O aparato global de espionagem: Vocês
são todos suspeitos agora. O que você vai fazer a respeito disso?
Por John Pilger
Vocês todos são potenciais
terroristas. Não importa se você vive na Inglaterra, Estados
Unidos, Austrália ou Oriente Médio. A cidadania está efetivamente
abolida. Ligue seu computador e o Centro de Operações do
Departamento Nacional de Segurança Interna pode monitorar se você
está digitando não simplesmente "al-Qaeda", mas
"exercício", "instrução", "onda",
"iniciativa" e "organização": todas palavras
proscritas. O anúncio do governo britânico de que pretende espionar
cada email e chamada telefônica está ultrapassado. O satélite
aspirador de pó conhecido como Echelon tem feito isso por anos. O
que mudou é que um estado de guerra permanente foi lançado pelos
Estados Unidos e o estado policial está consumindo a democracia
ocidental.
O que você vai fazer a respeito disso?
Na Inglaterra, em instruções da CIA,
tribunais secretos vão lidar com "suspeitos de terror". O
Habeas Corpus está morrendo. A Corte Europeia de Direitos Humanos
determinou que cinco homens, incluindo três cidadãos britânicos,
podem ser extraditados para os Estados Unidos, embora ninguém,
exceto um deles, tenha sido acusado por um crime. Todos foram
aprisionados por anos sob o Tratado de Extradição Estados
Unidos/Inglaterra que foi assinado um mês depois da invasão
criminosa do Iraque. A Corte Europeia tinha condenado o Tratado como
suscetível de conduzir a "punição cruel e incomum". Um
dos homens, Babar Ahmad, foi recompensado com 63.000 libras por 73
lesões registradas que ele sofreu sob a custódia da polícia
metropolitana. Abuso sexual, a assinatura do fascismo, estava no topo
da lista. Um outro homem é um esquizofrênico que sofreu um total
colapso mental e está no hospital de segurança de Broadmoor; um
outro é um risco de suicídio. Para a terra dos homens livres eles
vão -- junto com o jovem O'Dwyer, que enfrenta 10 anos com algemas e
um macacão laranja porque supostamente infringiu direitos autorais
americanos na internet.
Como a lei é politizada e
americanizada, esses disfarces não são atípicos. Na sustentação
da acusação de um estudante da Universidade de Londres, Mohammed
Gul, por disseminar 'terrorismo' na internet, os juízes da corte de
apelação de Londres determinaram que "atos...contra as forças
armadas de um Estado em qualquer lugar do mundo que procurassem
influenciar um governo e fossem feitos por propósitos políticos"
agora eram crime. Chamar para o banco dos réus Thomas Paine, Aung
San Suu Kyi, Nelson Mandela.
O que você vai fazer a respeito disso?
O prognóstico é claro agora: A
malignidade que Norman Mailer chamou "pré-fascista" se
espalhou. O procurador geral dos Estados Unidos, Eric Holder, defende
o "direito" de seu governo de assassinar cidadãos
americanos. Israel, o protegido, está permitido a apontar suas
ogivas ao Irã sem ogivas. Nesse mundo de espelhos, a mentira é
panorâmica. O massacre de 17 civis afegãos em 11 de março,
incluindo pelo menos nove crianças e quatro mulheres, é atribuído
a um soldado americano "perigoso". A "autenticidade"
disso é atestada pelo próprio presidente Obama, que tinha "visto
um vídeo" e o considera como "prova conclusiva". Uma
investigação parlamentar independente afegã produz testemunhas que
dão provas detalhadas de pelo menos 20 soldados, ajudados por um
helicóptero, destruindo suas vilas, matando e estuprando: um padrão,
se marginalmente um "ataque noturno" mais mortífero das
forças especiais.
Tire a tecnologia de matar estilo
videogame, a contribuição americana para a modernidade, e o
comportamento é o tradicional. Imersos na justiça dos quadrinhos,
mal ou brutalmente treinados, frequentemente racistas, obesos e
guiados por uma classe de oficiais corruptos, as forças americanas
transferem o homicídio doméstico para lugares distantes cujas lutas
empobrecidas eles não podem compreender. Uma nação fundada no
genocídio das populações nativas nunca abandona o hábito. Vietnam
foi o "território indígena" e suas "brechas" e
"asiáticos" eram para ser "desintegrados".
desintegração de centenas na maior
parte de crianças e mulheres nas aldeias vietnamitas de My Lai em
1968 foi também um incidente "vagabundo" e, grossamente,
uma "tragédia americana" (A matéria de capa da Newsweek).
Somente um dos 26 homens julgados foi condenado e foi libertado pelo
presidente Richard Nixon. My Lai está na província de Quang Ngai
onde, como eu aprendi como repórter, um número estimado de 50.000
pessoas foram mortas pelas tropas americanas, a maior parte no que
eles chamaram de "zonas de fogo livre". Esse era o modelo
da guerra moderna: assassinato industrial.
Como no Iraque e na Líbia, o
Afeganistão é um parque temático para os beneficiários da nova
guerra permanente da América: OTAN, os armamentos e empresas de alta
tecnologia, a mídia e a indústria de "segurança" cuja
contaminação lucrativa é uma doença contagiosa na vida cotidiana.
A conquista ou "pacificação" do território é
importante. O que importa é a pacificação de você, o cultivo de
sua indiferença.
O que você vai fazer a respeito disso?
A descida para o totalitarismo tem
marcos. A qualquer dia agora, a Suprema Corte em Londres decidirá se
o editor da Wikileaks, Julina Assange, vai ser extraditado para a
Suécia. Caso este apelo final falhe, esse facilitador de contar a
verdade em escala épica, que não é acusado de nenhum crime,
enfrenta confinamento na solitária e interrogatório sobre ridículas
alegações sexuais. Graças a um acordo secreto entre Estados Unidos
e Suécia, ele pode ser "emprestado" a um gulag americano a
qualquer momento. Em seu próprio país, a Austrália, a primeiro
ministro Júlia Gillard conspirou com os de Washington que ela chama
seus "verdadeiros colegas" para assegurar que seu inocente
concidadão seja equipado com seu macação laranja em caso de ele
voltar para casa. Em fevereiro, seu governo escreveu uma "Emenda
Wikileaks" para o tratado de extradição entre Austrália e EUA
que torna mais fácil para seus "colegas" por suas mãos
nele. Ela até deu a eles o poder de aprovação sobre a liberdade de
busca de informações, de forma que o mundo exterior possa ser
enganado, como é habitual.
O que você vai fazer a respeito disso?
Fonte: www.globalresearch.ca
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