sábado, 7 de fevereiro de 2015

Como a Elite Planeja Alcançar a Imortalidade Digital


CEO feminina mais bem paga dos EUA faz "upload" da personalidade de sua parceira em um robô

A Elite está planejando viver no ciberespaço fazendo o upload de seus cérebros clonados para sistemas de computador que acabarão por assumir a forma de robôs artificialmente inteligentes.

Se você acha que isso soa como ficção científica, então dê uma olhada no trabalho de Martine Rothblatt, a transgênero fundadora da Sirius e CEO do sexo feminino mais bem paga dos EUA.

Ela criou uma cópia rudimentar do cérebro de sua esposa e o carregou em um robô realista.

Rothblatt prevê que dentro de 20 anos as mentes clonadas serão a maior invenção da humanidade.

O conceito de clonagem de cérebros de pessoas mortas e reanimá-los em forma física tem sido o enredo de inúmeros filmes de ficção científica e programas de televisão, particularmente a série de tv Black Mirror de Charlie Brooker, a qual retratou um distópico futuro próximo em que uma mulher de luto ressuscita seu marido morto conversando com uma versão online da sua personalidade.

Na trama, este clone é posteriormente transferido para um robô físico semelhante a seu marido, embora a versão clonada seja desprovida de todos os traços intrinsecamente humanos que ela amou outrora.

O futurista Ray Kurzweil prevê um futuro em que os corpos serão substituídos por máquinas no prazo de 90 anos e as pessoas vão se tornar digitalmente imortais.

Kurzweil estabelece o plano para esta utopia transhumanista em seu livro "The Age of Spiritual Machines", o qual previu com precisão a chegada do iPad, Kindle, iTunes, Youtube e serviços sob demanda, como Netflix com anos de antecedência.

Ao longo do livro, Kurzweil se comunica com um personagem fictício chamado Molly que está vivendo através de todos os diferentes períodos de tempo que Kurzweil antecipa, de 2009 a 2099.

Próximo a 2029 Molly descartou seu marido dedicado mas pateticamente humano e escolheu em vez prosseguir uma relação íntima - incluindo a realidade virtual de fornicação - por seu amante de inteligência artificial George - um programa de computador.

Perto de 2099, Molly submeteu seu próprio cérebro a um programa de computador e fundiu-se com George para criar uma mente colmeia - que agora tem relações sexuais consigo mesmo.

Quando Kurzweil questiona 'Molly' sobre se a nova criação deve ou não verdadeiramente representar a Molly original - cujo corpo humano há muito tempo já pereceu e foi substituído por uma projeção de realidade virtual, a mente de colmeia computadorizada  Molly/George fica na defensiva e jura que ela realmente é a Molly original.

O diálogo termina com Kurzweil, basicamente insinuando que ele também gostaria de ter relações sexuais com a assimilação Molly/George, deixando ao leitor a impressão de que a perseguição obsessiva de singularidade de Kurzweil  não é meramente uma tentativa desesperada de se esconder do medo da morte, mas também um tipo estranho de fetiche sexual.

Segundo Kurzweil, os seres humanos que resistem à pressão de se tornar parte da singularidade transhumanista ou são incapazes de se dar ao luxo de fazer isso, serão banidos da sociedade e tratados como cidadãos de segunda classe.

Se você tivesse a escolha ou pode se dar ao luxo de fazer isso, você carregaria a sua própria consciência a um computador? Você compraria uma versão robô clonada de um parente morto?
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