Ah, quanta
revolta por causa do pum dos dinossauros! O caminho da farsa
coletiva: você acredita no aquecimento global porque as pessoas
acreditam, e as pessoas acreditam porque você acredita
Eu, hein! Mais chato que
petralha, só ecotralha! Se for um ecopetralha, então… Quanta
revolta por causa da crônica
que fiz sobre o pum dos dinossauros! Queriam o quê?
Climatologistas recorrem a seus misteriosos “modelos matemáticos”
para calcular quanto de gás metano os dinossauros teriam soltado
na Terra há alguns milhõezinhos de ano, transformam isso em
toneladas e querem que eu leve a sério?
Olhem aqui: eu não estou
entre aqueles que repudiam coisas complicadas. De jeito nenhum! O
“complicado” costuma ser aquilo que a gente ainda não entende,
certo? Houvesse regras para andar nos labirintos, não haveria…
labirintos. O ponto é outro. Cadê esses tais “modelos
matemáticos”? De que são constituídos? Como se pode anunciar o
fim do mundo num dia e pedir desculpas no seguinte: “Não era bem
isso?”
Ciência? O aquecimento
global antropogênico — ou mudança climática — é uma
hipótese formada a partir de uma das tantas evidências
científicas parciais juntadas numa narrativa criativa. Trata-se de
uma narrativa — hoje, mais literária do que outra coisa — que
tem o mau hábito de desprezar as evidências em contrário.
Criou-se uma doxa. Erigiu-se uma ideológica. Satanizaram-se as
pessoas que pensavam de modo diferente. E pronto!
Recebi, claro, alguns
pontapés: “Ah, você não entende nada de clima!” Pois é! Mas
Richard S. Lindzen, de quem
falei aqui em 2007, sabe
muito a respeito. Naquele post, lembrei que o sempre opiniático
Paul Krugman, tão especialista quanto eu próprio na área, havia
escrito um artigo no New York
Times afirmando que desconfiar do
aquecimento era manifestação de anti-intelectualismo. Assim se
fazem as verdades: demonizando quem dissente.
Republico parte daquele post
e reproduzo trecho de um texto de um blog português. Ficamos
assim: os esquentadinhos do aquecimento que querem bater boca
comigo com ares de especialista podem tentar contestar Lindzen.
Talvez consigam a sua vaga de professor de Meteorologia daquela
escolinha chinfrim chamada Massachusetts Institute of Technology —
trata-se de um “trem” aí (como diriam aquelas vozes da
CPI…) conhecido por “MIT”. O post acabou ficando um tanto
longo, leitor, mas há aí referências para entrar no tema de modo
responsável — em vez de se ocupar do peido dos dinossauros.
Os nervosinhos não gostaram do meu senso de humor? Então vamos
falar a sério.
Aqueles que estiverem severamente interessados em aquecimento global podem clicar aqui e ouvir (é só áudio mesmo) o professor Lindzen responder a cada uma das grandes questões que dizem respeito ao aquecimento global. O propósito de Lindzen, ele deixa claro, não é saber se existe ou não algum aquecimento — já que a Terra vem esquentando e resfriando há milhões de anos —, mas se procede o alarmismo. E ele deixa claro que não! E faz até um gracejo: “Al Gore acredita no aquecimento global porque as pessoas acreditam, e as pessoas acreditam porque Al Gore acredita”. É perfeito!
Aqueles que estiverem severamente interessados em aquecimento global podem clicar aqui e ouvir (é só áudio mesmo) o professor Lindzen responder a cada uma das grandes questões que dizem respeito ao aquecimento global. O propósito de Lindzen, ele deixa claro, não é saber se existe ou não algum aquecimento — já que a Terra vem esquentando e resfriando há milhões de anos —, mas se procede o alarmismo. E ele deixa claro que não! E faz até um gracejo: “Al Gore acredita no aquecimento global porque as pessoas acreditam, e as pessoas acreditam porque Al Gore acredita”. É perfeito!
Se eu entendesse de
meteorologia o que Lindzen entende, estaria dando aula no MIT. Como
não entendo… Assim, não acreditem no que digo e no que dizem
outros abelhudos, pouco importa o lado. Eu costumo tratar apenas da
lógica interna das coisas que leio. Mas considerem a
hipótese de o especialista do MIT saber o que diz mais do que o
jornalismo engajado que cuida do assunto, com suas moças e seus
rapozalas fanáticos. Abaixo, trecho de um post do blog português
Mitos
Climáticos.
Fica clara a importância do dinheiro nessa história toda.
Cientista que nega que o aquecimento tenha sido produzido pelos
homens e que não é alarmista perde verba de pesquisa. Aqueles que
entram no jogo são alçados à condição de estrelas e passam a
ser financiados.
Richard S. Lindzen
é um cientista de elevadíssima craveira intelectual. Professor de
Meteorologia do Massachusetts
Institute of Technology, já
publicou mais de 200 livros e artigos científicos. Foi o leader do
capítulo científico do Terceiro Relatório de Avaliação do
IPCC, de 2001.Este último trabalho trouxe-lhe o amargo de boca de
se ver confrontado com a falta de ética científica dos principais
responsáveis do IPCC, pois estes cientistas-políticos ou
políticos-cientistas, como se queira, publicaram com distorções
e sem conhecimento de Richard o texto do relatório já aprovado
pelos colegas de trabalho. Richard Lindzen como cientista sério e
honesto, que se distingue do núcleo duro que tomou conta do IPCC,
demitiu-se da prestação científica dada ao IPCC. Aliás, até
hoje, não foi o único a tomar esta posição de verticalidade
intelectual. Muitos outros lhe seguiram o exemplo.
Tornou-se histórico o seu
depoimento, no Senado dos Estados Unidos da América, quando o
cabotino Al Gore o interrogou e tentava distorcer as afirmações
de Lindzen retorquindo: “O que V. Exa. quis dizer
foi…”.Sintomaticamente, o The
New York Times publicou, na
primeira página, as distorções e não as afirmações de
Lindzen, que se viu obrigado a redigir um desmentido. Também
sintomaticamente o desmentido de Lindzen foi atirado para o
interior do jornal. Lá como cá, também existem órgãos de
comunicação social enfeudados às teses do alarmismo climático.
A vantagem dos EUA é a existência de um forte culto da liberdade
de expressão, o que acaba por permitir a divulgação de todos os
pontos de vista, circunstância que não se observa em países como
o nosso, por exemplo, em que apenas uns quantos estão autorizados
a ter opinião. A politicamente correcta, obviamente.
Esclarece-se que Richard
Lindzen é um dos 100 signatários da carta aberta ao Secretário
Geral das Nações Unidas, de 13 de Dezembro de 2007, por ocasião
da Conferência de Bali, cujo tema era “A Conferência das Nações
Unidas sobre o Clima está a levar o mundo numa direcção
completamente errada”. A tradução desta carta foi publicada em
Anexo ao Prefácio do livro de Marlo Lewis Jr. “A
Ficção Científica de Al Gore“.
No mesmo livro, Lewis refere ainda Lindzen como autor do artigo
“Climate of Fear: Global warming
alarmists intimidate dissenting scientists into silence“,
publicado no Wall
Street Journal, em 12 de
Abril de 2006. A participação de Richard Lindzen na Segunda
Conferência Internacional sobre Alterações Climáticas,
veio demonstrar, se dúvidas houvesse, o alto nível desta
iniciativa do The Heartland
Institute.
Na sua importante
comunicação, de 8 de Março de 2009, Richard Lindzen declara que
o alarmismo climático foi desde sempre um movimento político
contra o qual tem sido necessário travar uma difícil batalha.
E,
uma vez que se dirige a uma plateia de cépticos, começa por dizer
que os opositores ao alarmismo climático devem ter em conta
algumas verdades simples. Em primeiro lugar, Lindzen adverte que
nem uma atitude céptica faz um bom cientista, nem uma atitude
concordante faz um mau cientista. Conhecendo-se o discurso da parte
contrária, pode dizer-se que a honestidade de Lindzen não
encontra paralelo em nenhum dos adeptos do global
warming.
Lindzen diz ainda que muitos
dos cientistas que ele respeita fazem parte do campo alarmista, mas
salienta que a actividade científica que lhe inspira esse respeito
não é a ligada ao global
warming. E admite que o facto de
esses cientistas abraçarem as teses do global
warming apenas lhes torna a vida
mais fácil. A este propósito, Lindzen deu o exemplo de Kerry
Emanuel, seu colega no MIT, que apenas se tornou conhecido quando
afirmou que os ciclones tropicais poderiam tornar-se mais intensos
com o aquecimento global. Depois disso, passou a ser inundado com
distinções profissionais.
Curiosamente, Kerry Emanuel
é referido por Marlo Lewis Jr. no Capítulo 6 do livro “A Ficção
Científica de Al Gore”, uma vez que Gore, em “Uma Verdade
Inconveniente”, e sob pretexto do furacão Katrina, recorre a
Kerry Emanuel para reclamar a “emergência de um forte consenso”
acerca da ideia de que o aquecimento global está a aumentar a
duração e intensidade dos furacões. Para azar de Gore, o próprio
Emanuel alertou contra as tentativas de associar o Katrina, ou
outras tempestades recentes no Atlântico, ao aquecimento global.
Depois, Lindzen chamou a
atenção para o caso de Carl Wunsch, outro colega do MIT,
especialista em oceanografia, o qual, apesar de virtualmente ter
questionado todas as afirmações alarmistas respeitantes ao nível
dos oceanos, à temperatura da água do mar e à modelação
oceânica, evita a todo o custo ser associado aos críticos do
global warming.
Mas, para Lindzen, o caso mais curioso é o de Wally Broecker, cujo
trabalho mostrou claramente que ocorrem mudanças súbitas do clima
sem influência antropogénica, mas que também abraça
vigorosamente as teses do alarmismo, daí retirando um elevado
reconhecimento.
Lindzen reconhece que existe
um grande número de cientistas que a propósito das alterações
climáticas emitem declarações ambíguas, ou sem um significado
claro, as quais podem ser distorcidas e aproveitadas pelos
alarmistas, mas como a propaganda alarmista pode convencer os
políticos a aumentar os fundos de financiamento, não existe
incentivo para protestar contra essas distorções. Lindzen
prossegue com a denúncia do comportamento de algumas instituições
académicas e reprova as ligações perversas entre cientistas e
responsáveis políticos, chamando a atenção para os perigos de
uma corrupção da Ciência induzida pela conquista de
financiamentos.
Enfim, poderíamos continuar
a referir passagens desta importante comunicação de Richard
Lindzen, mas o texto já está disponível online
e vale a pena ler na íntegra.
Fonte:www.reinaldoazevedo.blogspot.com
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