A morte como solução ecológica
Escrito por Cristian Derosa
Graças
à atuação de órgãos como a Unesco e a ONU, logo o controle
populacional será consenso entre milhões de pessoas, que irão
trabalhar, de forma “ecologicamente correta”, para sua própria
destruição.
Em 1968, Paul R. Ehrlich deixou militantes de esquerda e direita horrorizados com o livro Population Bomb. Os de esquerda o acusavam de nazismo por querer matar metade da população pobre e os de direita por violar os direitos individuais e desvalorizar a vida humana.
Mais tarde, em 1977, Ehrlich publicou junto de outros dois autores, o livro Ecosciencie: population, ressources, environment, que trazia a mesma idéia de controle populacional mas com um maior aporte de dados científicos e apoio de cientistas engajados na causa ecológica.
A partir daí a a defesa do meio ambiente ganhou um impulso a mais e já unia-se com os militantes do controle populacional que aliciavam as Nações Unidas para incluir a meta na sua agenda de ações imediatas.
É bom lembrar que a origem do controle de
natalidade é anterior e está ligada à conquista do direito ao
aborto por Margareth Sanger (1879-1966) e, portanto, às idéias
eugenistas e evolucionistas nas quais os nascimentos de pessoas
consideradas mais aptas era preferível optando-se pelo aborto e
esterilização em massa em populações pobres e consideradas
geneticamente inferiores. Após a Segunda Guerra Mundial, porém,
essa retórica eugenista passou a ser mal vista por motivos óbvios.
Mas no barco da ecologia, nas décadas seguintes, o controle populacional pôde finalmente voltar ao debate público, agora com a desculpa do fim dos recursos naturais, outra teoria nunca satisfatoriamente comprovada pela comunidade científica, mas que traz consigo a cativante proposta da salvação da humanidade. O fato real é que em nome dessa pretensa tese da escassez futura, muitas populações estão sendo privadas hoje desses recursos e obrigadas a integrar-se a agendas que demandam consideráveis restrições econômicas. Países da África são ameaçados de terem suas ajudas internacionais cortadas se não aderirem a programas de esterilização e descriminalização do aborto.
O livro Ecoscience: population, ressorces, enviroment, é um verdadeiro clássico do ambientalismo. Nele é sugerido explicitamente que a melhor solução para a escassez de recursos é a diminuição da taxa de crescimento da população. Como primeira e mais relevante medida, os autores sugerem a limitação da taxa de natalidade, o que deve ser implementado por meio de campanhas de planejamento familiar, legalização do aborto e estímulo de uso de contraceptivos, ou seja, uma conscientização para o voluntarismo em prol dessa causa. A segunda alternativa, caso a população não opte voluntariamente pela diminuição da taxa de natalidade, os autores explicam:
“Presumivelmente,
a maioria das pessoas concorda que o único meio de atingir estes
objetivos em um nível mundial é através da taxa de natalidade. A
alternativa a isso é permitir o aumento da taxa de mortalidade, o
que naturalmente vai acontecer caso a humanidade não optar
racionalmente por reduzir a sua taxa de natalidade a tempo”1.
Sabe-se, entretanto, que programas de esterilização em massa já foram desmascarados em vários países, todos com a participação de órgãos das Nações Unidas como Unicef, Unesco, etc, cooperados com instituições locais ligadas a governos e organizações não-governamentais. Estes programas ficaram de fora dos noticiários por serem considerados “teorias da conspiração” ou teses paranóicas que careciam de evidências. De fato alguns destes casos não passaram de suspeitas devido à inacessibilidade dos dados e recursos utilizados pelas instituições em jogo. Outros casos foram amplamente divulgados e desmascarados, mas a imprensa internacional isolou-os dentro de limites das imprensas locais, não deixando que fossem conhecidos do restante do mundo.
Graças à participação de intelectuais como Ehrlich dentro das Nações Unidas, principalmente em instituições ligadas à educação e cultura como a Unesco, nossos jovens e crianças estão sendo educados com o pressuposto de que a humanidade é a causadora dos grandes males terrestres. O controle populacional passa a ser, logo logo, o consenso entre a população que irá trabalhar para a sua própria auto-destruição.
(1)
Ecoscience: Population, Resources, Environment. Contributors:
Paul R. Ehrlich - author, Anne H. Ehrlich - author, John P. Holdren -
author. Publisher: W. H. Freeman. Place of Publication: San
Francisco. Publication Year: 1977. Page Number: 737
Cristian
Derosa
é jornalista.
Fonte:
www.midiasemmascara.org
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