Rio+20: o gênero humano: um inimigo da sustentabilidade a ser dizimado?
Cena da “Campanha global 10:10” contra o CO2 |
O objetivo é proceder a uma redução acentuada dos seres humanos sobre a Terra.
Não é a primeira vez que esse objetivo pasmoso é enunciado publicamente. O perigo está em que ele possa passar em meio à confusão em que se desenvolve a reunião mundial sobre o “desenvolvimento sustentável”.
De fato, a militância ecologista prega há tempos que a humanidade atingiu um número “insustentável”.
Com argumentos especiosos expostos com graus de radicalidade diversa, ela trabalha para que a Rio+20 adote em sua declaração final uma política decidida para reduzir o gênero humano.
É o que temem numerosas organizações pela vida no mundo inteiro. Elas apalpam a ameaça rastejando entre as sinuosidades das discussões sobre o documento final do evento.
O tema é explosivo e os representantes governamentais evitam falar de público.
“Não há como o planeta sustentar nove bilhões de pessoas com renda de US$ 20 mil cada”, declarou recentemente o ex-ministro, embaixador e deputado Antonio Delfim Neto. (“O Globo”, 11.5.2012)
“Um câncer é uma multiplicação descontrolada de células; a explosão populacional é uma multiplicação descontrolada de pessoas ... Nossos esforços devem passar do tratamento dos sintomas para a extirpação do câncer… Nós devemos ter um controle populacional … compulsivo se os métodos voluntários fracassam”, escreveu há já tempo Paul Ehrlich no livro “The Population Bomb” (Ballantine Books, 1968) considerado uma das “Bíblias” do ambientalismo.
“Eu não vejo outra solução para evitar a ruína da Terra salvo uma drástica redução da população humana”, acrescentou David Foreman, porta-voz da ONG 'Earth First!', citado por Gregg Easterbrook em “The New Republic”, 30-4-1990.
E o estarrecedor objetivo foi mais recentemente confessado por David Attenborough, diretor da Ong 'The Optimum Population Trust':
“Eu já vi a vida selvagem ameaçada pela crescente pressão humana em todo o mundo, e não é por causa da economia ou da tecnologia. É que por trás de cada ameaça está a estarrecedora explosão dos números da população humana. Qualquer ambientalista sério sabe perfeitamente bem que o crescimento da população é o cerne de todos os problemas ambientais”. (The Telegraph, 14.4.2009).
John Holdren, assessor para Ciência do presidente Obama não ficou na teoria e propôs um método de ação para reduzir compulsoriamente a humanidade:
“um envolvente Regime Planetário controlaria o desenvolvimento, administração, conservação e distribuição de todos os recursos naturais, renováveis e não-renováveis. Ele teria o poder de controlar a poluição não só da atmosfera e dos oceanos, mas também da água doce de rios e lagos. Regularia todo o comércio incluindo todos os alimentos. Ele determinaria a população ótima para o mundo. Ele deveria ter poder para impor limites populacionais aos países. E se Vs. querem saber quem faria o aborto e a esterilização de massa forçados, eu respondo: ‘pois o Regime Planetário com certeza!’”.
E Ted Turner, o magnata da mídia fundador da CNN, avançou números: “o ideal seria que a população mundial fosse de 250-300 milhões de pessoas, quer dizer uma diminuição de 95% dos níveis atuais.”
Estas propostas que soam como altamente criminosas não passariam de frases de extravagantes membros do “jet-set” ou da política se não tivessem encontrado eco nas mais altas esferas das Nações Unidas, sob cuja égide acontece Rio+20.
Ex-frei Leonardo Boff, "teólogo" do ambientalismo anti-humano |
O ex-frei apelou para uma muito contestável e cerebrina suposição – The Earth Overshoot Day, ou Dia da Ultrapassagem da Terra – segundo a qual em 23.9.2008 a Terra ultrapassou em 30% sua capacidade de reposição dos recursos que necessitamos para viver. Direto: não sustenta mais a humanidade.
Desde então, segundo o teólogo da libertação, a situação só piora. “Já encostamos nos limites físicos da Terra. Um planeta finito não pode suportar um projeto infinito”. Obviamente, nem explicou como faz para se sustentar, se é incapaz de fazê-lo.
O “teólogo” excogitou um sofisma panteísta para dizer o que não é dizível sem apelar para Hitler, Stalin ou Mao: a Terra é um só ser vivo, independente do número dos homens.
“Ela mesma é viva – pregou –, um superorganismo que se autoregula para manter um equilíbrio favorável à existência e à persistência da vida. (...) aduzamos um exemplo do conhecido biólogo Edward Wilson: “num só grama de solo, ou seja em menos de um punhado de terra, vivem cerca de 10 bilhões de bactérias, pertencentes a seis mil espécies diferentes” (A criação, 2008, 26).
Delírios extremistas entram na grande mídia |
Os bilhões podem desaparecer ou aparecer, a vida perdura. “O ser humano representa aquela porção da própria Terra que, num momento avançado de sua evolução e de sua complexidade, começou a sentir, a pensar e a amar. (...) o ser humano é a Terra...”
Os indivíduos que sentido fazem nessa visão ecolo-panteísta? São mero número que pode aumentar ou diminuir segundo cálculos estatísticos do governo universal “verde”.
Pasma, entretanto que os mesmos slogans anti-humanos tenham sido assumidos pela revista “Veja” no artigo “Gente um tabu a ser enfrentado” no número especial sobre “As reais questões ambientais que afetam as pessoas aqui e agora foram esquecidas” (20.6.2012).
Quando afirmações dessa ferocidade saem das câmaras obscuras da utopia e aparecem à luz do dia, é sinal que a hora do investida final chegou.
No blog de Jeanne Smiths encontramos a fórmula com que se tenciona efetivar esse viés anti-humano ou anti-humanidade na Rio+20. Essa análise, não é só de Jeanne Smiths mas de muitos outros grupos que vêm lutando pela vida no mundo todo.
Cena da “Campanha global 10:10” contra o CO2 |
“Fornecer o acesso à saúde reprodutiva integral e programas de planificação familiar para todos. Esta questão exige verbas suplementares substanciais e uma atenção política por porte dos governos e dos doadores internacionais”.
A campanha para reduzir a humanidade será acrescida por uma “nova economia verde” mal explicada que visa reduzir também os “estilos de consumo nefastos”.
“Durante tempo demais a população e o consumo ficaram afastados do debate por causa de seu aspecto sensível do ponto de vista político e ético. Mas, são questões que mexem com os países desenvolvidos e os países em via de desenvolvimento e nós temos que assumir a responsabilidade conjunta”.
“É preciso puxar as alavancas que determinam o tamanho das famílias. Não dá para salvar o ambiente sem uma política de programas de saúde reprodutiva”, comentou Lori Hunter, demógrafa que está agindo na Rio+20.
“O ser humano, eis o inimigo!”, concluiu Jeanne Smiths entre espantada e horrorizada. Não e para menos.
Fonte: Verde: a cor nova do comunismo
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