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Por Katie Drummond, wired.com
O braço de ciência maluca do Pentágono propôs seu projeto mais radical até agora. Darpa (Defense Advanced Research Projects Agency) está procurando reescrever as leis da evolução para benefício dos militares, criando "organismos sintéticos" que podem viver para sempre - ou podem ser aniquilados com o clique de um interruptor molecular.
Como parte de seu orçamento para o próximo ano, Darpa está investindo $6 milhões em um projeto chamado BioDesign, com o objetivo de eliminar "a aleatoriedade do avanço evolucionário natural." O plano reuniria o mais recente conhecimento biotecnológico para chegar a criaturas vivas, respirando, que seriam geneticamente construídas para "produzir o efeito biológico pretendido." Darpa quer que os organismos sejam fortalecidos com moléculas que reforçariam a resistência da célula a morte, de forma que os monstros de laboratório poderiam "no final das contas viver indefinidamente."
É claro, Darpa tem de impedir as super espécies de serem seduzidas para fazer o trabalho do inimigo - assim eles codificarão a lealdade bem dentro do DNA, pelo desenvolvimento de travas geneticamente programadas para criar células "invioláveis". Mais, o organismo sintético será rastreável, usando algum tipo de manipulação de DNA, "semelhante a um número de série em um revólver." E se isso não funcionar, não se preocupe. No caso do plano do Darpa de algum modo dar horrivelmente errado, eles também apostam em um último recurso, um dispositivo de segurança geneticamente codificado:
Desenvolver estratégias para criar uma opção de organismo sintético "autodestrutivo" para ser implementada após uma remoção ilegal do organismo.
O projeto conhecido como Darpa também planeja jogar $20 milhões em um novo programa biológico sintético, e $7,5 milhões em "aumentar em várias décadas a velocidade com a qual sequenciamos, analisamos e editamos funcionalmente genomas celulares."
É claro, Darpa está contra algumas irritantes e fundamentais leis da natureza - para não mencionar bioéticas - enquanto embarcam no programa da besta de laboratório. Primeiro, eles podem querer repensar a ideia da evolução como uma série de eventos aleatórios, diz o professor de biologia da Universidade de Nova York David Fitch. "Evolução por seleção não é um processo aleatório de jeito nenhum, e é realmente um algoritmo de projeto altamente eficiente usado extensivamente em computação e engenharia," ele responde da Danger Room.
Mesmo se Darpa conseguir superar a inteligência inerente dos processos evolucionários, superar a inevitável morte pode ser complicado. Apenas pergunte a todas as outras equipes de pesquisa quem fez tentativas, experimentando de tudo desde inanição celular a tratamentos de hormônio. Terapia genética, onde genes artificiais são inseridos em um organismo para estimular a vida da célula é a mais recente e o melhor em ciência de extensão da vida, mas só foi provada a extensão da expectativa de vida em 20 por cento em ratos.
Mas suponhamos que a terapia de genes faça grandes avanços, e Darpa consiga obter o direito de ciência evolucionária. Eles terão ainda uma grande dificuldade ética para ultrapassar. Os pesquisadores de biologia sintética já estão enfrentando as mesmas questões, como relata o sumário do Projeto de Biologia Sintética:
A preocupação de que os humanos podem estar extrapolando quando criamos organismos que nunca existiram antes pode ser uma preocupação de segurança, mas também retorna para nós desacordos sobre qual é nosso próprio papel no mundo natural (um debate largamente sobre danos não físicos ou danos ao bem estar).
Até mesmo especialistas em genética molecular não sabem o que fazer do projeto. Ou isso, ou eles estão temem que Darpa possa iniciar um ataque de robô biológico sobre eles. "Eu amaria comentar, mas infelizmente Darpa instalou um dispositivo de destruição em mim," um especialista anônimo conta a Danger Room.
Fonte: wired.com
Nota: É muita arrogância e desejo de brincar de Deus.
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