sexta-feira, 26 de março de 2010

Como Orwell advertiu, as crianças agora espionam os adultos.

aquecimento global | Futuro de seus filhosImage by Carlos Eduardo R. via Flickr

Como Orwell advertiu, as crianças agora espionam os adultos.

Por Brendan O'Neill

Brendan O'Neill diz que o New Labour (Partido Trabalhista Inglês) está empregando táticas maoístas para usar o 'poder de chateação' das crianças para reprimir 'eco-crimes' e pretensos comportamentos anti-sociais de seus pais.

Quando eu era uma criança, o 'poder de chateação' significava fazer pirraça em uma loja. Envolvia pouco mais do que implorar a mamãe em uma voz irritante pelo mais novo boneco de ação do He-Man ou por um daqueles incomuns milk-shakes grossos cor de rosa de um lugar chamado McDonalds. Era uma força débil, esse alegado poder de chatear, facilmente vencido por um puxão de orelhas ou por aquela ameaça mais sinistra emitidas pelas mães em apuros: 'Espere até seu pai chegar em casa...'

Como os tempos mudaram. Hoje, o 'poder de chateação' é uma poderosa ferramenta política. O governo do Partido Trabalhista está explicitamente recrutando crianças para sua mudança climática e respectivas agendas - seus programas de policiamento do pensamento de promoção de 'bom comportamento' mesquinhos e conformistas - na esperança de que eles poderiam, 'usar seu poder de chateação de um jeito positivo: lembrando aos adultos como se comportar. ' Depois de cobrir a Inglaterra com câmeras de vigilância, o governo está agora educando um batalhão de Crianças Espiãs, um exército de Veruca Salts (personagem de Charlie e a fábrica de chocolate) eticamente preocupados, para harry e hector os adultos mal comportados do século 21 na Inglaterra.

Mais cedo neste mês o New York Times relatou a emergência em Nova York da 'eco-polícia-dos-baixinhos': 'crianças ambientalmente muito conscientes' que 'desdenham' de seus pais por qualquer coisa, de deixar as luzes acesas a falhar em separar as caixas de ovos de cima das garrafas quando reciclam o lixo semanalmente. Especialistas se referem a eles como um 'exército de eco-crianças' que tem sido 'mergulhado no ambientalismo na escola, em casas de culto, através do escotismo e até através da cultura popular'.

Isso não é curiosidade americana. Aqui (Inglaterra), também, as crianças são ativamente encorajadas, pelas autoridades e pela cultura popular, a monitorar o comportamento ambiental de seus pais. Eco-Escolas, um projeto financiado pelo governo em 5.500 escolas através do Reino Unido, pede aos professores para integrar o ambientalismo no currículo como uma forma de 'outorgar poder as crianças' para policiar seus pais. Andrew Suter, chefe do projeto, diz que isso permite as crianças 'dizer aos seus pais o que fazer para uma mudança'.

Um batalhão de milhares de pestinhas eticamente habilitadas irritando seus familiares sobre quão frequentemente eles usam a máquina de lavar ou que tipo de combustível eles colocam no carro. Alguns pais não estão felizes. Em uma escola em Worcestershire uma mãe se queixou: 'Vocês podem, por favor, dizer a minha filha que nós podemos ter algumas luzes acesas - ela nos deixa sentados no escuro como cogumelos. ' Michael, um pai de dois filhos em North London, conta que sua filha recentemente chegou em casa da escola com uma 'eco-lista' para descobrir quão verde seu lar é. 'Eu costumava ajudá-la com seu dever de casa. Agora o dever de casa dela é sobre me ajudar a ser uma pessoa melhor!' ele explode.

Na politização do 'poder de chateação' está toda a raiva nos círculos de educação de inclinação verde. David Uzzell, um professor de psicologia ambiental na Universidade de Surrey, relata o comparecimento a uma conferência educacional alguns anos atrás onde 'todo mundo estava absolutamente convencido... que o 'poder de chateação' era a resposta [para o problema da mudança climática]'. Um relatório de 2006 do Departamento de Comércio e Indústria disse que a eficiência de energia ambiental deveria ser feita dentro de 'uma parte integral da mentalidade [de um colegial] de forma que ele ou ela possa ajudar a 'moldar as atitudes em uma comunidade maior' e trazer a desejada mudança cultural'.

A inclinação liberal, alguém poderia até dizer Maoísta, para essa campanha para transformar as crianças em eco-policiais é tornada clara no livro Como Tornar Seus Pais Verdes de James Russell, publicado no ano passado. Ele encoraja as crianças a 'incomodar, chatear, aborrecer, atormentar e castigar as pessoas que estão alegremente arruinando nosso mundo' - isso é, os adultos, ou 'os Grandes', que passam seu tempo 'caídos em frente da TV' ou 'babando sobre uma brochura de férias' e que envenenam o mundo com 'o Lixo Nojento, o Diabólico Fertilizante e os Pesticidas Pestilentos'. Russell diz que as crianças deveriam 'canalizar seu poder de chateação', 'reclamar' por cenouras orgânicas, e emitir multas contra seus pais e outros 'transgressores' do código ambientalista. As crianças deveriam ser as 'Guardiãs do Glorioso Futuro Verde', incomodando os 'Grandes' até eles assinarem a 'Gloriosa Carta Verde'.

Intimidar e incomodar os 'transgressores' da eco-ortodoxia...crianças como os arautos do Glorioso Futuro Verde...armando o poder de chateação das crianças para trazer 'a desejada mudança cultural' do governo em eco-atitudes...Eu não posso ser a única pessoa que está impressionada com essa linguagem ameaçadora. Quanto tempo antes das crianças carregarem Pequenos Livros Verdes e delatar seus pais ao Glorioso Conselho Verde se eles reservarem um voo barato ou comerem uma maçã importada do Quênia?

Quando as crianças não estão bisbilhotando por 'crimes do clima' em casa, como James Russell descreve, elas têm sido cooptadas para espionar adultos nas ruas. Em abril do último ano a Força Tarefa de Respect do Governo lançou uma competição nas escolas para descobrir crianças para proporcionar 'a voz' para as primeiras 'câmeras de vigilância falantes': câmeras que não nos observam apenas, mas nos dizem para ficar longe também. Em 20 cidades e bairros, colegiais foram pedidos para desenhar cartazes que reclamam do comportamento anti-social. Os desenhistas vencedores foram convidados para sentarem nas salas de controle das câmeras de vigilância da localidade no dia que as 'câmeras falantes' verdadeiramente Orwellianas foram reveladas, de onde eles admoestavam os cidadãos por jogar lixo, vagabundagem, bebedeira e assim por diante. Respect disse que isso era sobre fazer as crianças 'usarem o poder de chateação delas de um jeito positivo: lembrar aos adultos como se comportar'.

No mês passado o Daily Telegraph relatou que os conselhos locais pelo país estão recrutando pessoas jovens como 'Vigilantes de Rua Júnior' para espionar, e até fotografar e filmar, pessoas que fazem sujeira, jogam detritos na rua ou crimes de lixeira (isto é, por o lixo errado na lixeira errada ou permitir que o lixo espalhe na rua).

Alguns conselhos se referem a esses juniores como 'fontes escondidas da inteligência humana' e até dá a eles nomes código no estilo James Bond. O conselho de Ealing em West London admitiu que 'centenas de observadores de ruas juniores, com 8 a 10 anos de idade, [tinham sido] treinados para identificar e relatar casos de crimes ambientais tais como grafite e jogar lixo em locais proibidos'. O conselho de Harlow em Essex disse que tinha 25 'campeões de incidente de rua', todos com idade entre 11 e 14 anos, que são encorajados a mandar e-mail ou telefonar para o conselho se eles suspeitarem que um 'crime ambiental' - variando de vandalismo de abrigos de ônibus a despejo de detritos em larga escala - estiver sendo cometido.

Isso é a marca de um regime verdadeiramente autoritário, o recrutamento de crianças para incomodar pais fora de sintonia ou espionar cidadãos desobedientes. Um escritor do Guardian celebra o poder de eco-chateação sobre a base de que crianças se constituem 'em candidatos naturais - sem tonalidades de cinza, sem argumentos sutis, apenas cargas de emoção e clareza'. Sim, e é também por causa disso que governos impiedosos, dos Soviéticos ao presidente Mao, cultivaram pequenos policiais mirins zelosos: porque as mentes infantis são facilmente modeladas para aceitar ortodoxias políticas. No livro 1984 de Orwell era 'quase normal para pessoas de mais de 30 anos estarem com medo de suas próprias crianças' porque elas eram 'pequenos selvagens incontroláveis' que espionavam para o Partido. Antes que fiquemos temerosos de nossas crianças também - porque elas patrulham nossas casas, falam conosco de câmeras de vigilância, ou nos delatam para os conselhos - eu sugiro lidar com poder de chateação politizado do mesmo modo que minha mãe lidava com minhas exigências infantis: administrando um puxão de orelhas coletivo nas crianças espiãs.

Fonte: www.spectator.co.uk

Nota: Esse tipo de doutrinação de crianças e adolescentes também está acontecendo no Brasil, talvez os país devessem prestar mais atenção ao que está sendo ensinado nas aulas de ciência e de meio ambiente.

As crianças e os adolescentes, principalmente no Brasil, onde os livros didáticos e os meios de comunicação estão totalmente dominados pela teoria falida do aquecimento global antropogênico, são vítimas fáceis desse engodo da ONU e das ONGs.





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