quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Cuidado, seu remédio está vigiando você

Cuidado, seu remédio está vigiando você

Por Ben Hirschler
 
Reuters
 
Nova York - Os planos da Novartis AG de buscar aprovação da regulamentação dentro de 18 meses para um comprimido pioneiro contendo um microchip embutido, traz o conceito da tecnologia de "pílula inteligente" um passo mais perto.
 
O programa inicial usará somente um dos medicamentos estabelecidos pela empresa suíça tomado por pacientes de transplante para evitar a rejeição do órgão. Mas Trevor Mundel, o diretor global de desenvolvimento, acredita que o conceito pode ser aplicado a muitas outras pílulas.

 
"Estamos levando a frente essa droga de transplante com um chip e esperamos que dentro dos próximos 18 meses tenhamos alguma coisa que seremos capazes de submeter aos reguladores, pelo menos na Europa," Mundel disse na Reuters Health Summit em Nova York.
 
"Eu vejo a promessa como indo muito além disso," ele acrescentou.
 
A Novartis concordou em janeiro gastar $24 milhões para assegurar acesso a tecnologia chip-in-a-pill desenvolvida pela empresa de propriedade privada Proteus Biomedical de Redwood City, Califórnia, pondo-a a frente das rivais.

Os chips ingestíveis da iniciante biotech são ativados pelo ácido estomacal e enviam informações para um pequeno emplastro colocado sobre a pele do paciente, que pode transmitir dados para um smartphone ou enviar pela internet para um médico.

Mundel disse que o projeto inicial era focado em assegurar que pacientes tomassem os remédios na hora certa e recebessem a dose que precisavam - uma questão chave para pessoas depois de transplante de rins e outras operações de transplante, quando o tratamento frequentemente precisa de ajustes.

No longo prazo, ele espera expandir o conceito de "pílula inteligente" para outros tipos de medicamento e usar a informação biométrica que o chip Proteus pode coletar, de frequência cardíaca a temperatura do corpo em movimento, para verificar que as drogas estão funcionando adequadamente.

Porque os minúsculos chips são adicionados a drogas já existentes, a Novartis não espera ter de conduzir testes clínicos em larga escala para provar que os novos produtos funcionam. Em vez disso, ele almeja fazer os assim chamados testes de bioequivalência para mostrar que eles são os mesmos que os originais.

A maior questão pode ser que controles deverão ser postos em prática para proteger os dados médicos dos pacientes enquanto são transmitidos de dentro de seus corpos por redes sem fio e Bluetooth.

"Os reguladores todos gostam do conceito e têm sido muito encorajadores. Mas... eles querem entender como vamos resolver as questões de privacidade de dados," Mundel disse.

Uma tecnologia que assegura que um paciente toma a medicação dele ou dela e verifica que está funcionando apropriadamente deverá produzir melhores resultados e justificar um preço mais elevado.
Nota: A ideia parece fantástica e pode ser mesmo bastante útil, mas os efeitos colaterais poderão ser bastante desagradáveis.

Junte-se a uma ‘pílula inteligente’ algum tipo de nanorobô e teremos um grande perigo rondando nossa privacidade e nossa saúde.

    
    
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