Enquanto o comportamento sexual pervertido era
incentivado, a reprodução humana normal era considerada imoral e os
embriões eram produzidos por fertilização artificial em usinas; um
mecanismo de gestação referido como uma "garrafa" substituía o útero
materno." [6].
Em Admirável Mundo Novo Revisitado [7], Huxley
expandiu seus prognósticos anteriores de uma sociedade futura
ditatorial em que a elite governante empregava técnicas eficazes de
lavagem cerebral — "ortodoxias introduzidas na mente por cursos noturnos
de ensino durante o sono" [8] — para subjugar as inclinações rebeldes
dos seus súditos.
Para se submeterem voluntariamente aos limites
impostos por uma sociedade completamente organizada, as infelizes
vítimas de um "sistema de castas científico" passavam por um
"condicionamento metódico". [9]. Esses procedimentos de subjugação
mental eram suplementados por "doses regulares de felicidade
quimicamente induzida". [9]. A necessidade de usar a violência seria
então um aspecto reprovável das tiranias do passado":
"Sob severa pressão da superpopulação e de uma
super-organização cada vez maior, e usando métodos cada vez mais
eficazes de manipulação da mente, as democracias mudarão de natureza;
formas antigas e antiquadas — eleições, parlamentos, Supremas Cortes, e
tudo o mais — permanecerão. A substância subjacente será um novo tipo de
totalitarismo não violento. Todos os nomes tradicionais, todos os lemas
sagrados permanecerão exatamente como eram nos velhos e bons tempos.
Democracia e liberdade serão os temas de todas as transmissões pelo
rádio e dos editoriais dos jornais — mas a democracia e a liberdade em
um sentido estritamente acaciano. Enquanto isto, a oligarquia governante
e sua elite altamente treinada de soldados, policiais, criadores de
ideias e manipuladores da mente rapidamente controlarão o espetáculo da
forma como acharem apropriado." [10].
Em 1961, o Centro Médico San Francisco, da
Universidade da Califórnia, patrocinou uma conferência para discutir os
efeitos sociais da tecnologia. Sem querer deixar passar uma
oportunidade para apontar para sua visão prevista de uma "ditadura
científica do futuro" [11], Aldous Huxley, um dos conferencistas
convidados, disse o seguinte:
"Haverá na próxima geração, ou talvez um pouco mais
tarde, um método farmacológico de fazer as pessoas amarem sua servidão e
produzir ditaduras sem lágrimas, por assim dizer. Produzir um tipo de
campo de concentração indolor para sociedades inteiras, para que as
pessoas na verdade tenham suas liberdades suprimidas, mas gostem, porque
elas serão distraídas de qualquer desejo de se rebelar — pela
propaganda, ou pela lavagem cerebral, ou pela lavagem cerebral aumentada
por métodos farmacológicos. Esta parece ser a revolução final." [12].
O Êxtase Químico
Em seu livro The Doors of Perception (As
Portas da Percepção) [13], Huxley publicou as elucidações detalhadas de
suas experiências místicas após o psiquiatra britânico Humphrey Osmond
[14] ter apresentado a droga alucinógena mescalina a ele um ano antes
(essa droga é derivada de um cacto chamado peiote, originário do
México). [15]:
"O homem que retorna pela Porta na Muralha nunca será
exatamente o mesmo que era. Ele será mais sábio, porém menos arrogante,
mais feliz, porém menos satisfeito consigo mesmo, mais humilde em
reconhecer sua ignorância, porém melhor equipado para compreender o
relacionamento das palavras com as coisas, do raciocínio sistemático com
o Mistério imensurável que ele tenta, sempre de forma vã, compreender."
[16].
Huxley explicitamente referenciou a frase "Portas na
Muralha", de H. G. Wells, que tinha originalmente descrito o consumo de
drogas nos rituais dos cultos de morte. Ambos os autores sabiam que o
uso de substâncias alucinógenas sempre tinha sido parte essencial dos
ritos iniciáticos das antigas religiões de mistério.
Os sacerdotes no culto à deusa Ísis eram
especialmente conhecedores do uso de drogas para induzir nos iniciados
experiências de euforia e transcendentais. Praticamente uma década
antes, em 1946, a antologia anotada de Huxley dos escritos místicos
tinha aparecido sob o título de The Perennial Philosophy (A
Filosofia Perene), indicando seu conhecimento profundo das tradições
místicas das espiritualidades orientais, antigas e medievais. [17].
O capitão Alfred M. Hubbard (veja a seção "O
Capitão") e Gerald Heard estavam presentes quando Huxley tomou outra
dose de mescalina em 1955. Naquele tempo, ele estava escrevendo a
continuação de The Doors of Perception (As Portas da Percepção), que mais tarde chamou de Heaven and Hell (O Céu e o Inferno). [18].
Em uma carta para o Dr. Osmond, ele escreveu:
"Seu simpático capitão tentou uma nova experiência — a
mescalinização em grupo... Como eu estava em um grupo, a experiência
teve um conteúdo humano, que a experiência anterior, solitária, com sua
qualidade Outro Mundo e sua intensificação da experiência estética, não
possuiu... Foi um experiência transcendental dentro deste mundo e com
referências humanas." [19].
Pouco tempo depois, Hubbard convenceu Huxley a experimentar o LSD. Em Acid Dreams (Sonhos Ácidos), Lee e Shain afirmam:
"Huxley e Hubbard compartilhavam um gosto singular
pelos aspectos revelatórios das drogas alucinógenas. Foi Hubbard quem
originalmente sugeriu que uma experiência mística induzida pelo LSD
pudesse conter um potencial terapêutico ainda não explorado." [20].
Huxley abrigava em seu coração uma aversão
profundamente enraizada contra o cristianismo. Em uma conversa com
Timothy Leary, o ex-professor de Psicologia na Universidade de Harvard
que estava na linha de frente da contracultura dos hippies,
Huxley parecia confiante que sua defesa das drogas psicodélicas
superaria qualquer resistência às suas ideias e a uma engenharia social
em larga escala:
"Estas drogas cerebrais, produzidas em larga escala
nos laboratórios, produzirão vastas mudanças na sociedade. Isto
acontecerá com ou sem nós dois. Tudo o que podemos fazer é espalhar a
notícia. O obstáculo para esta evolução, Timothy, é a Bíblia." [21].
Concordando plenamente com a opinião de seu mentor, Timothy Leary em seu relato autobiográfico Flashbacks
(Imagens Recorrentes) sobre o Projeto das Drogas Psicodélicas na
Universidade de Harvard, acrescentou os seguintes comentários:
"Estávamos unidos contra o comprometimento
judaico-cristão a um Deus, a uma religião e a uma realidade, que
amaldiçoou a Europa durante séculos e os EUA desde os dias de fundação
da nação. As drogas que abrem a mente para múltiplas realidades
inevitavelmente levam a uma visão politeísta do universo. Sentimos que
tinha chegado o tempo para uma nova religião humanista baseada na
inteligência, no pluralismo amigável e no paganismo científico." [22].
O Capitão
O seguinte é um excerto de Acid Dreams (1985), de Martin A. Lee e Bruce Shlain, págs. 44-45:
Um espião profissional, ele viveu uma vida de
intrigas e aventuras... Suas conexões prestigiosas no governo e nas
empresas pareciam como uma lista Quem É Quem na elite do poder na
América do Norte. Seu nome era Alfred M. Hubbard. Seus amigos o chamavam
de "Cappy" e ele era também conhecido como "pioneiro e divulgador do
LSD".
Hubbard é amplamente reconhecido como sendo a
primeira pessoa a enfatizar o potencial do LSD como uma droga visionária
ou transcendental. Sua fé na revelação do LSD era tanta que ele fez a
missão de sua vida despertar o maior número de homens e mulheres. Ele
dizia: "— A maioria das pessoas está caminhando em seu sono. Vire-as
para o outro lado, faça-as caminhar na direção oposta e elas não saberão
a diferença. Mas, há um modo rápido de corrigir isto: dar-lhes uma boa
dose de LSD e permitir que vejam por si mesmas para que elas servem."
Ele realmente não era um espião comum. Como um
oficial de alto nível da OSS (a agência americana de Inteligência
precursora da CIA), o capitão dirigiu uma operação secreta extremamente
dissimulada que envolvia o contrabando de armas e materiais bélicos para
a Grã-Bretanha antes do ataque a Pearl Harbor. Em plena escuridão, ele
viajava em navios com as luzes apagadas até o litoral de Vancouver,
onde as embarcações eram remodeladas e usadas como destroyéres pela
Marinha Britânica. Ele também pilotava aviões até a fronteira,
desmontava as peças e as enviava do Canadá para a Inglaterra. Essas
atividades começaram com a calada aprovação do presidente Roosevelt
aproximadamente um ano e meio antes de os EUA ingressarem oficialmente
na guerra.
Para contornar o obstáculo da neutralidade, Hubbard tornou-se um cidadão canadense em um procedimento irregular (não-oficial).
Enquanto estava baseado em Vancouver (onde mais tarde
se estabeleceu), ele pessoalmente entregou vários milhões de dólares
filtrados pela OSS por meio do consulado americano para financiar uma
infinidade de operações secretas na Europa. Tudo isto, é claro, era
totalmente ilegal e o presidente Truman posteriormente concedeu um
perdão especial com efusivos elogios ao capitão e aos seus homens.
Não muito tempo depois de receber a condecoração do
presidente, Hubbard foi apresentado ao LSD pelo Dr. Ronald Sandison, da
Grã-Bretanha. Durante sua primeira "viagem" no ácido, em 1951, ele
afirmou ter testemunhado sua própria concepção:
"Foi a coisa mística mais profunda que já vi", o
capitão relatou. "Eu me vi como um minúsculo ácaro em um grande pântano,
com uma centelha de inteligência. Vi minha mãe e meu pai tendo
intercurso sexual. Tudo era claro."
[...]
Ele contactou o Dr. Humphry Osmond, um jovens
psiquiatra britânico que estava trabalhando com LSD e mescalina no
Hospital Weyburn, em Saskatchewan, no Canadá.
[...]
A pesquisa do Dr. Osmond atraiu ampla atenção nos
círculos científicos. A CIA, sempre interessada em saber os fatos mais
recentes o mais cedo possível, rapidamente enviou informantes para
descobrir o que estava acontecendo no Hospital Weyburn. Sem que Osmond e
seus subordinados soubessem, durante toda a década seguinte eles foram
contactados em diversas ocasiões por pessoal da agência. De fato, era
impossível para um pesquisador do LSD não dar esbarrões no pessoal da
espionagem, pois a CIA estava monitorando todo o cenário.
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Drogas Psicodélicas nas Pradarias
O Hospital Psiquiátrico de Weyburn, aberto em 1921,
estava localizado nas proximidades da cidade de Weyburn, nas pradarias
da província canadense de Saskatchewan. Com sua segunda ala, o hospital
tinha espaço para 3.000 pacientes e funcionários e era o maior edifício
na província naquele tempo (cerca de 150.000 metros quadrados). Essa
instalação gigantesca tinha seu próprio gerador de energia elétrica, uma
marcenaria e uma sapataria, teatro com cenários, salas para recreação e
diversas outras operações de apoio. Ele era quase uma pequena cidade,
equipado com túneis para a conexão de um prédio a outro. Ele era tanto
um hospital quanto um centro de pesquisa e de experiências, um local em
que os pacientes podiam encontrar uma variedade de terapias — desde
trabalhos artísticos e teares manuais até hidroterapia, lobotomias,
terapia com eletrochoque e diversas substâncias químicas experimentais.
Aqui, o Dr. Humphry Osmond realizava sua pesquisa com
o LSD e a mescalina nos pacientes mentais, criando o termo
"psicodélica" no processo. Como um comentarista explicou: "A era
psicodélica não teve início em Nova York, em Londres ou em Paris. Em
vez disso, teve início em Saskatchewan — em Weyburn, para ser exato."
(http://www.hempology.ca).
Ao longo dos anos, passei por Weyburn em algumas
viagens e dirigi pela estrada que leva até o hospital psiquiátrico.
Embora ele esteja fechado desde 1971, apenas dar a volta em torno do
edifício foi o suficiente para me deixar com um pressentimento que
muitos segredos ficaram naquele lugar... Se apenas aqueles muros
pudessem falar... Um ano antes de o edifício ser demolido em 2009, em
uma espécie de queima de arquivo, conversei com um residente de Weyburn
que não via a hora da demolição chegar: "Existem muitos fantasmas ali."
Um poema rabiscado em uma das paredes — conforme registrado por uma foto tirada no interior do edifício:
O relógio parou, as lâmpadas se apagaram.
Todas as pessoas foram embora. Os saguões estão
agora vazios das pessoas que os chamavam de lar.
A Escada Dourada desapareceu,
A massa corrida das paredes rachou,
As cortinas estão manchadas e rasgadas.
As oficinas estão fechadas,
Os jardins estão sem flores, os túneis escuros,
As caldeiras desligadas, e ninguém quer saber.
Não existem mais os choros e os gritos do silêncio
ecoando na noite. Não existem mais os enfermeiros
para ajudarem os doentes a fazerem as coisas certas.
Silêncio nos quartos, sussurros fantasmagóricos nos corredores.
As histórias e casos que eles poderiam contar
Estão agora incorporados nas paredes.
O relógio está parado... As lâmpadas estão apagadas.
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O Potencial Humano
Em 1960 Huxley recebeu o diagnóstico de um câncer;
sua constituição frágil, já arruinada pelo seu hábito de consumir
drogas, começou a deteriorar visivelmente nos anos seguintes. Sem se
deixar deter, o literato britânico aceitou no mesmo ano em que adoeceu
um convite do Centro Médico San Francisco, da Universidade da
Califórnia, para fazer uma palestra sobre as "Potencialidades Humanas".
"Embora sejamos muito parecidos como éramos vinte mil
anos atrás", disse Huxley, "ao longo desses anos realizamos um número
imenso de coisas que naquele tempo e que por muitos e muitos séculos
dali para a frente eram totalmente potenciais e latentes no homem."
Seguindo estes comentários, ele apresentou a teoria
que o ser humano possui dentro de si mesmo outras capacidades ainda não
exploradas e que precisam ser descobertas e realizadas utilizando-se
técnicas e substâncias químicas apropriadas.
"Os neurologistas já mostraram que o ser humano não
faz uso nem de 10% dos neurônios de seu cérebro. Se seguirmos no caminho
certo, talvez consigamos produzir coisas extraordinárias com esta
estranha criatura que é o homem." [23].
Logo em seguida, Aldous Huxley começou a trabalhar em sua obra final, o romance utópico A Ilha, e a proferir regularmente palestras sobre "Potencialidades Humanas" no Instituto Esalen.
O Instituto Esalen
Assistindo à palestra "Potencialidades Humanas" no
Centro Médico San Francisco, Richard Price ficou fascinado com o apelo
de Huxley para explorar os poderes ocultos da psiquê humana. Em uma
carta para Huxley, o amigo de Price, Michael Murphy, quis saber como
alcançar os poderes ocultos da mente. Em sua resposta, Huxley destacou a
complementariedade da ciência e do misticismo e indicou os escritos dos
místicos antigos e dos swamis orientais como fontes de sua própria inspiração.
Como autor de vários livros — incluindo Creative Work: The Constructive Role of Business in a Transforming Society (com John Hormann), An Incomplete Guide to the Future, e Global Mind Change e co-editor do The New Business of Business: Sharing Responsibility for a Positive Global Future
(com Maya Porter) – a influência de Harman como um importante agente de
transformação em sua época na ciência, na tecnologia, na educação [52] e
nos negócios [53] foi sentida em todo o mundo.
As ideias centrais do apelo urgente de Harman para a
adoção de uma perspectiva holística para a vida podem ser encontradas em
seu ensaio "Produzindo a Transição para a Paz Sustentável":
"Esta cosmovisão transmoderna emergente envolve a
substituição do centro da autoridade do externo para o 'conhecimento
interior'. Basicamente, ela se afasta da antiga visão científica que a
realidade final são 'partículas fundamentais', e
confia nas percepções de unicidade e no aspecto espiritual dos
organismos, dos ecossistemas, Gaia e Cosmos. Isto implica uma realidade
espiritual e a confiança final na autoridade do todo. Ela equivale a uma
reconciliação da busca científica com a 'sabedoria perene' que está no
centro das tradições espirituais do mundo. Ela continua a envolver uma
confiança na busca científica, mas uma busca cuja base metafísica mudou
do reducionista, objetivista e positivista da ciência dos séculos 19 e
20 para um fundamento metafísico mais holístico e transcendental."
"... o centro do desafio atual para a cosmovisão
científica pode ser tomado como 'consciência', que se tornou uma
palavra-código para uma ampla variedade de experiências humanas,
incluindo a conscientização consciente, ou subjetividade,
intencionalidade, atenção seletiva, intuição, criatividade,
relacionamento da mente com a cura, sensibilidade espiritual e uma
variedade de experiências e fenômenos anômalos."
"... A epistemologia procurará reconhecer a natureza
parcial de todos os conceitos científicos da causalidade... Em certo
sentido final, a realidade não é causalidade — somente o Todo em
evolução." [54].
A Espaçonave Terra
Em 1972, o Centro para Pesquisa Educacional e
Inovação (CERI, de Center for Educational Research and Innovation) [55],
uma organização intergovernamental conectada com a ONU, publicou Alternative Educational Futures in the United States and in Europe
(Futuros Educacionais Alternativos nos Estados Unidos e na Europa).
[56]. A Fundação Ford e o grupo empresarial Royal Dutch Shell
financiaram o estudo. Neste livro, Willis W. Harman declarou que os
educadores tinham uma responsabilidade de presidir a transformação
global:
"... a substituição de uma visão paroquial para a de
'um mundo' da 'Espaçonave Terra'... Mudança emergente, não a homeostase,
é a ordem do dia... É aparente que 'novos' valores estão atualmente
desafiando os valores tradicionais." [57].
Harman foi admiravelmente bem-sucedido em produzir
essa drástica "substituição". Em seu cargo de consultor da Equipe de
Pesquisa de Objetivos Nacionais da Casa Branca, ele:
"... formou e chefiou uma equipe para auxiliar o
Escritório de Educação dos EUA nos esforços para aplicar a novíssima
disciplina da pesquisa do futuro para guiar as políticas do país em
educação e pesquisa educacional." [58].
Harman foi um participante proeminente nos Fóruns
Estado do Mundo, de Mikhail Gorbachev. Em uma entrevista à emissora
pública de televisão PBS, em abril de 2001, o ex-presidente do Politburo
da União Soviética revelou que sua visão da
Perestroika foi inspirada pelo conceito da "Espaçonave Terra". [59].
Em 1992, o Instituto Esalen patrocinou um ciclo de
palestras de Mikhail Gorbachev em diversas cidades dos Estados Unidos.
Em 6 de maio de 1992, Gorbachev fez um discurso em Fulton, Missouri,
onde Winston Churchill tinha identificado a barreira ideológica e
política que separava as nações capitalistas e comunistas como sendo uma
"Cortina de Ferro". Falando para mais de 20 mil pessoas reunidas no
campus do Westminster College, e milhares mais que acompanhavam o
discurso ao vivo em 132 países, o ex-presidente soviético fechou a
cortina sobre a Guerra Fria com seu discurso intitulado "O Rio do Tempo e
o Imperativo da Ação". [60].
Naquele sítio histórico, Gorbachev observou que:
"... uma conscientização da necessidade de algum tipo
de governo global está ganhando terreno, um governo em que todos os
membros da comunidade internacional tomarão parte." [61].
Após apontar o grave problema do "nacionalismo
exagerado, que sempre causou muitos banhos de sangue", ele apresentou a
solução de um "sistema de segurança internacional e global". [62].
Todavia, o pior dos perigos que todo ser humano enfrenta é a acelerada
destruição do meio ambiente. Gorbachev se referiu especificamente às
seguintes crises ecológicas:
"Mudanças climáticas globais, o efeito estufa, o
buraco na camada de ozônio, a chuva ácida, a contaminação da atmosfera,
do solo e da água pelo lixo industrial e doméstico, a destruição das
florestas." [63].
Gorbachev concluiu seu discurso com um apelo para imbuir a ONU com uma autoridade indisputável:
"Entretanto, acredito que a nova ordem internacional
não será plenamente realizada sem que as Nações Unidas e seu Conselho de
Segurança criem estruturas, levando em consideração as estruturas da
ONU e as regionais existentes, que estão autorizadas a impor sanções e
fazer uso de outras medidas de coerção, especialmente quando os direitos
dos grupos minoritários estiverem sendo particularmente violados."
[64].
No Fórum Estado do Mundo, realizado em San Francisco
em setembro de 1995, organizado pela Fundação Gorbachev, o ex-líder
soviético propôs a criação de um "comitê de cérebros globais"
consistindo de grandes pensadores "que sejam amplamente respeitados, bem
como cidadãos globais". Eles devem ser encarregados de monitorar a
"transformação social" e "focar no presente e no futuro da civilização".
[65]. Essas propostas eram idênticas com as do Instituto Esalen, que
sugeriu por algum tempo a criação de um Conselho dos Sábios. Para
realizar essa tarefa imensamente importante, os futuros líderes mundiais
precisarão se conectar ao reservatório cósmico de uma inteligência
superior.
Tudo Precisa se Integrar: Brian McLaren, a Igreja Emergente e a Influência do Instituto Esalen
Autor: Carl Teichrib
Alguma coisa simplesmente parece não estar correta...
Brian McLaren é, inquestionavelmente, o pai do
movimento moderno chamado de Igreja Emergente e, embora eu não acredite
que ele esteja diretamente conectado com o Instituto Esalen (espero não
estar enganado), existe uma inegável influência.
Primeiro, Ken Wilber foi claramente vinculado com a
ideia da emergência no artigo "Favorite Books from 2003", do blog de
McLaren; "o modo de pensar que Wilber promove e exemplifica, aquilo que
ele chama de pensamento 'integral' e que eu chamo de pensamento
'emergente', é poderoso e importante." Isto fica ainda mais evidente no
ensaio "Os Três Pós-Modernismos", em que Brian McLaren sugere que você
leia o livro dele, Uma Ortodoxia Generosa, ou o livro de Wilber, A Theory of Everything, se quiser compreender a mentalidade emergente. Esta é uma correlação aberta... Mas quem é Wilber?
Em resumo, Ken Wilber cresceu em uma igreja cristã,
rejeitou o padrão bíblico, e é agora um místico budista que adere ao
monismo panteísta, e ensina a teoria integral (essencialmente, que Tudo é
Um). Wilber e o Instituto Esalen estão vinculados — especificamente por
meio da influência mútua entre Wilber e Michael Murphy, o co-fundador
de Esalen; eles tiveram um relacionamento bem próximo por muitos anos e
exerceram uma influência significativa um sobre o outro." (Veja The Processes According to Esalen). O trabalho de Wilber e do Instituto Esalen — integração e emergência — é essencialmente o mesmo.
Outro exemplo preocupante está no aspecto da política global: Nas páginas 262 e 263 de Everything Must Change
(Tudo Precisa Mudar), de McLaren, ele advoga abertamente a visão
internacional de Jim Garrison, chegando ao ponto de papaguear a ideia de
governança global dele, propondo uma "comunidade global de
comunidades".
Quem é Jim Garrison? Ele nasceu na China, em 1951,
filho de missionários batistas, e frequentou uma escola missionária em
Taiwan. Posteriormente, obteve um mestrado duplo em Teologia na
Universidade de Harvard, em Cristologia e História da Religião, e
recebeu seu doutorado em Teologia Filosófica em Cambridge. Jim também
foi uma personalidade em Esalen, dirigindo o Programa de Intercâmbio
Americano-Soviético do Instituto Esalen (veja a seção anterior
intitulada "Mais Sobre Esalen"). Depois disso, ele presidiu a Fundação
Gorbachev nos EUA, e trabalhou nos Fóruns Estado do Mundo — uma série de
encontros de alto nível que reunia líderes globais do mundo
empresarial, dos governos e das religiões para promover a causa da
unidade mundial. Hoje, Garrison é o presidente do Fórum Estado do
Mundo. Ele também é diretor da Universidade da Sabedoria, uma escola
dedicada a promover estudos esotéricos e ocultistas.
O mesmo livro de McLaren também apresenta o trabalho
de David Korten, um ávido apoiador do governo mundial. Korten é membro
do Clube de Roma (uma organização da elite que promove a transformação
global), e está envolvido com a série de conferências do Instituto
Esalen sobre Capitalismo Integral e Governança. Nas visões de ambos
estes homens, Garrison e Korten, McLaren vê modelos funcionais para uma
nova "estrutura transformadora".
Aqui está o problema: as ideias de emergência e
comunidade global não são exclusivas de McLaren. Em vez disso, elas
representam o paradigma de transformação mundial de Aldous Huxley, de
Michael Murphy e do Instituto Esalen.
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A Consciência Cósmica
Voltando ao assunto das drogas psicodélicas, o estudo do SRI intitulado As Imagens em Transformação do Homem, se referia ao trabalho Varieties of Psychedelic Experience (Variedades
da Experiência Psicodélica), de Masters e Houston, publicado em 1966.
[66]. Ao produzirem níveis alterados de consciência, certos efeitos dos
alucinógenos no cérebro são interpretados "como experiências
transcendentes de uma natureza religiosa, ou cósmica" [67]:
"Nos últimos quinze anos tem havido um crescente
interesse pelas substâncias químicas que modificam a qualidade e as
características da consciência normal do dia a dia, particularmente por
meio de drogas como o ácido lisérgico, a mescalina, a psilocibina e
outras. Essas drogas, referidas como psicodélicas, alucinógenas ou
psicoativas, expandem ou contraem o campo da consciência; elas parecem
ser capazes de expandir as percepções e sensações, dando acesso às
memórias e experiências do passado, facilitando a atividade mental e
produzindo modificações no nível de consciência, incluindo aquelas que
são reportadas como experiências transcendentes de uma natureza
religiosa ou cósmica." [68].
Em Alternative Educational Futures (Futuros
Educacionais Alternativos), Harman também declarou que aquilo que Aldous
Huxley tinha chamado de "A Filosofia Perene" está presente nas
tradições da Sociedade Rosa-Cruz e da Maçonaria e significa que "o homem
pode, sob certas condições, atingir uma consciência mais elevada, uma
'consciência cósmica' e, nesse estado, ele tem conhecimento imediato de
uma realidade que é subjacente ao mundo dos fenômenos."
Harman destacou também o comentário de Lawrence Frank
que "uma ordem social que tolera essa ampla variedade de pluralismo de
normas precisa buscar a unidade por meio da diversidade". Para alcançar
este objetivo:
"Nada menos que uma nova filosofia de orientação será
necessária. Ferkiss [1969] delineia três elementos básicos e
essenciais para essa nova filosofia... um 'novo naturalismo'... 'o novo
holismo'... e 'o novo imanentismo'... Experiências educacionais que
sejam semelhantes à psicoterapia precisam ser contempladas... que
resultem em uma realização sentida da inevitabilidade de um mundo
inseparável, e uma mudança sentida nos valores e premissas mais básicas
sobre as quais alguém constrói sua vida. Em certo sentido, isto
significa trazer algo como a 'tecnologia de transformação da pessoa'
para dentro do sistema educacional (por exemplo, com meditação, hipnose,
Treinamento em Sensibilidade, psicodrama, yôga, etc.)." [69].
O modus operandi de como Harman planejou essa
"nova filosofia orientadora" para moldar o pensamento da população
mundial foi delineado por ele em um jornal ocasional da Good Will
International (Lucis Trust), For a New Society, a New Economics
(Para uma Nova Sociedade, uma Nova Economia) — publicado nas edições de
abril, maio e junho de 1987 do Fórum de Desenvolvimento, pela Divisão de
Informações Econômicas e Sociais de ONU, e pela Universidade das Nações
Unidas. No ensaio, Harman referiu-se às teorias da "autorrealização" do
psicólogo Abraham Maslow e postulou que:
"Uma reespiritualização da sociedade está ocorrendo,
mas de um tipo mais experimental e não institucionalizado, menos
fundamentalista e sacerdotal, do que a maioria das formas historicamente
mais conhecidas de religião. Com essa transformação vem uma transição
de longo prazo na ênfase dos valores."
Em conclusão, ele afirma que:
"... pode de fato existir um conflito entre a
religião esotérica dogmática e a ciência positivista. Entretanto, não há
um conflito inevitável entre a 'sabedoria perene' esotérica das
tradições espirituais do mundo e uma ciência baseada em certos
pressupostos metafísicos." [70].
Conclusão
Desde a publicação do estudo acadêmico Imagens em Transformação do Homem,
em 1974, a espiritualização da ciência, da tecnologia e da educação tem
inquestionavelmente feito grandes avanços. A mudança proposta de um
sistema de valores tradicional, baseado no pensamento analítico e
racional, para uma visão holística que imagina todos os aspectos da
busca intelectual estando em harmonia com os fundamentos místicos do
monismo, levou ao surgimento de uma comunidade global que tem um
sentido mais elevado da espiritualidade cósmica que supostamente permeia
toda a existência.
Entretanto, acreditamos que um cientista ou técnico
que esteja dedicado ao avanço do conhecimento teórico e prático da
humanidade, especialmente na área da Nanomedicina Clínica, deva evitar
adotar uma metodologia irracional em seu campo de pesquisa. Caso
contrário, a visão distópica de Aldous Huxley, de uma "ditadura
científica do futuro", poderá afinal se tornar realidade.
Nota Finais
1. Aldous Huxley, Brave New World (Admirável Mundo Novo, 1932).
2. Idem, pág. 37; Veja também a edição on-line em htpp://www.huxley.net/bnw/index.html.
3. Idem, pág. 47.
4. Idem, pág. 55, passim. Veja também Aldous Huxley, The Ultimate Revolution,
Berkeley Language Center — Speech Archive SA0269, 20 de março de 1962;
[http://www.archive.org/details/AldousHuxley-TheUltimateRevolution]:
"Mas, felizmente, existem vários outros métodos em que podemos pensar,
que ainda não foram usados, mas que obviamente poderiam ser usados. Há,
por exemplo, o método farmacológico, que é uma das coisas sobre as quais
falei em AMN. Inventei uma droga hipotética chamada Soma, que, é claro,
não poderia existir como descrito ali, porque ela era simultaneamente
um estimulante, um narcótico e um alucinógeno, o que parece ser
improvável em uma única substância. Mas, o ponto é que, se você
aplicasse várias substâncias diferentes, poderia obter quase todos esses
resultados agora mesmo, e as coisas realmente interessantes sobre as
novas substâncias químicas, as novas drogas de mudança da mente, é a
seguinte: se você olhar para a história, é claro que o homem sempre
precisou de substâncias químicas que alterem a mente, ele sempre desejou
tirar férias de si mesmo. O que é mais extraordinário é que todos os
narcóticos, estimulantes, sedativos e alucinógenos foram descobertos bem
no início da história. Não acredito que exista um único desses que
ocorrem naturalmente que a ciência moderna tenha descoberto."
5. Aldous Huxley, Brave New World (Admirável Mundo Novo), pág. 55.
6. Idem, pág. 4, passim.
7. Aldous Huxley, Brave New World Revisited (Admirável Mundo Novo Revisitado; Harper & Row, 1958; edição on-line em http://www.huxley.net/bnw-revisited/index.html).
8. Idem, I. Superpopulação.
9. Idem.
10. Idem, XII. O Que Pode Ser Feito? Veja também Aldous Huxley, The Ultimate Revolution:
"Tradicionalmente tem sido possível suprimir a liberdade individual por
meio da aplicação da coerção física usando o apelo das ideologias e com
a manipulação do meio ambiente físico e social e, mais recentemente,
por meio de técnicas de condicionamento psicológico. A Revolução Final,
sobre a qual o Sr. Huxley falará hoje, preocupa-se com o desenvolvimento
de novos controles do comportamento, que operam diretamente sobre os
organismos psíquicos e psicológicos do homem. Esta é a capacidade de
substituir as restrições externas por compulsões internas... [Huxley]
Bem, agora com relação a este problema da revolução final, isto foi
muito bem resumido pelo moderador."
11. Veja Aldous Huxley, The Ultimate Revolution:
"Meu livro, que foi escrito em 1932, quando existia somente uma
ditadura branda na forma do fascismo de Mussolini, não foi diminuido em
importância pela ideia do terrorismo, e fui, portanto livre de um modo
como Orwell não foi, para pensar sobre esses outros métodos de controle,
esses métodos não violentos. Estou inclinado a pensar que as ditaduras
científicas do futuro, e acho que existirão ditaduras científicas em
muitas partes do mundo, serão provavelmente bem mais próximas do padrão
de Admirável Mundo Novo do que do padrão de 1984; não por
causa de algum desconforto humanitário dos ditadores científicos, mas
simplesmente porque o padrão de AMN é provavelmente muito mais eficiente
do que o outro."
12. Citação em Robert Ellis Smith, Deborah Caulfield, David Crook and Michael Gershman, The Big Brother Book of Lists (Los Angeles: Price, Stern, Sloan, 1984).
13. Aldous Huxley, The Doors of Perception (As Portas da Percepção; Londres: Chatto & Windus, 1954).
14. Osmond ofereceu pela primeira vez o termo
"psicodélico" em uma reunião da Academia de Ciências de Nova York, em
1967. Ele disse que a palavra significava "manifestação da mente" e a
chamou de "clara, eufônica e não contaminada por outras associações".
15. Veja Douglas Martin, "Humphry Osmond, 86, Who Sought Medicinal Value in Psychedelic Drugs, Dies", New York Times,
22 de agosto de 2008; e também Martin A. Lee & Bruce Shlain, Acid
Dreams. The Complete Social History of LSD: The CIA, The Sixties, and
Beyond (Grove Press, 1985), pág. 44.
http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9803E0DA1E3Df931A15751C0A9629C8B63.
16. Aldous Huxley, The Doors of Perception (As Portas da Percepção), pág. 24.
17. Aldous Huxley, The Perennial Philosophy
(A Filosofia Perene; Londres, Chatto & Windus, 1946) A orelha da
capa diz: "A Filosofia Perene" é uma tentativa de apresentar este fator
Comum Mais Elevado de todas as teologias, montando passagens dos
escritos dos santos e profetas que se aproximaram de um conhecimento
espiritual direto do Divino e que registraram não somente o método da
abordagem, mas também a clareza e tranquilidade de alma que eles
derivaram disso. Huxley faz citações dos filósofos taoístas chineses,
dos seguidores de Buda e de Maomé, das escrituras hindus e de místicos
cristãos, indo de São João da Cruz até William Law..."
18. Aldous Huxley, Heaven and Hell (Céu e Inferno; Londres, Chatto & Windus, 1956).
19. Veja Martin A. Lee & Bruce Shlain, Acid Dreams, págs. 43-46, 52.
20. Idem, pág. 46.
21. Timothy F. Leary, Flashback: An Autobiography. A Personal and Cultural History of an Era (Nova York: Tarcher/Putnam, [1983] 1997), pág. 44.
22. Idem.
23. Citado em Jeffrey J. Kripal, Esalen, America and the Religion of No Religion (The University of Chicago Press, 2007) pág. 85.
24. Instituto Esalen; sítio na Internet em http://www.esalen.org.
25. Veja Walter Truett Anderson, The Upstart Spring (Londres; Addison-Wesley Publishing, 1983) pág. 68.
26. Willis W. Harman dedicou seu livro Global Mind Change
(Mudança de Mente Global, 1998) a Hubbard, entre outros: "Quero dedicar
este livro a quatro pessoas que afetaram profundamente a parte final de
minha vida: Alfred M. Hubbard…"
27. Veja Walter Truett Anderson, The Upstart Spring, passim.
O IFAS também é referenciado como International Federation of Advanced
Study; veja, por exemplo, Martin A. Lee & Bruce Shlain, Acid Dreams, pág. 156.
28. Stolaroff declarou o seguinte em The Secret Chief
(O Chefe Secreto; Multidisciplinary Association for Psychedelic
Studies, 1997), pág. 60: "Você vê que uma viagem espiritual é o que está
envolvido aqui. Isto é o que tenho a dizer — é o único modo que conheço
de falar sobre o assunto — o que faço, e até como faço, não é algo que
depende de mim. Sou guiado. Não sei como definir isto e não posso
explicar. Se Deus não quisesse que eu fizesse, Ele teria me impedido
muito tempo atrás. Tenho muita fé que isto é verdadeiro. Ao mesmo tempo,
mantenho a atenção sobre minha integridade e minha segurança... Estamos
todos juntos nisto." [http://www.maps.org/secretchief/scchpt2.html].
29. (1) Sherwood, JN. Stolaroff, MJ. Harman, WW. (1962). The Psychedelic Experience — A New Concept in Psychotherapy
(A Experiência Psicodélica — Um Novo Conceito em Psicoterapia); J
Neuropsychiatry. 4:69-80. (2) Savage, C. Stolaroff, M. Harman, W.
Fadiman, J. (1963). The Psychedelic Experience (A Experiência Psicodélica). J Cardiovasc Nurs. 15:4-5. (3) Savage, C. Stolaroff, MJ. (1965). Clarifying the Confusion Regarding LSD-25
(Clarificando a Confusão com Relação ao LSD-25). J. Nerv. Ment. Dis.
(4) Harman, WW. McKim, RH. Mogar, RE. Fadiman, J. Stolaroff, MJ. (1966).
Psychedelic Agents in Creative Problem-Solving: A Pilot Study
(Agentes Psicodélicos na Solução Criativa de Problemas: Um Estudo
Piloto) Psychol Rep. 1:211-27. (5) Stolaroff, MJ. Wells, CW. (1993). Preliminary Results with New Psychoactive Agents 2C-T-2 AND 2C-T-7 (Resultados Preliminares com Novos Agentes Psicoativos 2C-T-2 e 2C-T-7"). Yearbook for Ethnomedicine. (6) Stolaroff, MJ. (1999). Are Psychedelics Useful in the Practice of Buddhism (São as Drogas Psicodélicas Úteis na Prática do Budismo?". Journal of Humanistic Psychology 39:1. págs. 60-80.
30. Veja Jay Stevens, Storming Heaven: LSD and the American Dream (Nova York, Atlantic Monthly Press, 1987; Grove/Atlantic, 1998), pág. 177-179.
31. Sherwood, JN. Stolaroff, MJ. Harman, WW. (1962). The Psychedelic Experience — A New Concept in Psychotherapy (A Experiência Psicodélica — Um Novo Conceito em Psicoterapia). J Neuropsychiatry. 4:69-80.
32. http://www.sri.com/
33. SRI International; Restated Articles of
Incorporation. Dated 11 January 1972:
http://www.icann.org/en/tlds/geo1/ModCE/C1_1_SRI_ART_INC.htm.
34. Willis W. Harman, diretor, Centro de
Pesquisa de Política Educacional do SRI, para o Dr. A. M. Hubbard, 2 de
outubro de 1968, conforme citado em Martin A. Lee & Bruce Shlain, Acid Dreams, pág. 156.
35. Veja Todd Brendan Fahey, The Original Captain Trips
(As Viagens Originais do Capitão): "Os serviços dele foram
eventualmente recrutados por Willis Harman, então diretor do Centro de
Pesquisa de Política Educacional no Instituto de Pesquisas de Stanford
(SRI), da Universidade de Stanford. Harman contratou Hubbard como um
guarda de segurança para o SRI. [http://www.fargonebooks.com/high.html].
36. Willis Harman, diretor, Centro de Pesquisa
de Política Educacional do SRI, "A Quem Possa Interessar", 14 de
janeiro de 1974, conforme citado em Lee & Shlain, op. cit., pág.
156.
37. O. W. Markley & Willis W. Harman, editor, Changing Images of Man
(Imagens em Transformação do Homem). Preparado pelo Centro para o
Estudo de Política Social / SRI International (Pergamon Press, 1982),
pág. xvii.
38. Fundação Charles F. Kettering;
http://www.kettering.org/about/history.aspx. "A Fundação Charles F.
Kettering foi criada em 1927 para patrocinar e realizar pesquisa
científica para o benefício da humanidade. Inspirada pela mente aberta e
filosofia criativa de seu fundador, o inventor americano Charles F.
Kettering, o trabalho da fundação foi expandido para incluir a pesquisa
pedagógica, assuntos internacionais e democracia."
39. Contract Number URH 489-215O, Policy Research Report No. 414.74
40. O. W. Markley & Willis W. Harman, editores, Changing Images of Man. O editor-geral da série Systems Science and World Order Library era Ervin Laszlo, que também publicou dois de seus próprios livros, E. Jantsch, The Self-Organizing Universe: Scientific an Human Implications of the Emerging Paradigm of Evolution e P. Laviolette, ed., Systems Anthropology. Selected Works by Ludwig von Bertalanffy.
41. A equipe central para o estudo consistia
de Duane Elgin, Willis Harman, Arthur Hastings, O. W. Markley, Dorothy
McKinney e Brendan O’Regan. Importantes contribuições foram feitas por
Joseph Campbell e Floyd Mason, e menos importantes por Magoroh
Maruyama, Donald Michael, Leslie Schneider, Barbara Pillsbury e
John Platt. Markley & Harman, editores, Changing Images of Man, vii.
42. Outros membros do Painel Orientador para o
projeto foram Rene Dubos e os funcionários da Fundação Charles F.
Kettering, Kent Collins e Winston Franklin.
43. Idem, pág. xv.
44. Idem, pág. 15: Nota: Veja também a
declaração de Elise Boulding de 'The Spiritual Dimension of the Human
Person' (A Dimensão Espiritual da Pessoa Humana) no Apêndice A. A
professora Boulding lecionou no Instituto de Ciência do Comportamento,
da Universidade do Colorado.
45. Idem, pág. 219, nota de rodapé.
46. Idem, págs. 4, 5-6, 9.
47. Idem, pág. 202.
48. "Noético" vem da palavra grega para conhecimento intuitivo. Em seu artigo "The Higher Self Gets Down to Business", a revista Christianity Today
(Cristianismo Hoje) reportou o seguinte sobre a compreensão de Harman
da ciência Noética: "Intuição era... para Harman... o próprio meio de se
conectar à única Mente Universal. A visualização também não era
meramente um meio de clarificar objetivos, mas de alterar a realidade
material. Tanto a intuição quanto a visualização eram centrais na
evolução da consciência que Harman imaginava."
http://www.christianitytoday.com/workplace/articles/ct-2003-002-1.34.html.
49. Paul N. Temple foi membro da diretoria do
instituto desde 1973 e serviu como seu presidente de 1983 a 1999. Ele é
um empresário, investidor e graduado pela Universidade de Princeton e
pela Escola de Direito de Harvard. Ele e Diane Temple são os fundadores
do Prêmio Temple para o Altruísmo Criativo, administrado pelo
instituto.
50. Veja http://www.ions.org.
51. Citação encontrada em W. W. Harman, Global Mind Change: The Promise of the 21st Century
(Mudança Mental Global: A Promessa do Século 21, Berrett-Koehler
Publishers), pág. ix. Veja também
http://www.bkconnection.com/BB/ProdDetails.asp?ID=1576750299 — "Global Mind Change
foi publicado em 1988 e expandido pelo autor pouco antes de sua morte
em 1997. O livro conecta todos os grandes campos de ação humana em sua
exploração das possibilidades para transformação social por meio da
transformação interna. Harman, cuja carreira englobou tanto as ciências
técnicas (Engenharia Elétrica) quanto a psicológica, examina o papel da
consciência em cinco áreas — Ciência Madura, que valida as compreensões
espirituais, religiosas e subjetivas junto com dados objetivos como um
modo de descrever a realidade; Pesquisa da Espiritualidade e
Consciência, que mostra a compatibilidade entre as religiões do mundo e
as compreensões de milhares de anos de exploração da consciência; Saúde e
Cura, onde o papel da mente está sendo cada vez mais reconhecido como
uma influência crítica sobre o bem-estar humano; Psicologia e
Psicoterapia, onde a pesquisa sobre fenômenos não explicados e as
capacidades mentais e físicas excepcionais provam que os únicos limites
humanos são aqueles em que acreditamos; Economia e Administração, onde
os gerentes estão utilizando a pesquisa mental e cerebral para liberar a
criatividade dos funcionários e as empresas estão tratando os problemas
globais da pobreza, segurança e meio ambiente."
52. Harman foi o fundador do Grupo de Pesquisa
do Futuro, na Universidade de Stanford e membro da diretoria da
Planetary Citizens (Cidadãos Planetários); dois objetivos deles são
reprojetar a educação para a consciência global e dar à ONU a autoridade
para agir em nome do desejo comum da humanidade.
53. Em 1988 Harman foi um dos co-fundadores da World Business Academy.
54. http://www.newciv.org/ISSS_Primer/seminrzh.html.
55. O CERI foi criado pela Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD) em 1968.
56. CERI (Centre for Educational Research and Innovation, Centro para Pesquisa e Inovação Educacional), Alternative Educational Futures in the United States and in Europe: Methods, Issues and Policy Relevance
(Paris; Organisation for Economic Cooperation and Development, 1972).
Este relatório foi preparado pelo CERI como Volume 8, relatório de pano
de fundo No. 12, das medidas discutidas na Conferência Sobre Políticas
para o Crescimento Educacional, organizada pela OECD em Paris, França,
de 3 a 5 de junho de 1970. Resumo: Este livro contém quatro trabalhos
desenvolvidos por notáveis especialistas em planejamento educacional
que, juntos, cobrem praticamente todas as implicações de seguir estudos
'futurológicos' na educação. Louis Emmery, em seu Alternative Educational Futures and Educational Policy-Planning,
resume os três trabalhos que constituem o restante do documento e
enfatiza a importância de visualizar futuros educacionais alternativos
no contexto do planejamento de política, ou planejamento educacional de
'segunda geração'. Torsten Husen, em seguida, descreve três propósitos
principais para explorar os futuros educacionais alternativos. No
terceiro trabalho, Warren Ziegler desenvolve uma taxonomia que consiste
de cinco modelos, que objetiva sintetizar a prática atual do
planejamento educacional americano da forma como ele vê o futuro.
Finalmente, Willis Harman enfoca os estados futuros alternativos da
sociedade americana que representam, em certo sentido, crenças e
sistemas de valores dominantes alternativos.
57. Idem, pág. 167.
58. Idem, pág. 171.
59. "The Impetus for Change in the Soviet
Union" (O Ímpeto para a Mudança na União Soviética) – entrevista da PBS
realizada em 23/4/2001;
http://www.pbs.org/wgbh/commandingheights/shared/minitextlo/int_mikhailgorbachev.html:
"Portanto, uma liderança reformista era necessária e essa liderança
veio em 1985 quando começamos a delinear os planos para nosso país, a Perestroika,
e um novo pensamento para a Comunidade Internacional. O novo pensamento
postulava que somos um planeta, independente das confrontações, lutas
ideológicas e filosóficas; somos um planeta, uma civilização humana.
Existem outros que estão vivendo no mundo, então por que deveríamos agir
de um modo que pudesse detonar nosso planeta, nossa espaçonave Terra?"
60. Mikhail Gorbachev, "The River of Time and
the Imperative of Action" (O Rio do Tempo e o Imperativo da Ação),
Fulton, Missouri, 6 de maio de 1992 -
http://www.churchillmemorial.org/lecture/gorbachev/speech.html.
61. Idem.
62. Idem.
63. Idem.
64. Idem.
65. Veja Kealy Davidson, "Gorbachev: 'Brain
Trust' Should Guide Our Future. Great Thinkers’ Meet in S. F. for 5-day
Forum to Discuss World After the Cold War," San Francisco Chronicle, 28 de setembro de 1995. http://sfgate.info/cgi-bin/article.cgi?f=/e/a/1995/09/28/NEWS1255.dtl.
66. Veja também R. E. Masters & J. Houston, Varieties of Psychedelic Experience (Variedades da Experiência Psicodélica; Holt, Rinehart & Winston,
1966).
67. O. W. Markley & Willis W. Harman, editores, Changing Images of Man, pág. 92.
68. Idem.
69. CERI, Alternative Educational Futures, pág. 173.
70. Willis W. Harman, "For a New Society, a
New Economics" (Para uma Nova Sociedade, uma Nova Economia), World Good
Will, Divisão de Informações Econômicas e Sociais da ONU, Development
Forum XV, 3-5 (1987).
Autor: Martin Erdmann, artigo original em http://www.forcingchange.org, Edição 5, Volume 1.
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/espiritualizacao.asp
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