a questão do controle
populacional está se reafirmando como um item da agenda internacional.
Durante décadas, a preocupação com o crescimento
humano tem sido um ponto de discussão em certos círculos, acompanhando
as ondas políticas e sociais. Entretanto, devido ao marco dos 7 bilhões
e da conferência Rio+20, da ONU (realizada de 20-22 de junho de 2012), a
questão da superpopulação reapareceu. Isto era previsível. Durante a
última década, a controvérsia da "bomba populacional" ganhou destaque,
vinculando-se com as questões da mudança climática, da energia, dos
recursos hídricos e da segurança alimentar. Além disso, as predições da
Divisão de População, da ONU, fizeram crescer a preocupação mundial.
Em 2011, a Divisão de População, um braço do
Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais, da ONU, aumentou suas
projeções globais. Em vez de a população mundial atingir um pico de 9
bilhões em 2050, e então manter-se conforme anteriormente previsto — com
base nas tendências de fertilidade estimadas — a Divisão de População
anunciou que um aumento contínuo poderia resultar em 10 bilhões de
habitantes por volta de 2100. Entretanto, alguns demógrafos preveem 10
bilhões por volta de 2050, com 15,8 bilhões no fim do século. O
Worldwatch Institute, uma importante organização de pesquisa e
desenvolvimento sustentável, reportou em 2004 que variações demográficas
extremas estão sendo consideradas para o fim do século: 5,5 bilhões no
mínimo e 43,6 bilhões no máximo. [8]. Outros, preveem taxas declinantes
de crescimento: 8,1 bilhões por volta de 2050 e 6,2 bilhões em 2100.
Por que a vasta flutuação nos números? Embora as
taxas de fertilidade global sejam compreendidas em geral, as tendências
demográficas de longo prazo podem ser problemáticas; mudanças sociais,
econômicas, políticas e técnicas causam grandes variações tanto na
previsão quanto nos números reais. Com relação à mudança nos números
previstos pela Divisão de População da ONU, eles admitiram ter errado no
cálculo das taxas de fertilidade na África, afirmando que a fertilidade
naquele continente não está declinando de forma tão rápida quanto eles
acreditavam anteriormente. [9].
Aqui, precisa ser observado que a África Subsaariana
tem realmente taxas de fertilidade mais elevadas do que outras regiões
do mundo. Entretanto, um declínio é observado em comparação com dados
históricos. Além disso, ao lidar com demografia — especialmente na zona
subsaariana — dois pontos precisam ser considerados:
1) Os números demográficos país-por-país podem ser
enganosos, pois muitas nações não têm dados atualizados, ou confiáveis.
Comentando sobre a tomada do censo em geral, o guru do controle
populacional Paul Ehrlich reportou recentemente: "Muitas estatísticas do
censo são simplesmente inventadas a partir do nada" [10]. Isto pode ser
um exagero, mas o fato é que dados demográficos confiáveis podem ser
difíceis de se obter em certos países ou regiões do mundo —
particularmente em zonas de conflito, em áreas de instabilidade política
e em países em que há muita corrupção e inépcia no governo — de modo
que os números reais podem ser subestimados ou exagerados.
2) Ao discutir a situação africana, Wolfgang Lutz,
chefe do Programa Populacional Mundial, no Instituto Internacional de
Análises de Sistemas Aplicados, explicou recentemente que alguns países
colocam pressão política sobre os demógrafos para produzirem certas
projeções. [11]. Isto faz sentido. Afinal, o controle populacional é um
ramo com interesses políticos e os dólares de ajuda externa e outros
incentivos são pendurados diante dos governos que precisam superar os
"desafios" do crescimento populacional. Portanto, não é surpreendente
saber que a Agência para o Desenvolvimento Internacional, do governo dos
EUA, exerce uma liderança histórica nos programas mundiais de controle
populacional. [12]. Vários órgãos da ONU, como o Fundo para Atividades
Populacionais (UNFPA) também contribuem no estudo e planejamento da
demografia global e, do mesmo modo, o Banco Mundial e o Clube de Roma,
certos grupos de serviço de "planejamento familiar", como Planned
Parenthood (Paternidade Planejada) — e poderosas organizações não
governamentais (ONGs).
Escrevendo sobre os "interesses políticos" dos
programas de controle populacional financiados por países estrangeiros, o
professor Julian Simon revelou como os governos de muitos países veem
os dólares para os programas demográficos oferecidos pela USAID e pelo
Banco Mundial:
"... Mas, os políticos desses países e as pessoas
envolvidas em atividades de planejamento familiar não expressam
frequentemente o desejo de receber esses fundos? É claro que sim.
Entretanto, o que precisamos perguntar é o significado dessas
expressões. Para um político, os dólares enviados ao país podem ser
alocados para seu eleitorado, ou até mesmo desviados para seu uso
pessoal... Portanto, esses dólares são sempre bem-vindos. Para aqueles
que trabalham nas organizações voltadas para o planejamento familiar, o
corte dos fundos de auxílio pode representar a suspensão de sua tigela
de arroz e o fim daquelas maravilhosas viagens, com todas as despesas
pagas, para participar das conferências da UNFPA, em locais como a
Cidade do México." [13].
Cenários Amedrontadores?
Mas, e os números? Sete bilhões não representam alguma coisa? Certamente que sim; representam quantidade, mas não qualidade.
Representam um agregado, mas não dizem nada sobre como o todo, ou
segmentos do total estão se saindo, agora ou no futuro. E não nos dizem
nada sobre como esses números impactam o mundo — e não dão significado
real às questões de desenvolvimento da comunidade, como a produção de
alimentos, água e saneamento básico, habitação, uso dos recursos,
manufatura, serviços de saúde, transporte, educação, entrada no mercado,
responsabilidade fiscal, justiça, segurança e boa governança. Embora
alguns desses pontos sejam impactados pelas forças de mercado globais,
todos estão firmados em contextos locais e nacionais e são independentes
da população mundial total.
Mas, e o meio ambiente global?
Falando na Universidade de Nova Gales do Sul
(Austrália), na primavera de 2011, Paul Ehrlich (foto à direita) disse
ao auditório lotado:
"Os problemas mais importantes relacionados com a
população são fundamentalmente globais, não locais. Isto é,
interferência com o clima, propagação de substâncias tóxicas de um polo a
outro, possibilidades de termos epidemias em larga escala — totalmente
relacionadas com a população — e, é claro, a possibilidade de uma guerra
pelo controle dos recursos, possivelmente uma guerra nuclear, também
relacionada com a população." [14].
Vamos examinar sucintamente essas quatro afirmações:
Guerra Nuclear
Uma guerra nuclear pela disputa de recursos declinantes é altamente improvável.
Após o embargo do petróleo de 1973-1974, o Comitê da
Câmara dos Representantes dos EUA Sobre Relações Internacionais publicou
um estudo de viabilidade intitulado "Os Campos de Petróleo Como
Objetivos Militares". Esse relatório detalhado examinou o que
representaria capturar militarmente campos petrolíferos significativos
do Oriente Médio e toda a infraestrutura associada com eles,
principalmente o complexo Ghawar, na Arábia Saudita, e as instalações de
processamento e os terminais em Juaymah e Ras Tanura. Vários cenários
foram apresentados e as repercussões analisadas. Lembre-se, isto não era
diferente do pretexto populacional no sentido que era sobre o controle e
uso dos recursos.
Foi determinado que cinco objetivos operacionais teriam de ser atendidos de modo a garantir a vitória:
Tomar o controle das instalações petrolíferas intactas.
Protegê-las durante semanas, meses, ou anos.
Restaurar rapidamente os equipamentos danificados.
Operar todas as instalações sem a assistência dos proprietários.
Garantir a passagem segura por via marítima do suprimento e dos produtos derivados do petróleo. [16]
Os dispositivos nucleares foram considerados e
rejeitados. "Detonar armas nucleares táticas para ajudar as forças de
assalto destruiria as mesmas instalações que queremos capturar." [16]. E
esta é a razão por que a sugestão de Ehrlich de uma guerra nuclear pelo
controle dos recursos é duvidosa. A sugestão é contraproducente. Até
mesmo a ação convencional não pode garantir que os recursos permaneçam
intactos, como os céus enegrecidos sobre os campos petrolíferos do
Kuwait durante a Primeira Guerra do Golfo nos fazem lembrar.
Isto tudo não quer dizer que os recursos não sejam
importantes. Ao revés, os recursos são vitais para qualquer esforço de
guerra, pois as ações militares requerem recursos e reservas existentes
para mobilizar, executar e manter uma campanha militar. Em outras
palavras, uma base energética e material precisa existir antes de uma
ação, tanto para o agressor quanto para o defensor (caso contrário este
não se defende, mas entra em colapso). Além disso, é verdade que a
captura dos recursos estrangeiros são um objetivo operacional importante
em qualquer teatro de guerra de larga escala, e também é verdade que o
controle dos recursos tem sido a razão predominante em alguns conflitos.
A Guerra do Pacífico entre Chile, Peru e Bolívia (1874-1884) é citada
como um exemplo; essa guerra foi motivada pelo controle das ilhas ricas
em guano e, portanto, pelo domínio no mercado de fertilizantes. [17].
Mas, ao discutir os conflitos pela posse dos recursos, precisamos ser
cautelosos; são as "guerras por recursos" declaradas por interesses econômicos, ou por sobrevivência estratégica?
As duas categorias são diferentes. Uma é sobre os
fatores do mercado — por mais simples ou complexos que sejam — a outra é
sobre o desespero da população devido a um colapso em um produto
essencial: estoques de alimentos e água são citados frequentemente na
literatura do controle populacional, embora sem exemplos tangíveis (as
nações que lutam neste nível estão normalmente esgotadas demais para
mobilizarem um ataque militar contra um país vizinho; em vez disso, uma
ajuda é proposta ou negociada). Entretanto, a retórica da
superpopulação, de Ehrlich, raramente diferencia uma da outra. Por que
deveria? Como Ehrlich escreveu em seu livro The Dominant Animal:
"Ainda há grande verdade em uma frase anônima muito usada nos anos
1960s: 'Seja lá qual for sua causa, será uma causa perdida se não
envolver o controle populacional.'" [18].
Isto é muito similar a uma linha em The Environmental Handbook:
"Há muito tempo que se tornou claramente evidente
que, a não ser que o canceroso crescimento da população possa ser
detido, todos os outros problemas — pobreza, guerra, conflitos raciais,
cidades inabitáveis, e tudo o mais — são insolúveis." [19].
Em outras palavras, toda questão de preocupação, todo problema — seja real ou imaginário — está inevitavelmente resumido em uma questão de números humanos. Isto inclui as guerras e os conflitos.
Historicamente, outros foram até mais intransigentes
do que Paul Ehrlich com relação à matriz guerra-população. Em um
panfleto marxista de 1925, lemos:
"Assim, a superpopulação é a causa primordial das
guerras. Este fato indica para nós qual é o remédio preventivo para este
mal: suprimir ou impedir a superpopulação em cada país. Dito de outra
forma: estabelecer um verdadeiro equilíbrio entre a população e os meios
de subsistência. O único método: a limitação dos nascimentos..."
"Os governos dispõem, na verdade, de meios de
incentivar e desencorajar a superpopulação. Além do mais, entre os seres
humanos, a reprodução está totalmente sob o controle desta vontade.
Isto significa que tanto os governos e indivíduos, tendo os poderes
necessários à sua disposição, a guerra poderia ser abolida se eles
realmente quisessem... Consequentemente, nós, pacifistas científicos
exigimos uma limitação mundial no número de nascimentos, realizado por
todas as nações, unidas em um desejo pela paz sob a liderança da Liga
das Nações..."
"Esta é a propaganda principal a ser feita pelos pacifistas, pois a salvação da humanidade reside nesta solução." [20].
A despeito do que Ehrlich e os outros dizem, as
causas das guerras são geralmente mais complexas do que produtos de
consumo e números. [21]. A conclusão é a seguinte: A sugestão
simplificada de Ehrlich de "guerra nuclear pela posse dos recursos" é
uma técnica de provocar medo para despertar emocionalmente o ambiente
social para permitir o gerenciamento da população.
Epidemias em Larga Escala
Uma epidemia, ou pandemia, em larga escala realmente é
uma preocupação. Mas, as epidemias e as pandemias não são causadas
pelos números totais de população humana. Historicamente, a mobilidade
de uma população — incluindo o alcance geográfico, volume e velocidade
da viagem — é o que permitiu a propagação de novas doenças. Hoje, não é
diferente, com a exceção que mais pessoas estão viajando e de uma forma
muito mais rápida (compare as viagens áreas com as viagens de navio),
reduzindo o tempo para cruzar os oceanos e continentes de semanas, ou
meses, para apenas cinco ou seis horas horas.
Ao mesmo tempo, epidemias em larga escala não eram
desconhecidas na antiguidade. A Praga Ateniense de 430 AC vem à
lembrança, como também a Praga Antonina, de 165 DC. A Peste Negra, do
século 14 esvaziou as cidades europeias, e a varíola, levada pelos
exploradores e colonos europeus, dizimou as populações indígenas das
Américas. O continente africano e a Índia também experimentaram o
flagelo da varíola, tanto antes quanto após o colonialismo (a história
da varíola tem mais de mil anos). A pior praga registrada na história
humana, a Gripe Espanhola, de 1918, matou de 20 a 40 milhões de pessoas
em todo o mundo. De fato, mais pessoas morreram de Gripe Espanhola do
que nos campos de batalha da Primeira Guerra Mundial, e alguns sugerem
que o número real de mortos tenha chegado perto de 100 milhões. Todavia,
nenhuma dessas pragas ocorreu durante tempos de superpopulação. Na
verdade, os números totais de população eram pequenos em comparação com
os atuais.
Uma grande população humana pode contribuir para mais
baixas no evento de uma epidemia, ou pandemia, mas números maiores não
podem ser equiparados com causalidade.
Toxinas de um Polo a Outro
Resíduos de toxinas criadas pelo homem podem ser
encontrados em todo o mundo. Entretanto, os números populacionais não
necessariamente se correlacionam com a toxicidade ou com níveis de
poluição, ou outros indicadores potenciais de estresse ambiental. Em sua
maior parte, as toxinas e poluentes gerados pelo ser humano derivam de
questões regulatórias relacionadas com atividades industriais, emissões e
ao gerenciamento do lixo — que podem não ter nada que ver com o tamanho
da população. Mas, nos círculos de controle populacional, os números de
população e o estresse sobre o meio ambiente sempre caminham de mãos
dadas. É interessante que o Índice de Desempenho do Meio Ambiente, da
Universidade de Yale, demonstra uma realidade mais complexa. Esse
estudo, que envolveu 132 países, classificou os dois países mais
populosos do mundo, China e Índia, como 116 e 125 em uma escala de 1 a
132 — perto do fim da lista em termos de desempenho ambiental. Todavia, o
terceiro, quarto e quinto países mais populosos — EUA, Indonésia e
Brasil — foram classificados em 49, 30 e 74, respectivamente. O Kuwait
tem uma população de 3,6 milhões, mas foi classificado na posição 126. O
Iêmen, com 24 milhões de habitantes, foi classificado em 127. Por outro
lado, a França (65 milhões) e a Alemanha (82 milhões) foram
classificados nas posições 6 e 11. O Japão (127 milhões) foi o vigésimo
terceiro A nação com a mais alta densidade populacional no planeta é
Cingapura: 52. O Turcomenistão, com 5 milhões de habitantes e um dos
menores em termos de densidade populacional, foi o penúltimo. O Iraque
ficou com a última posição. A Suíça recebeu a primeira. [22].
Logicamente, cada um desses países têm diferenças em
termos de prioridades de governo, padrões industriais, práticas de
gestão dos recursos, infraestrutura para tratar o lixo, e desafios
geofísicos. E este é o ponto. Os números humanos podem exercer algum
papel nas questões ambientais, mas dizer que são o fator dominante é uma
simplificação enganosa. Limitar-se ao tópico amplo das "toxinas" também
não ajuda, pois não é sobre a existência de substâncias tóxicas —
conforme observado pela Sociedade Real de Química, "os venenos naturais
superam aqueles sintetizados pelos químicos, tanto em número quanto em
toxicidade." [23]. Ao contrário, a verdadeira preocupação é com os
níveis de toxicidade. Embora resíduos de certas toxinas possam ser
encontrados no Ártico ou em algumas outros locais remotos, isto em si
mesmo não está interconectado com o "problema" da superpopulação.
Aqui está a explicação: Os poluentes e as toxinas não
estão isentos de serem alavancados como peões pseudocientíficos para a
transformação política e social. Isto foi demonstrado com o DDT no fim
dos anos 1960s e início dos anos 1970s [24] e, hoje, com o dióxido de
carbono, um componente natural do meio ambiente e um requisito
necessário para a vida, mas que foi rotulado pela Agência de Proteção
Ambiental dos EUA como um poluente.
Hoje, o Movimento do Controle Populacional, conforme
demonstrado por Ehrlich, é rápido em aderir ao discurso das toxinas. Por
quê? Porque ele puxa a corda emocional necessária para levar adiante a
agenda da transformação social.
Mudança Climática
Independente do tamanho da população e das
declarações de Ehrlich, as verdadeiras questões ambientais são quase que
inteiramente locais ou regionais em seu escopo. Até mesmo acidentes
nucleares catastróficos, como o de Chernobyl, têm zonas de contaminação
limitadas em regiões definidas; Chernobyl impactou principalmente a
Europa. [25]. Nota: O desastre nuclear em Fukushima, embora não
na escala de Chernobyl, ainda precisa ser plenamente compreendido em
termos de seu impacto ambiental — que poderá ser considerável, devido às
correntes oceânicas do Pacífico.
Mas, e a mudança climática? Apresentada como uma
crise ecológica internacional criada pelo homem — primeiro como
esfriamento global (anos 1970s), depois como aquecimento global (anos
1990s), e agora simplesmente como "mudança climática" — já foi
demonstrado repetidas vezes que esse "problema" é uma criação com
motivações políticas. [26]. O clima está mudando? Claro; esta é uma
constante histórica sobre o clima — ele muda. O homem é o responsável
pela mudança? Muitos climatologistas e meteorologistas pensam que não,
incluindo Charles Clough, chefe aposentado da Equipe de Efeitos
Atmosféricos do Exército dos EUA no campo de testes em Aberdeen (ele
terá um artigo publicado em uma edição futura da Forcing Change),
e Roy W. Spencer, ex-cientista sênior que trabalhou em estudos
climáticos no Centro de Voo Espacial Marshall, da NASA. Sobre a questão
da mudança climática "criada pelo homem" versus "natural", o Dr. Spencer
escreveu: "Acredite se quiser, pouquíssima pesquisa já recebeu
financiamento para que os mecanismos naturais do aquecimento fossem
investigados... assume-se simplesmente que o aquecimento global seja
criado pelo homem." [27].
Algumas teorias naturais têm sido exploradas, mas em
termos de financiamento, nada chega perto dos dólares gastos na pesquisa
das mudanças climáticas causadas pelo homem. Apesar disso, o Dr.
Spencer, ao reconhecer o papel do clima sobre si mesmo escreve: "O clima
muda — isto acontece com ou sem nossa ajuda." [28].
Mas, o estímulo constante é necessário para elevar a
energia emocional e permitir a "mudança popular". As pessoas não vão
aceitar o controle populacional sem serem emocionalmente estimuladas de
tal modo que "faça sentido". Depois que a mensagem fincar raízes, ela
precisa ser repetidamente fertilizada até que a ação floresça no solo da
opinião pública. Esta é a essência da propaganda.
Considere o seguinte: Com relação às agendas
ambientais globais, o Instituto Internacional para o Desenvolvimento
Sustentável (IISD), um influente centro de estudos e debates de política
para o meio ambiente, publicou o seguinte em seu Youth Sourcebook:
"A questão ambiental foi colocada como uma questão
global que requer uma ação global... Esses esforços no nível global
contribuíram diretamente para construir um senso de identidade global,
ou cidadania global, que será a primeira etapa rumo à governança
global." [29].
Em seguida, em 1995, o IISD publicou um ensaio sobre
"direitos ambientais", que declarava que "Durante qualquer 'ciclo de
problema-atenção' nas campanhas ambientais, há uma fase em que o
problema precisa ser estrategicamente exagerado de modo a estabelecê-lo
firmemente em uma agenda para ação." [30].
Teria a agenda do controle populacional testemunhado
"um exagero estratégico"? As quatro afirmações de Paul Ehrlich apontam
nessa direção, e organizações como o Clube de Roma têm sido implicadas
nisso. Ademais, Ehrlich tem um histórico de criar cenários
amedrontadores — um tipo de exagero estratégico.
O primeiro livro dele sobre população, The Population Bomb (A Bomba Populacional, publicado em 1968) incluía guerra nuclear causada em última análise, pela superpopulação:
"Os efeitos incluem elevação dos níveis de radiação e
catástrofe climática resultantes da adição de enormes quantidades de
destroços e dióxido de carbono na atmosfera. Esses efeitos e a
esterilização geral do solo (seguida por uma gigantesca erosão) tornam
dois terços setentrionais da Terra inabitáveis. A poluição do mar é
vastamente aumentada. Pequenos bolsões de Homo sapiens continuam a
existir por um tempo no Hemisfério Sul, mas morrem lentamente à medida
que os sistemas sociais se dissolvem, a radiação venenosa começa a ter
efeito, as mudanças climáticas destroem as plantações, os animais
morrem, e várias pragas criadas pelo homem se propagam. As criaturas
mais inteligentes que conseguem no fim sobreviver a este período são as
baratas." [31].
Outros cenários de superpopulação global não tão
amedrontadores, mas ainda assim preocupantes, aparecem nesse livro
marcante. Tenha em mente que o propósito desses cenários é preparar o
leitor psicologicamente para a ação.
Dois anos após The Population Bomb ser publicado, outro texto influente entrou na esfera pública, The Environmental Handbook
(Manual do Meio Ambiente). Esse livro, destinado a ser um recurso para
professores e alunos, foi lançado como um texto fundamental para aquele
que se tornou o Dia da Terra inaugural, em 22 de abril de 1970. Um dos
colaboradores para o The Environmental Handbook, foi Paul
Ehrlich. Em seu ensaio, ele descreveu uma série apocalíptica fictícia de
catástrofes ecológicas, começando em 1973; desastres causados por névoa
misturada com poluição atmosférica matando centenas de milhares em Nova
York e Los Angeles, o cinturão dos grãos no meio-oeste americano se
tornando um gigantesco deserto e a subsequente destruição dos estoques
de alimentos, "superdependência" química na agricultura que resulta em
30 milhões de mortes, enormes mortandades entre pássaros e a vida
marinha, "tremendas mudanças nos padrões do clima", a extinção de "toda
vida animal importante no mar", ruptura global do setor de recursos e
uma guerra logo em seguida pela disputa de recursos entre Rússia e China
— tudo até outubro de 1979. De acordo com o cenário, "a poluição
acumulada no ar tornaria o planeta inabitável antes de 1990." [32].
Em pouco tempo, outros livros sobre controle populacional entraram no mercado Em 1972, a segunda edição de Population, Resources, Environment, de Ehrlich, foi publicado. Observe a mensagem "mudança climática" glacial:
"Vale a pena considerar algumas das mudanças
climáticas que poderão ocorrer. Se a região ártica se tornar aquecida, a
camada de gelo flutuante do Oceano Ártico desapareceria. Isto poderia
resultar em deslocamentos para o norte nas posições dos trajetos das
chuvas fortes e reduzir severamente a incidência de chuvas nas planícies
da América do Norte, Europa e Ásia. Essas áreas se converteriam
rapidamente em desertos. Simultaneamente, os trajetos de chuvas fortes
mais para o norte trariam outra era glacial..."
"Por outro lado, se a região polar se tornasse mais
fria, as calotas de gelo na Antártida poderiam ser desestabilizadas por
um aumento em sua espessura. À medida que o peso do gelo crescesse, a
camada inferior se liquefazeria e grande parte da massa da calota
poderia desabar no Oceano Antártico. A magnitude desse desastre... é
difícil de imaginar. Ele poderia produzir uma onda marítima gigantesca
em todo o mundo, que arrasaria uma porção considerável da humanidade, e o
nível do mar poderia subir de 18 a 30 metros em todo o mundo. O gelo
poderia cobrir uma área dos oceanos talvez tão grande quanto a Ásia.
Existe gelo suficiente armazenado nas calotas polares da Antártida e da
Groenlândia para cobrir todo o globo com uma camada de gelo de quase 40
metros de espessura!... O gelo polar é agora um grande refletor da
radiação solar. Se parte da calota de gelo Antártico desabasse no mar e
se espalhasse, a área do gelo refletido seria enormemente aumentada. O
equilíbrio de temperatura no planeta seria drasticamente alterado,
produzindo uma queda média estimada de 10 graus Fahrenheit e uma era
glacial poderia iniciar..." [33]
Em 1978, a terceira edição desse texto apareceu com um novo nome, Ecoscience: Population, Resources, Environment.
Junto com a mulher de Paul, Anne, que contribuiu nas edições
anteriores, outro nome aparecia na capa, John P. Holdren (foto à
esquerda). Da mesma forma como a versão mais antiga, esta também propôs
advertências de fim do mundo: guerra termonuclear, mudança climática
global, etc. Somente medidas radicais e extremas, incluindo um "Regime
Planetário", impediriam o mundo de entrar em colapso sob o peso de tanta
gente. Hoje, John Holdren é o atual diretor do Escritório de Política
Científica e Tecnológica, da Casa Branca.
Em seguida, em 1990, o Dr. Ehrlich e sua esposa Anne publicaram outro livro, The Population Explosion.
A mensagem era a mesma que a anterior, com dados adicionados e novas
catástrofes globais, como a possibilidade de uma mutação no vírus da
AIDS, que "causaria mortes em dias, ou semanas" [34]. Aqui também, a
mudança climática, agora apresentada como aquecimento global, estava
diretamente relacionada com o tamanho da população. Ehrlich se
preocupava com o que um ou dois golpes poderiam produzir:
"Fracassos na colheita devidos unicamente ao
aquecimento global poderiam resultar nas mortes prematuras de um bilhão
de pessoas, ou mais, nas próximas décadas, e a epidemia da AIDS poderia
matar centenas de milhões. Juntos, esses constituiriam um severo
programa de 'controle populacional' fornecido pela natureza diante da
recusa da humanidade em colocar em prática um programa próprio e mais
benevolente." [35].
1968, 1970, 1972, 1978, 1990: Em cada um destes anos,
Ehrlich foi intransigente em afirmar que a Terra estava superpovoada.
Hoje, pouco mudou em sua posição. Ele ainda prega o evangelho da
superpopulação [36], e foi um dos especialistas que apresentaram
evidências ao projeto da Sociedade Real sobre população, cujo relatório
final, People and the Planet, foi lançado em 26 de abril de 2012.
Atualmente, Ehrlich evita elaborar cenários amedrontadores e detalhados, como fez em seu ensaio em The Environmental Handbook.
Ao revés, como a declaração feita em 2011 na Universidade de Nova
Gales do Sul, ele aborda as consequências da superpopulação de uma
maneira mais ampla e menos definida: guerra nuclear, epidemias, toxinas e
mudança climática. Esses quatro, especialmente a mudança climática, são
mais palpáveis para uma população já preparada por anos de alarmismo
com o "aquecimento global".
Em alguns aspectos, a abordagem mais ampla é mais
poderosa. Suas emoções foram agitadas pela "dura realidade" dos 7
bilhões — veja quantas pessoas estão agora no planeta em comparação
quando o livro The Population Bomb foi publicado! — e anos de
mensagens na mídia e na academia condicionou sua mente; a ameaça da
perda da biodiversidade, mudança climática catastrófica, pandemias
globais, o ganancioso Ocidente e o 1%, a giganteca pegada deixada pelo
capitalismo na ecologia, a arrogância da cosmovisão judaico-cristã em
relação à natureza. O planeta está em perigo! É hora de uma mudança! É
hora de agir.
Sua imaginação pode concluir o restante.
O Sumiço dos Bebês?
Como observado anteriormente neste ensaio, as
tendências populacionais produziram alguns números muito divergentes. A
questão que surge é: Que direção a tendência de longo prazo seguirá?
Para cima ou para baixo? Seremos 10, 15, ou 43 bilhões no fim do século?
Ou, alguma outra coisa está acontecendo?
Em 2009, a revista The Economist reportou:
"... a taxa de fertilidade de metade do mundo é agora
2,1 ou menos — o número mágico que é consistente com uma população
estável e é normalmente chamado de 'taxa de fertilidade de reposição'.
Em algum momento entre 2020 e 2050, a taxa de fertilidade mundial cairá
para baixo da taxa global de reposição." [37].
"A taxa de reposição é importante. Ela é explicada do
seguinte modo pelas Nações Unidas: "O número anual de nascimentos por
mulher em um determinado grupo etário expresso por 1.000 mulheres
naquele grupo."
"Alta fertilidade: Níveis totais de fertilidade acima de 5 filhos por mulher."
"Fertilidade no nível de reposição: Nìveis
totais de fertilidade de aproximadamente 2,1 filhos por mulher. Esse
valor representa o número médio de filhos que uma mulher precisaria ter
para se reproduzir, tendo uma filha que sobreviva e atinja a idade
adulta e também possa conceber filhos. Se o nível de fertilidade de
reposição for mantido por um período suficientemente longo, cada geração
será substituída exatamente, se não houver migração."
"Fertilidade abaixo do nível de reposição: Níveis de fertilidade abaixo de 2,1 filhos por mulher."
"Fertilidade muito baixa: Níveis de fertilidade abaixo de 1,3 filhos por mulher." [38].
No último mês de maio, o ex-primeiro-ministro de
Cingapura, Lee Kuan Yew, observou que as taxas de fertilidade caíram bem
abaixo do nível de reposição nos países desenvolvidos:
"A taxa de reposição — a taxa de reprodução que
mantém uma população estável — para os países desenvolvidos é 2,1, porém
praticamente a metade da população mundial tem taxas menores do que
isto. Os EUA têm uma taxa total de fertilidade de 2,0 — praticamente a
taxa de reposição — com os imigrantes hispânicos liderando em índices de
natalidade. Os EUA estão envelhecendo, porém não tão depressa quanto
muitos outros países."
"Os países da Europa Ocidental têm baixas taxas de
fertilidade, abaixo da taxa de reposição de 2,1. Alemanha: 1,4 (sua
população total é de cerca de 82 milhões de habitantes, dos quais 8,2%
são estrangeiros). Holanda: 1,8 (16,5 milhões de habitantes, dos quais
4,4% são estrangeiros). Bélgica 1,8 (10,8 milhões, dos quais 9,8% são
estrangeiros). Espanha: 1,4 (46 milhões de habitantes, dos quais 12,4%
são estrangeiros). Itália: 1,4 (60 milhões de habitantes, dos quais 7,1%
são estrangeiros), mesmo com a presença ali do papa. Suécia, que
fornece um grande suporte para os pais, tem uma taxa de 1,9 (9,4 milhões
de habitantes, dos quais 6,4% são estrangeiros), mas ainda está abaixo
da taxa de reposição. A Irlanda e o Reino Unido têm taxas altas de 2,1 e
1,9, respectivamente, porém elas são obtidas devido à presença de
muitos imigrantes não-europeus."
"Durante o século 21, os EUA poderão se tornar o líder que envelhece lentamente de um mundo que envelhece rapidamente."
"A experiência de Cingapura não é diferente. Nossas
taxas de crescimento demográfico estão declinando continuamente. A taxa
de fertilidade do segmento chinês de nossa população é a menor, 1,08
(ano de 2011), com a taxa para os indianos de 1,09 e para os malasianos
de 1,64. Em outras palavras, o tamanho de cada geração sucessiva de
chineses de Cingapura diminuirá para a metade nos próximos 18 a 20
anos." [39].
Hoje, a lista de nações que enfrentam o declínio
populacional é longa: Rússia, Polônia, Ucrânia, Grécia, Austrália,
França, Chile. Belarus (Bielo-Rússia) está praticamente cometendo
suicídio demográfico. Meu próprio país, o Canadá, está experimentando
um "sumiço dos bebês" — de acordo com os números da ONU para o ano de
2010, a taxa de fertilidade no Canadá é 1,69 bebês por mulher. A China
testemunhou uma perda contínua na fertilidade e agora situa-se bem
abaixo da taxa de reposição (1,56). Até mesmo nações com taxas de
fertilidade acima da de reposição, como o México, Argentina, Camboja e
Índia, estão em um declínio observável. Em mais alguns anos, muitos dos
países com taxas de crescimento positivas cairão para baixo do limiar de
reposição. [40].
Por curiosidade, consultei os dados históricos e
atuais da população mundial compilados pelo Departamento do Censo dos
EUA. Em 1968, o ano em que nasci, a população mundial era de 3,5 bilhões
de habitantes, com uma taxa de crescimento anual de 2,103%. No ano
seguinte, a taxa foi de 2,081% e tem caído continuamente desde então.
Agora, em 2012, a taxa anual de crescimento é 1,098%. Dentro de sete
anos, se nada fundamentalmente mudar, a taxa de crescimento cairá para
baixo de 1% e, por volta de 2030, estará perto de 0,75%. [41]. O
resultado é uma população envelhecida, expressa por "mais caixões do que
berços" [42] e "tsunami grisalho" [43]. De acordo com esta visão,
estamos caminhando para um futuro com menos pessoas entrando no mercado
de trabalho e mais indivíduos entrando em seus anos de aposentadoria. As
palavras de Phillip Longman, autor do ensaio "O Berço Vazio"
(disponível na área restrita) são graves: "Desde a queda do Império
Romano, o mundo não experimenta algo na escala da atual perda da
fertilidade."[44].
Entretanto, muitos ambientalistas argumentam que os
números da fertilidade realmente não importam. Em ambos os casos, se a
população diminui ou aumenta, o problema subjacente é o consumo
ocidental e uma população global que procura elevar seu padrão de vida.
Independente se o número por volta do ano 2050 será 10 bilhões, 8
bilhões, ou menos, a questão real é a pegada que estamos deixando no
meio ambiente.
Eu não engulo isto. Como disse anteriormente, os
problemas ambientais são reais em cenários locais e regionais. As
questões globais, como "mudança climática" há muito tempo são
reconhecidas como pretextos para a reestruturação social, política e
econômica. Veja o seguinte: quando os números eram 2,5 bilhões, como era
o caso nos anos 1950s, ou em qualquer tempo antes ou depois — incluindo
hoje — os grandes defensores da redução da população mundial sempre
entoaram o mesmo mantra: gerenciamento global e governo global.
É tudo uma questão de controle; para eles a liberdade de procriar é intolerável.
Gerenciando o "Câncer Humano"
Os defensores do controle populacional exigem ação:
"... é a população humana que precisa ser manejada, não a vida
silvestre." [45]. Aqui estão algumas ideias, tanto extremas e outras
consideradas politicamente realistas, que já circularam na literatura
sobre população e meio ambiente.
Nota: Depois de analisarmos essas sugestões,
veremos alguns exemplos nacionais e depois lidaremos com o clamor comum
de um "governo mundial".
Ideias para Limitar os Números Humanos:
• No famoso ensaio de Gareett Hardin, The Tragedy of the Commons,
ele advogou a "coerção mútua" democrática, isto é, medidas coercitivas
aceitas pela "maioria das pessoas afetadas" para a melhoria das pessoas
comuns no planeta. Ao promover a "mútua coerção, ele escreveu o
seguinte:
"Nenhuma solução técnica pode nos resgatar da
desgraça da superpopulação. A liberdade de procriar trará ruína a todos
nós... O único modo de podermos preservar e nutrir as mais preciosas
liberdades, é abrindo mão da liberdade de procriar..." [46].
• Colocar um composto temporariamente esterilizante na água e racionar cuidadosamente o antídoto. (Ehrlich, Population Bomb,
pág. 135). Uma proposta feita pelo prof. Richard W. Schrieber no
início dos anos 1970s foi a de um "vírus esterilizante" que poderia ser
neutralizado por um antídoto injetável. (Ehrlich, Population, Resources, Environment, pág. 339).
• Penalidades econômicas, como impostos mais altos
para famílias numerosas e tributar como bens de luxo itens como camas de
bebês e fraldas. (Ehrlich, The Population Bomb, pág.136). Muitas variações deste tema têm sido publicadas.
• Usar o aborto e a esterilização voluntária para
suplementar outras formas de controle da natalidade podem ser muito
apropriadamente incluídas como parte do planejamento familiar."
(Ehrlich, Population, Resources, Environment, pág. 334).
• Population Matter, um braço do Optimum Population
Trust, exige "acesso universal aos serviços de saúde reprodutivos",
melhor disponibilização dos contraceptivos, "a suspensão de todas as
restrições dos produtos e serviços para a saúde reprodutiva" e tornar "o
planejamento familiar uma questão prioritária de saúde." [47].
• Estabelecer uma "rede mundial de clínicas de esterilização", por mandado da Assembléia Geral da ONU. [48].
• "Tornar a educação sexual disponível em todos os
níveis apropriados, enfatizando as práticas de controle de natalidade e a
necessidade de estabilizar a população." (The Environmental Handbook, pág. 318).
• Uma ideia que tem sido seriamente proposta na Índia é vasectomizar todos os pais de três ou mais crianças." (Ehrlich, Population, Resources, Environment, pág. 338).
• Gerenciar o crescimento populacional por meio de
critérios pré-estabelecidos. Deve o "controle da fertilidade" ser
alcançado via uma "loteria, riqueza, talento especial, etnia, QI, poder
político?" [49].
• Em relação ao ambiente global e aos níveis
crescentes populacionais, Mikhail Gorbachev acredita que "necessitamos
de uma virada radical em nosso modo de pensar... um modo que seja
global... uma revolução na consciência... uma nova abordagem para o modo
básico da vida e formas de comportamento..." [50]. Portanto, uma
mudança global de valores é necessária."
• Uma ideia de 1970 foi a consideração de estilos de
vida familiar alternativos. "Explorar outras estruturas sociais e formas
de casamento, como o casamento em grupo e o casamento poliândrico [uma
mulher casada com vários homens], que oferecem vida familiar, mas
produzem um número menor de filhos. Compartilhar a alegria de criar
filhos amplamente, para que nem todos precisem se reproduzir diretamente
para passar por essa experiência humana básica. Precisamos esperar que
nenhuma mulher dê à luz a mais de um filho, durante este período de
crise." [51].
• Mudar para um modelo econômico social e
ambientalmente sustentável, pois "o capitalismo promove o crescimento
populacional e o consumo intensivo, causando os problemas atuais." [52].
• Criar uma "política energética verde" em escala
global, alocando um nível equitativo de energia elétrica para todos no
planeta. A quantidade sugerida: 3 kW por pessoa. Entretanto, para todos
se beneficiarem desses 3 kW, a população atual do planeta precisaria ser
reduzida para 4 bilhões. Alcançar esse cenário requereria "uma política
global oficial de um filho por família." [53].
• "A melhor sugestão até aqui para produzir o Rápido Declínio Populacional é que a família humana global e coletiva adote o modus operandi/filosofia do Filho Único em Cada Família." (Peter Salonius, cientista e pesquisador junto ao Serviço Florestal Canadense, em Long Term Agricultural Overshot,
um trabalho de pesquisa apresentado como evidência para a Sociedade
Real, em um projeto sobre população, em 2012.). Além disso, em uma
mensagem de correio eletrônico enviada à Sociedade Real, ele escreveu o
seguinte:
"Minha estimativa pessoal para os números humanos
sustentáveis na casa das centenas de milhões, se correta, sugere que a
atual população global tem até aqui excedido a capacidade de carga dos
ecossistemas que a suportam..."
"Existem mais pessoas no planeta do que ele pode suportar de forma sustentável. Isto está ocorrendo há milhares de anos.
"Muitos de nós concluíram que até as FAMÍLIAS COM
DUAS CRIANÇAS — que somente estabilizariam lentamente a população humana
— não são uma resposta adequada para o problema. Precisamos da adoção
VOLUNTÁRIA do comportamento de NENHUM FILHO, OU DO FILHO ÚNICO POR
FAMÍLIA, para orquestrar o DECLÍNIO populacional que é necessário agora,
para que consigamos chegar a números pequenos o suficiente para termos
os ECOSSISTEMAS INTACTOS RESTAURADOS NO MUNDO, em vez de nos
sustentarmos por meio da DESTRUIÇÃO DO MUNDO..." [54; maiúsculas no
original].
Exemplos Nacionais:
Certos países já adotaram medidas de controle populacional extremas.
A China, com sua política do filho único, é a mais notável, com severas
repercussões para muitos que deixam de cumprir o mandado do governo.
Conforme reportado pelo Population Research Institute (PRI), uma
organização pró-humanidade, que monitora as questões de controle
populacional:
"É bem conhecido que as mulheres que violam a
política do filho único têm, algumas vezes, sido sujeitas a abortos
forçados ou, se já tiverem dado à luz, são forçadas a pagarem multas
punitivas e são esterilizadas. Por exemplo, as regulamentações sobre
controle da natalidade afixadas em uma cidade advertiam que aqueles que
violassem a política do filho único ficariam expostos à contracepção ou
esterilização forçada:"
"Sob a direção da burocracia do controle da
natalidade e do pessoal técnico (aqui designado), as mulheres casadas,
ou em idade reprodutiva que já tiveram um filho, receberão um DIU
(dispositivo intrauterino); os casais que já tiveram um segundo filho, ou mais, serão esterilizados." [55; itálico acrescentado].
O PRI observou que multas são outro instrumento usado
pelo Estado. Fotografando e traduzindo um grande cartaz chinês, o PRI
publicou a seguinte notificação de "taxa de compensação social":
"Aqueles que procriarem ilegalmente... serão
avaliados e, quando seu comportamento ilegal for descoberto, uma 'taxa
de compensação social', baseada em uma unidade calculada de um ano de
salário, para os moradores das zonas urbanas, e baseado em um ano após
as despesas, para os moradores da zona rural."
"Aquelas que derem à luz ilegalmente a uma criança
terão uma pena avaliada de 3 a 5 vezes sua renda anual; aquelas que
derem à luz uma segunda criança, de 5 a 7 vezes sua renda anual; aquelas
que derem à luz a uma terceira criança receberão uma multa de 7 a 9
vezes sua renda anual; aquelas que derem à luz a mais de 4 crianças
ilegais terão sua multa avaliada, que será extrapolada com base nos
números anteriores."
"Para aqueles que ilegalmente assumirem uma criança,
tiverem um filho nascido de um relacionamento extraconjugal, ou tiverem
um filho nascido fora do casamento, ambas as partes envolvidas terão uma
'taxa de compensação social' avaliada, segundo a escala anterior de
múltiplos da renda." [56].
A agenda populacional da China tem uma preocupante base tecnocrática. Robert Zubrin explica a conexão entre a China e o Clube de Roma em seu livro Merchants of Despair:
"Em junho de 1978, Song Jian, um gerente de alto
nível responsável pelo desenvolvimento de sistemas de controle para o
programa chinês de mísseis guiados, viajou para Helsinki para participar
de uma conferência internacional sobre teoria e projeto de sistemas de
controle. Durante o tempo em que esteve na Finlândia, ele comprou cópias
das publicações The Limits to Grow e Blueprint for Survival,
do Clube de Roma, e fez amizades com vários europeus que estavam
promovendo os métodos dos relatórios de usar a 'análise de sistemas'
computadorizada para prever e projetar o futuro humano."
"Fascinado pelas possibilidades, Song retornou à
China e republicou as análises do Clube usando seu próprio nome (sem
atribuir os créditos), estabelecendo sua reputação por ideias brilhantes
e originais. De fato, enquanto as projeções feitas em computadores pelo
Clube de Roma de eminente escassez de recursos, gráficos que mostravam a
redução do tempo para o crescimento demográfico e discussões sobre a
'capacidade de carga', 'limites naturais', extinções em massa, e a
'espaçonave Terra isolada' eram todos clichês no Ocidente por volta de
1978, na China essas ideias eram totalmente novas e interessantes.
Rapidamente, Song tornou-se um astro da ciência."
"Aproveitando o momento para conquistar maior poder e
prestígio, ele formou um grupo de elite de matemáticos de seu próprio
departamento e com a ajuda de um poderoso computador para fornecer os
efeitos especiais necessários, emitiu o julgamento profundamente
calculado que o tamanho 'correto' para a população da China era de 650 a
700 milhões de pessoas — o que eram de 280 a 330 milhões a menos do que
a população existente em 1978. A análise de Song rapidamente encontrou
favor nos níveis mais altos do Partido Comunista Chinês, pois se
propunha a provar que a razão para a contínua pobreza chinesa não eram
os trinta anos de erros desastrosos cometidos pelo governo, mas a
própria existência do povo chinês. (Para deixar clara a profunda
falsidade do argumento de Song, é suficiente observar que em 1980, a
vizinha Coreia do Sul, com uma densidade demográfica quatro vezes
superior à chinesa, tinha um renda nacional per capita sete vezes
maior.) O líder máximo Deng Xiaoping e seus companheiros no Comitê
Central também ficaram muito impressionados com a linguagem
computacional pseudocientífica que Song usou para apresentar sua teoria —
que, ao contrário dos documentos-fontes do Clube de Roma no Ocidente,
não enfrentava oposição na mídia técnica e popular controlada pelo
Estado chinês.
"... Song propôs que a população nacional fosse
considerada uma entidade matemática, como a posição de um míssil em voo,
cuja trajetória podia ser otimizada inserindo-se uma série calculada e
correta de diretivas. Song via apenas uma resposta: a China precisava
impor o limite de um filho por família, e colocar isto em vigor
imediatamente."
"Deng Xiaoping gostou do que Song tinha a dizer, de
modo que aqueles que poderiam ter o poder de resistir à política do
filho único foram rápidos em se proteger, alinhando-se no suporte."
[57].
Outras nações já realizaram, ou estão realizando
atividades de controle demográfico, e aqui precisamos falar um pouco
sobre eugenia, pois alguns leitores podem ter questões sobre o lugar
potencial dela neste ensaio.
A eugenia é um tipo de movimento de controle
demográfico, porém neste relatório estamos enfatizando o controle
populacional como um remédio para os números humanos "excessivos", não o
controle populacional como um modo de obter uma melhor "linhagem" para a
procriação. Para aqueles que não estão familiarizados com o termo, a
eugenia é a aplicação técnica dos princípios do Darwinismo para a
espécie humana, e segue dois caminhos:
1) Eugenia Negativa — a esterilização dos
fracos, dos doentes mentais, ou dos deficientes físicos para garantir a
pureza e/ou saúde de uma determinada população. EUA, Grã-Bretanha,
Canadá, Austrália, Japão e Alemanha usaram a eugenia negativa para
tentar eliminar características sociais indesejáveis. [58]. A Alemanha
Nazista levou essas medidas ao extremo, realizando programas de
esterilização e de finalização. [59].
2) Eugenia Positiva — programas seletivos de
procriação com o objetivo de alcançar um padrão racial ou da espécie
mais elevado. A Alemanha Nazista experimentou a eugenia positiva por
meio do programa Lebensborn, que emparceirava mulheres alemãs jovens com
homens selecionados da SS Nazista para propósitos de procriação. Lares
especiais de maternidade foram criados para as mães "arianas" grávidas. O
programa Lebensborn também hospedava as crianças arianas que tinham
sido capturadas em nações não-arianas. [60]. Nos EUA, um programa de
eugenia positivo, administrado por uma organização privada, combinava
homens ganhadores do Prêmio Nobel e que eram doadores de sêmen com
mulheres de elevado QI. O propósito: criar um banco genético e crianças
dotadas de uma superinteligência. [61].
A eugenia negativa e a gestão da população "baseada
em números" podem ser (e já foram) vinculadas uma com a outra. Aqui, as
elites nacionais usam o pretexto do "controle geral da população" para
especificamente visar grupos políticos ou étnicos indesejáveis. Aqui
entra o "nexo entre política e saúde" — "Para evitar o compartilhamento
do poder, o impulso da elite é procurar atalhos, como as limitações de
casamento e abortos forçados... ou tentar persuadir ou pressionar os
pobres, especialmente as mães, a aceitarem a esterilização." [62].
Além das práticas de gestão humana da China, duas outras nações serão rapidamente exploradas:
Estados Unidos da América. Os Serviços
de Planejamento Familiar e a Lei de Pesquisa Populacional foram
aprovados pelo Congresso em 1970, colocando o planejamento familiar na
agenda doméstica, incluindo serviços para os pobres. "Planejamento
familiar" é um termo amplo que incorpora serviços educacionais,
disseminação de dispositivos contraceptivos, opções de esterilização e
aborto — sob o estandarte de "saúde reprodutiva". Em seguida, em 1973, a
decisão da Suprema Corte no caso divisor de águas Roe versus Wade,
colocou a indústria de abortos na América em marcha rápida. Desde 1973,
aproximadamente 50 milhões de abortos foram realizados nos EUA. [63]. A
estrada do aborto é um caminho inegável para o controle demográfico.
Isto é admitido, às vezes relutantemente, por aqueles que apoiam o
gerenciamento humano, incluindo Paul Ehrlich, que correlaciona a redução
populacional com o "direito de uma mulher aos abortos seguros". [64].
Logicamente, as duas questões se encaixam uma na
outra. A China já demonstrou amplamente esse fato, como também o Japão,
onde a taxa de crescimento demográfico foi rapidamente reduzida após a
Segunda Guerra Mundial "em grande parte pela legalização do aborto".
[65].
Compreendendo os vínculos entre "saúde reprodutiva" e
redução populacional, os comentários feitos pela Secretária de Estado
Hillary Clinton na Conferência da ONU Rio+20, em 22 de junho de 2012
entram em foco:
"Embora eu esteja muito satisfeita que o documento
final deste ano endosse a saúde sexual e reprodutiva e o acesso
universal ao planejamento familiar, para alcançarmos nossos objetivos de
desenvolvimento sustentável, também precisamos garantir os direitos
reprodutivos das mulheres." [66].
O desenvolvimento sustentável, os direitos
reprodutivos e o controle demográfico estão intrinsecamente ligados.
Como um relatório do ex-Secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger
declarou secamente: "Nenhum país reduziu seu crescimento demográfico sem
recorrer ao aborto." [67].
De fato, o Departamento de Estado do EUA tem um longo
histórico de controle demográfico por meio da Agência para o
Desenvolvimento Internacional, que opera "sob a autoridade direta e a
orientação de política externa do Secretário de Estado." [68].
Em meados dos anos 1960s, a USAID iniciou o programa
Saúde Reprodutiva e Populacional, e depois criou o Escritório da
População, em 1969. A razão: Desde Kennedy até Nixon, os presidentes
norte-americanos e os principais administradores estavam propondo uma
redução nos números demográficos do Terceiro Mundo, citando uma
crescente correlação entre as atividades comunistas de base soviética e
os países do Terceiro Mundo. O Escritório da População da USAID
respondeu iniciando múltiplas campanhas nacionais para reduzir a
fertilidade via planejamento familiar e ações populacionais país por
país. R. T. Ravenholt, diretor do Escritório da População, de 1966 a
1979, explicou que seu escritório estava envolvido com "pesquisa
aplicada, desenvolvimento, teste e disseminação de meios aprimorados
para o controle da fertilidade."
O que isto significa? Aqui estão alguns exemplos:
Nota: O seguinte foi extraído do trabalho de pesquisa de Ravenholt, Foremost Achievement of USAID’s Population Program, 1966-1979.
• Desenvolvimento do Kit de Regulação Menstrual, "um
meio seguro, simples e barato de aspiração uterina." Após 100 mil
unidades terem sido compradas, a USAID foi juridicamente impedida de
distribuir os kits de forma direta. Entretanto, trabalhando com
organizações não governamentais (ONGs), mais de 3 milhões de kits foram
distribuídos em um período de tempo relativamente curto.
• Técnicas de cirurgia laparoscópica e "ampla
disseminação de equipamento de laparoscopia para especificamente treinar
os cirurgiões em mais de 70 países, incluindo Brasil, Coreia,
Indonésia, Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal, Tunísia, Colômbia e
México..."
• Assistência no desenvolvimento de "equipamentos e
técnicas de minilaparotomia" para unidades de esterilização nos países
desenvolvidos.
• "Aquisição e fornecimento de imensas quantidades de
contraceptivos e equipamentos cirúrgicos para programas de família em
terras distantes... Somente em 1979, o Escritório da População
distribuiu 750 milhões de cartelas de contraceptivos orais (cada cartela
para o ciclo de um mês)... 2,3 bilhões de preservativos... 10 milhões
de dispositivos intrauterinos... 2.000 laparoscópios avançados e 36.000
minilaparoscópios e kits para vasectomia..."
• A canalização de quantidades maciças de recursos
financeiros e suporte político para o Fundo para as Atividades
Populacionais das Nações Unidas, a Federação Internacional da
Paternidade Planejada, o Conselho da População, Instituto Memorial
Bettelle, Academia Nacional de Ciências, e outros grupos que trabalham
com diretivas de gestão da demografia e da fertilidade.
Com R. T. Ravenholt explicou certa vez, "Durante a
última década, esta agência tem sido a líder mundial na pesquisa e
desenvolvimento de novas tecnologias cirúrgicas para a esterilização
avançada de mulheres e para a finalização da gravidez." [69; itálicos adicionados]
Um exemplo da financiamento demográfico da USAID foi
Bangladesh durante meados dos anos 1980s. Betsy Hartmann, diretora do
Programa de População e Desenvolvimento nas Faculdades Hampshire, nos dá
algumas compreensões:
"Em meados dos anos 1980s, o governo militar de
Bangladesh instituiu um programa radical para reduzir as taxas de
crescimento demográfico do país. Além de aumentar os pagamentos de
incentivo para a esterilização, ele introduziu medidas punitivas contra
os funcionários do programa de planejamento familiar e profissionais de
saúde que deixassem de cumprir as metas mensais de esterilização. O
abusos eram desmedidos. Por exemplo, no período das chuvas de monção de
1984, os trabalhadores das equipes de resgate descobriram um padrão de
mulheres destituídas às quais tinham sido negados auxílios de alimentos,
a não ser que elas concordassem em serem esterilizadas."
"As políticas do governo não ocorriam em um vácuo. Em
1983, importantes agências doadoras, incluindo a USAID, Banco Mundial e
o Fundo Para Atividades da População da ONU (UNFPA) pressionaram o
governo de Bangladesh a obter uma redução 'drástica' nas taxas de
crescimento demográfico, principalmente por meio de incentivos à
esterilização. Apesar de uma lei que proibia o uso de fundos americanos
para o pagamento de incentivos, a USAID financiou 85% dos custos de
incentivos do programa de Bangladesh. A agência contornou a lei,
chamando os incentivos de 'pagamentos de compensação'. Aqueles que
aceitaram a esterilização receberam um pagamento em dinheiro equivalente
à remuneração por várias semanas de trabalho, além de um novo sari para
as mulheres e um sarongue para os homens, em um tempo em que muitos
aldeões possuíam uma única peça de roupa. Médicos, pessoal de apoio nas
clínicas, trabalhadores na área de saúde, parteiras tradicionais e até
mesmo membros do público recebiam um pagamento por cada cliente que
'indicassem' ou 'motivassem' para serem esterilizados. Como resultado,
todo o sistema de atendimento à saúde ficou direcionado para a
esterilização e o acesso aos métodos temporários de contracepção foi
severamente reduzido. Os índices de esterilização cresceram
especialmente no período da entressafra, quando os camponeses estavam
desesperados, precisando de dinheiro para comprar comida."
O que aconteceu em Bangladesh nos anos 1980 não foi
nada fora do comum. Foi controle demográfico no estilo da velha
escola..." [70].
Nota: Muito mais poderia ser acrescentado com
relação aos programas e atividades de controle demográfico dos EUA,
incluindo o Memorando 200 do Estudo da Segurança Nacional (NSSM 200), um
relatório emitido pelo Secretário de Estado Henry Kissinger. O NSSM
2000 oferecia a justificativa para propor agressivamente os objetivos de
gestão demográfica global. [NT: Para conhecer detalhes sobre alguns pontos desse relatório, leia o texto em http://www.providafamilia.org/relatorio_kissinger.htm].
Índia: O subcontinente indiano tem um
longo e sórdido histórico de controle populacional (seu início oficial
foi em 1952). Nos anos 1970s, cartazes anunciavam: "Felicidade é uma
Família com Duas Crianças". Reportando sobre as medidas populacionais da
Índia durante aquele período, Arthur Bonner, o correspondente do jornal
The New York Times escreveu: "A primeira-ministra Indira Gandhi
advertiu: 'Precisamos agir decisivamente agora e fazer a taxa de
natalidade cair velozmente para evitar que nossa população dobre de
tamanho em apenas 28 anos. Não hesitaremos em tomar medidas que possam
ser descritas como drásticas.'
O filho mais jovem da Sra. Gandhi, Sanjay... tornou o
planejamento familiar seu feudo particular. Ele estabeleceu um alvo
nacional de 4,3 milhões de esterilizações em somente nove meses, de
abril de 1976 até março de 1977, o dobro do número registrado no período
anterior de doze meses." [71].
O controle populacional ainda é parte da paisagem indiana. Em 31 de março de 2012, The Times of India
reportou que no distrito de Pali, as pessoas podiam receber o
reabastecimento do gás natural gratuitamente. Mas, para isto, você tinha
de concordar em fazer uma cirurgia de esterilização. Não muito tempo
atrás, houve o sorteio de dois automóveis Nano, mas, para concorrer,
você tinha de ser esterilizado em um determinado período de tempo.
Outros incentivos foram oferecidos, como telefones celulares e dinheiro.
[72].
Ocasionalmente, os "campos de esterilização" via
laparoscopia fazem notícias. Em 3 de abril de 2012, foi reportado que um
cirurgião em Bihar realizou "53 esterilizações em mulheres em duas
horas, com a ajuda de assistentes não qualificados... que não tinham
facilidades básicas, como água corrente ou equipamento de higienização."
A reportagem observou que aqueles visados estavam "abaixo da linha da pobreza, integrantes da casta impura (dalits) e outras mulheres de classe baixa." Uma testemunha declarou:
"Como resultado dessas operações, três mulheres
ficaram com hemorragias profundas. Uma mulher foi operada, apesar de
estar grávida de três meses. Ela perdeu o bebê em um aborto espontâneo
dias após o procedimento. O cirurgião partiu imediatamente, após operar
53 mulheres, das 8 às 10 da noite. Após as cirurgias, todas as 53
mulheres choravam de dor. Embora estivessem desesperadamente
necessitadas de atendimento médico, ninguém veio para atendê-las." [73].
Em 1977, a campanha de esterilização em massa de
Indira Gandhi custou-lhe a reeleição: "O programa do governo de
vasectomizar milhões de homens indianos que tinham gerado duas ou mais
crianças — aplicado de forma brutal e ilegal — veio a simbolizar os
perigos do governo autoritário." [74]. Hoje, a esterilização é feita
predominantemente em mulheres, não em homens." [75].
Todas estas são recomendações do livro de Paul Ehrlich, The Population Bomb. Falando sobre a necessidade de apoiar a redução populacional da Índia com helicópteros e outros apoios logísticos, lemos:
"Coerção? Talvez, mas coerção em uma boa causa.
Algumas vezes fico chocado com as atitudes daqueles que estão
horrorizados com a possibilidade de o governo insistir em controle
populacional como preço para a ajuda em alimentos. Frequentemente, as
mesmas pessoas são totalmente favoráveis à aplicação de força militar
contra aqueles que discordam da nossa forma de governo ou de nossa
política externa. Precisamos ser incansáveis na promoção do controle
populacional em todo o mundo."
"Gostaria de poder oferecer algumas soluções
edulcoradas, mas receio que o tempo para elas já passou. O câncer é uma
multiplicação incontrolável de células; a explosão populacional é uma
multiplicação incontrolável de pessoas." [76].
Uma Autoridade Global
Se a população mundial é "um problema global que
requer uma solução global", não deve ser surpresa que a gestão
internacional seja continuamente promovida como a única opção real. Nem
todos os que apoiam o controle demográfico são favoráveis à governança
populacional, porém muitos defendem a ideia. Alguns pontos a seguir
ilustram esse importante aspecto:
1925: Um panfleto marxista circulou na
Inglaterra — "... nós, pacifistas científicos exigimos uma limitação
mundial no número de nascimentos, realizado por todas as nações, unidas
em um desejo pela paz, sob a liderança da Liga das Nações." [veja a Nota
Final 20].
1947: Julian Huxley, primeiro diretor da
UNESCO, promove ativamente o governo mundial, criado com base no
humanismo mundial como o objetivo final. Em seu livro, UNESCO: Its Purpose and its Philosophy,
ele inclui "a ideia de um tamanho ótimo da população... um primeiro
passo indispensável para o controle planejado das populações", como
parte de seu quadro maior. [77].
1953: O mundialmente renomado filósofo
Bertrand Russell escreveu o seguinte, fornecendo uma impressionante
janela para a mentalidade de um elitista:
"Não pretendo dizer que o controle da natalidade seja
o único modo para evitar o crescimento populacional. Existem outros,
que, pode-se supor, os oponentes do controle da natalidade prefeririam. A
guerra, como comentei momentos atrás, tem até aqui sido desapontadora
neste sentido, mas talvez a guerra bacteriológica possa se mostrar mais
eficaz. Se uma Peste Negra pudesse ser propagada pelo mundo uma vez a
cada geração, os sobreviventes poderiam procriar livremente sem tornar o
mundo cheio demais. Não haveria nada aqui que pudesse ofender as
consciências dos devotos ou limitar as ambições dos nacionalistas. A
situação pode ser de certo modo desagradável, mas e daí? As pessoas de
mente elevada são indiferentes à felicidade, especialmente à felicidade
dos outros.
"... a não ser que exista um governo mundial que
garanta o controle da natalidade universal, de tempos em tempos serão
necessárias grandes guerras, em que a penalidade da derrota seja a morte
generalizada pela fome..."
"... A necessidade de um governo mundial, para o
problema da população ser solucionado de uma maneira humana, é
completamente evidente com base em princípios darwinianos." [78].
1957: Com relação ao controle global da
população por meio de esforços nacionais conjuntos, Julian Huxley
recomendou um "Plano Mundial de Desenvolvimento em escala no mínimo dez
vezes maior do que todos os esquemas atuais combinados". Os países
avançados "sacrificarão um pouco de seus altos padrões de vida" e as
nações subdesenvolvidas terão a "disposição de restringir suas
populações, iniciando políticas eficazes de controle da natalidade e de
planejamento familiar." [79].
1970/72/78: Paul e Anne Ehrlich e, em 1978, com John P. Holdren, publicaram edições sucessivas do livro Population, Resources, Environment.
Eles propuseram um Regime Planetário que transformaria as Nações Unidas
"em um tipo de Agência Internacional para a População, Recursos e Meio
Ambiente." O Regime Planetário também:
"... controlaria o desenvolvimento, administração,
conservação e distribuição de todos os recursos naturais... O Regime
Planetário teria a responsabilidade de determinar a população ideal para
o mundo, para cada região e arbitrar as participações dos vários países
em seus limites regionais... O Regime teria o poder de impor os limites
estabelecidos." [80].
1990: Ehrlich publica The Population Explosion, e defende um "Regime Global para os Comuns" para regular a interação humana com o meio ambiente global:
"Não há garantia que um Regime Global para os Comuns
eficaz poderá tirar a humanidade da crise vindoura; mas, parece certo
que sem um esforço bem amplo de lidar com os problemas globais da
população e do meio ambiente, a civilização entrará em colapso." [81].
1992: Al Gore escreve seu livro A Terra na Balança:
"Claramente, é hora de um esforço global para criar em toda parte as
condições propícias para a estabilização da população." [82].
2003: A UNESCO publica Planetary Sustainability in the Age of the Information and Knowledge Society, em que diz:
"Os números da população mundial e dos recursos são
considerados pontos fundamentais. Portanto, para alcançar a
sustentabilidade global, uma ética global precisará ser aceita junto com
um sistema de governança global — um código de conduta internacional
que mova a humanidade para a cidadania planetária: políticas,
estratégias e linhas de ação voltadas para todo o planeta."
"Fundar uma sociedade planetária, e cidadania
planetária, requer trabalhar com a ideia de novos contratos sociais,
cooperação em humanizar os problemas da vida, e o aparecimento de um
grande projeto humano que apoie um cenário de sustentabilidade
planetária." [83].
2009: O Financial Post imprime um artigo de Diane Francis, editora do National Post:
"A 'verdade inconveniente' que está diante da
Conferência da ONU, em Copenhagen, não é que o clima está aquecendo ou
esfriando, mas que os seres humanos estão superpovoando o planeta."
"Uma lei planetária, como a Política do Filho Único,
que existe na China, é o único modo de reverter a desastrosa taxa de
natalidade global atual, que é de um milhão de nascimentos a cada quatro
dias." [84].
Muitos outros exemplos poderiam ser apresentados, mas
o ponto já está óbvio: o controle demográfico mundial caminha de mãos
dadas com a governança global. Como poderia ser diferente?
Conclusão
Este ensaio tocou em muitas questões interconectadas,
porém a história do controle populacional é mais profunda e complexa do
que pode ser apresentada em um relatório limitado como este. A religião
exerce um papel importante, tanto em se opor a esse movimento
anti-humano quanto em apoiá-lo — uma rixa que existe até mesmo nos
círculos evangélicos. Os fatores econômicos e financeiros também estão
envolvidos. A educação, a mídia e a cultura moderna fazem contribuições.
Muito mais também poderia ser dito sobre as personalidades e
instituições que estão por trás do movimento pró-redução populacional.
Entretanto, espero que este relatório lhe dê um senso
da abrangência — reconhecendo que "as ideias têm consequências", e que
você use este ensaio para reconhecer as palavras da moda e os conceitos
associados com o movimento. Daqui para frente você certamente verá um
aumento no interesse político, religioso e da mídia por este tópico.
Isto é inevitável.
À medida que a comunidade internacional continuar a
se concentrar na construção de mecanismos e instrumentos de governança
global, o dilema da "superpopulação planetária" reaparecerá como uma
questão vital. Isto já está acontecendo, porém acredito que mais atenção
será dada ao "problema" de "gente demais" em um futuro não tão
distante. Isto é especialmente o caso agora que as economias nacionais
estão experimentando retrações e o mundo ocidental adota uma cosmovisão
socialista. Afinal, controlar a humanidade é o sonho utópico dos
progressistas.
Notas Finais
1. Bertrand Russell, The Future of Science (Nova York, NY: Philosophical Library, 1959), pág. 35.
2. Julian Huxley, Evolution in Action (London, Grã-Bretanha: Chatto and Windus, 1953), pág. 139.
3.The Environmental Handbook: Prepared for the First National Environmental Teach-In, April 22, 1970 (Nova York, NY: Ballantine/Friends of the Earth, 1970, editado por Garrett de Bell), pág. 323.
4. Garrett Hardin, "The Immorality of Being Soft-hearted", Stanford Alumni Almanac, janeiro de 1969. Conforme citado no livro de Barry Commoner, Making Peace with the Planet (Nova York: The New Press, edição de 1992), pág. 167.
10. A palestra na Universidade de Nova Gales do Sul está disponível no YouTube, em http://www.youtube.com/watch?v=YHc7-275h0Y. Esta declaração pode ser ouvida aos 13 minutos.
11. Conforme discutido em Spiegel, "Experts Predict Global Population Will Plateau", 3/11/2011, edição on-line.
12. Veja o relatório Family Planing in Developing Countries: A Decade of Progress, de R. T. Ravenholt, Diretor, Escritório da População, US Agency for International Development, 5 de novembro de 1979.
13. Julian L. Simon, Population Matters:
People, Resources, Environment and Immigration (Transaction Publishers,
1990), págs. 211-212.
15.Oil Fields as Military Objectives: A Feasibility Study,
Preparado pelo Subcomitê Especial Sobre Investigações do Comitês das
Relações Internacionais pelo Serviço de Pesquisas do Congresso, 21 de
agosto de 1975. Veja no "Resumo" a lista de objetivos.
16. Idem, pág. 75.
17. Veja o ensaio A Dynamic Theory of Resource Wars, escrito por Daron Acemoflu, Michael Golosov, Aleh Tsyvincki, e Pierre Yared, 10 de julho de 2011.
18. Paul and Anne Ehrlich, The Dominant Animal: Human Evolution and the Environment (Washington, DC: Island Press, 2008 ), pág. 210.
19. John Fischer, "Survival U: Prospectus for a Really Relevant University", The Environmental Handbook: Prepared for the First National Environmental Teach-In, April 22, 1970 (Nova York, NY: Ballantine/Friends of the Earth, 1970, editado por Garrett de Bell), pág. 139.
21. Muitos historiadores, filósofos e
militares lutaram com as causas-raízes. Um exemplo é o livro de Paul
Seabury e Angelo Codevilla, War: Ends and Means (Nova York, NY: Basic Books, 1989).
22.Yale University Environmental Performance Index for 2012, http://epi.yale.edu.
23. Sociedade Real de Química, Natural or Man-made chemicals?
Nota — uma apresentação em PowerPoint para audiências em idade escolar.
Esta apresentação pode ser encontrada no página da Sociedade, em http://www.rsc.org.
24. Michael S. Coffman, Saviors of the Earth? The Politics and Religion of the Environmental Movement (Chicago, IL: Northfield Publishing), págs. 34-35.
25. Veja Lynn R. Anspaugh, Robert J. Catlin, Marvin Goldman, "The Global Impact of the Chernobyl Reactor Accident", Science,
dezembro de 1988. Todos os relatórios subsequentes sobre Chernobyl
desde aquele tempo, incluindo o estudo de 2006 emitido pelos Verdes no
Parlamento Europeu, apontam para o desastre como um evento regional.
Apesar disso, muitos relatórios, incluindo aquele produzido pelos
Verdes, "The Other Report on Chernobyl", referem-se ao evento em um
contexto global.
26. Com relação à mudança climática, veja Forcing Change, Volume 3, Edição 12; Volume 3, Edição 9; Volume 1, Edição 11, em http://www.forcingchange.org.
29. International Institute for Sustainable Development, Youth Sourcebook on Sustainable Development (Winnipeg, MB: IISD, 1994), pág. 63.
30. Robin Mearns, Environmental
Entitlements: Towards Empowerment for Sustainable Development,
Empowerment for Sustainable Development: Toward Operational Strategies (Winnipeg, MB: International Institute for Sustainable Development, 1995), pág. 51.
31. Paul Ehrlich, The Population Bomb (Sierra Club - Ballantine, 1968), pág. 77-78.
32. Paul R. Ehrlich, Eco-Catastrophe! The Environmental Handbook: Prepared for the First National Environmental Teach-In, April 22, 1970 (New York, NY: Ballantine/Friends of the Earth, 1970, editado por Garrett de Bell), págs. 161-176.
33. Paul R. Ehrlich and Anne H. Ehrlich, Population, Resources, Environment: Issues in Human Ecology (San Francisco, CA: W. H. Freeman and Company, 1972), págs. 240-241.
34. Paul R. Ehrlich and Anne H. Ehrlich, The Population Explosion (Londres, Grã-Bretanha: Hutchinson, 1990), págs. 147-148.
38. Nações Unidas, Total Fertility Rate: Demographics, Population Change, metodologia sobre os indicadores demográficos e desenvolvimento sustentável, págs. 101-102.
39. Lee Kuan Yew, "Warning Bell for Developed Countries: Declining Birth Rates", Forbes Asia Magazine, 7 de maio de 2012, edição on-line.
40. Para uma análise dos dados país por país, da população e dos níveis de fertilidade, veja o relatório da ONU, World Population Prospects, The 2010 Revision, Volume II: Demographic Profiles (Nações Unidas, 2011).
43. Phillip Longman usou a frase "tsunami
grisalho" para expressar o grande aumento da população envelhecida;
"Think Again: Global Aging", Foreign Policy, novembro de 2012, edição on-line.
44. Phillip Longman, The Empty Cradle (Basic Books, 2004), pág. 35. NT: O ensaio intitulado "O Berço Vazio" está disponível na área restrita de A Espada do Espírito.
45. Jim Bohlen, Toward a Global Green Constitution,
uma contribuição feita à Conferência Mundial do Meio Ambiente, Energia e
Economia (outubro de 1990, Winnipeg, Manitoba. Veja a pág. 14 do
relatório).
46. Garrett Hardin, The Tragedy of the Commons, conforme reimpresso em The Environmental Handbook (Ballantine/Friends of the Earth, 1970), págs. 46, 49.
47. Uma rápida visita às páginas de Population Matters, revelam esta e outras "soluções" para a população (http://www.populationmatters.org).
50. Mikhail Gorbachev, On My Country and the World (Nova York, NY: Columbia University Press, 2000), pág. 243.
51.The Environmental Handbook: Prepared for the First National Environmental Teach-In, April 22, 1970 (Nova York, NY: Ballantine/Friends of the Earth, 1970, editado por Garrett de Bell), pág. 324.
53. Jim Bohlen, Toward a Global Green Constitution,
uma contribuição feita à Conferência Mundial do Meio Ambiente, Energia e
Economia, Desenvolvimento Sustentável para uma Nova Agenda Mundial
(outubro de 1990, Winnipeg, Manitoba. Veja a pág. 13).
54. Mensagem de correio eletrônico para Marie Rumsby; Subject: People and the Planet - EVIDENCE submission, 24 de agosto de 2010. Carta arquivada.
55. Steven W. Mosher, "Illegal Babies Abducted by Chinese Population Control Officials", Population Research Institute, Weekly Briefing 2011 (v. 13).
56. Idem.
57. Robert Zurbrin, Merchants of Despair: Radical Environmentalists, Criminal Pseudo-Scientists, and the Fatal Cult of Antihumanism (Nova York, NY: Encounter Books, 2012), págs. 181-183.
58. Para informações a respeito da contribuição norte-americana, veja Edwin Black, War Against the Weak: Eugenics and America’s Campaign to Create a Master Race
(Nova York, NY: Four Walls Eight Windows, 2003). Para mais sobre o lado
norte-americano e alemão do movimento eugenista, veja também, Stefan
Kuhl, The Nazi Connection: Eugenics, American Racism, and German National Socialism (Nova York, NY: Oxford University Press, 1994).
59. Robert N. Proctor, Racial Hygiene: Medicine Under the Nazis (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1988).
60. Marc Hillel e Clarissa Henry, Of Pure Blood (Genebra, Suíça: Ferni Publishing House, 1979).
61. David Plotz, The Genius Factory: The Curious History of the Nobel Prize Sperm Bank (Nova York, NY: Random House, 2005).
62. Arthur Bonner, Averting the Apocalypse: Social Movements in India Today (Durham, NC: Duke University Press, 1990), pág. 159.
66. Hillary Rodham Clinton, Comentários feitos
durante a Conferência Rio+20 Sobre Desenvolvimento Sustentável, em 22
de junho de 2012.
67.National Security Study Memorandum 200: Implications of Worldwide Population Growth for U. S. Security and Overseas Interest, 10 de dezembro 1974.
68. USAID, ADS Chapter 101: Agency Programs and Functions, data parcial da revisão: 16/4/2012, seção 101.2a.
69. R. T. Ravenholt, Diretor, Escritório da População, USAID (US Agency for International Development), Memorandum of Information, 14 de outubro de 1977.
70. Betsy Hartmann, "The Return of Population
Control: Incentives, Targets and the Backlash Against Cairo", Different
Takes, No. 79, Spring 2011, pág.1-2.
71. Idem, pág. 160.
72. Syed Intishab Ali, "Get sterilized to get gas connection", The Times of India, 31 de março de 2012, edição on-line.
73. Djananjay Mahapatra, "53 women sterilized in Bihar in 2 hours", The Times of India, 3 de abril de 2012, edição on-line.
74. "The World: The Issue that Inflamed India", Time Magazine, 4 de abril de 1977. Este artigo pode ser encontrado nos arquivos on-line da revista.
75.India and Family Planning: An Overview, documento da Organização Mundial da Saúde, pág. 2.
76. Ehrilic, The Population Bomb, pág. 166.
77. Julian Huxley, UNESCO: Its Purpose and Philosophy (Public Affairs Press, 1947), pág. 45.
78. Bertrand Russell, The Impact of Science on Society (Simon and Schuster, 1953), pág. 103-105.
79. Julian Huxley, New Bottles for New Wine (Nova York, NY: Harper and Brothers, 1957), pág. 199.
82. Al Gore, Earth in the Balance (Nova York, NY: Plume, 1992/93), pág. 317.
83. Gustavo Lopez Ospina, Planetary
Sustainability in the Age of the Information and Knowledge Society: For a
Sustainable World and Future — Working Toward 2015 (UNESCO, 2003), págs. 69, 183.
84. Diane Francis, "The Real Inconvenient Truth", Financial Post, 8 de dezembro de 2009, edição on-line.
Fonte: Forcing Change, Edição 6, Volume 6. A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/fc-6-2014.asp
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