O protótipo japonês:
A tecnologia permite sentir objetos virtuais com as mãos limpas.
Uma nova tecnologia desenvolvida por cientistas japoneses permite que as pessoas possam sentir com o tato, com as mãos limpas, objetos virtuais por meio de ondas de ultra-som.
Cientistas já haviam criado formas de integrar o sentido do tato a softwares, mas o que foi desenvolvido até hoje vinha exigindo que o usuário usasse luvas ou aparelhos mecânicos que produzem a sensação de toque.
A inovadora tecnologia japonesa, porém, permite que a sensação tátil seja reproduzida sem nada nas mãos.
O protótipo inclui uma câmera que identifica a posição da mão do usuário. A informação é transferida para geradores de ondas ultra-sônicas no aparelho, que emitem as ondas de diferentes maneiras, criando uma "forma" em pleno ar.
O resultado é uma sensação tátil de estar percorrendo a borda ou superfície de um objeto virtual.
Videogames
O sistema foi criado pelo pesquisador Takayuki Iwamoto e seus colegas da Universidade de Tóquio. A equipe está no momento aprimorando a tecnologia para permitir uma sensação tátil mais firme e a reprodução de objetos virtuais com formas mais complexas.
Iwamoto espera poder, no futuro, usar a técnica em programas 3-D e videogames e diz que sua equipe "recebeu várias propostas de empresas" quando o protótipo foi apresentado em uma conferência no mês passado.
O sistema é "o primeiro do tipo", segundo o pesquisador da Universidade de Glasgow Stephen Brewster, especializado em tecnologias táteis como essa.
"Você pode sentir com ambas as mãos, em vez de ter simplesmente um único ponto de contato, e várias pessoas podem usá-lo ao mesmo tempo", diz Brewster.
"É ótimo ter um aparelho que você pode simplesmente usar sem precisar vestir ou segurar qualquer outro dispositivo",
afirmou.
BBC BRASIL.com 02/09/2008
Redação do Site Inovação Tecnológica
04/09/2008
Cientistas espanhóis afirmam estar a caminho da construção de máquinas conscientes
Cientistas da Universidade Carlos III de Madri, na Espanha, propuseram um sistema integrado para testar e reproduzir o fenômeno da consciência em sistemas artificiais.
Batizada de CERA (Conscious and Emotional Reasoning Architecture), a plataforma integra diferentes componentes cognitivos para controlar robôs de forma autônoma. O programa é controlado por parâmetros que regulam diferentes funções cerebrais, como a atenção, a contextualização e os reflexos.
Consciência artificial
Raúl Arrabales Moreno e Araceli Sanchis de Miguel partem do pressuposto de que os atuais avanços das neurociências já são suficientes para permitir a reprodução artificial do funcionamento do cérebro.
Segundo eles, sistemas de imageamento "como a tomografia por emissão de pósitrons (PET) ou a ressonância magnética funcional (fMRI) permitiram começar a compreender como funciona o cérebro humano e a desmistificar o fenômeno da consciência."
Um simpósio recente que reuniu os maiores pesquisadores europeus na área das neurociências concluiu justamente o contrário, mas isso não impediu que os pesquisadores espanhóis começassem a criar os seus primeiros experimentos de "consciência artificial."
Cognição robótica
A arquitetura CERA integra diferentes componentes cognitivos em um sistema para controle de robôs móveis autônomos que, segundo os pesquisadores, foi "projetado para ser um ambiente de investigação no qual podem ser testados diferentes modelos de consciência e de emoções."
Composto por três camadas, o modelo de consciência racional se encontra na mais interna, a camada núcleo. A segunda acrescenta os sistemas cognitivos específicos do problema e a camada física contém a definição dos sistemas sensoriais e motores específicos do robô.
"Ao implementar um modelo de consciência se espera que sua aplicação seja de utilidade em situações reais, com capacidade de processar uma grande variedade de estímulos e de se deparar e responder a situações desconhecidas," diz Arrabales, acrescentando que eles ainda não se sentem capazes de construir um robô com um nível de consciência de um ser humano adulto, embora acreditem ser possível reproduzir mecanismos como o de atenção.
Self robótico
A capacidade de refletir acerca de si mesmo, a autoconsciência, é um dos maiores desafios dos pesquisadores e o mais difícil de simular em máquinas.
"Para que um sistema de memória seja capaz de armazenar uma experiência pessoal é necessário que exista um modelo do 'eu' na mente," diz o pesquisador. Outro ponto problemático é a introdução de fatores psicológicos em sistemas artificiais.
Ao projetar um modelo cognitivo de funcionamento da mente e implementá-lo em um sistema de controle para um robô, "já se estão introduzindo fatores psicológicos, como é o caso dos mecanismos de atenção. Assim poderíamos dizer que um robô se distrai quando seu sistema de atenção não funciona bem," diz Arrabales. O mesmo ocorre no caso das emoções cuja simulação em sistemas artificiais serve para "concentrar a atenção nas tarefas mais gratificantes," conclui ele.
--http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=cientistas-espanhois-afirmam-estar-a-caminho-da-construcao-de-maquinas-conscientes&id=010180080904
Nota: Parece que não há limites para a tecnologia digital, a cada dia novidades cada mais fantásticas são apresentadas ao público, sempre seguidas de promessas de melhoria das condições de vida para a humanidade; mas pouco se fala sobre os perigos que essas tecnologias podem trazer, alguns já presentes, como o vício em videogames e celulares, que já preocupam os profissionais da medicina e os pais.
Quais perigos para a mente e o corpo essas novas tecnologias podem trazer? Só com o tempo poderemos saber.
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