Image via WikipediaSurgem os dispositivos de rede humanos
Por NetworkWorld / EUA
Pessoas podem ser usadas como pontos de acesso de redes móveis. É o que diz instituto irlandês.
Pesquisadores da Irlanda estudam as possibilidades de transformar pessoas em pontos de acesso a redes sem fio.
A indumentária que faz de humanos algo parecido com roteadores inclui antenas de design aprimorado, rádios de baixo consumo energético e novos protocolos de rede.
“Com base nessa tecnologia seria possível, por exemplo, baixar um grande volume de dados a partir de telefones celulares. Os dados passariam pelo que pode ser chamado de nodes de rede humanos, que procuram por gateways ou acessam as redes tradicionais de celulares, se não encontrarem uma rede mais robusta.
Os estudos de tecnologia “antropo centrados” (que se concentram no uso de humanos como dispositivos tecnológicos) têm permeado o centro das atenções no Intitute of Electronics, Communications and Information Technolgy da Queen University, de Belfast, na Irlanda.
Recentemente os pesquisadores receberam uma injeção de 800mil dólares por parte da Royal Academy of Engeneering e por parte do Physical Research Council.
O conceito de redes humanas é fruto de trabalho realizado com sensores médicos sem fio implantados no corpo de pacientes. Esses sensores realizam a leitura de vários dados, enviam informações para dispositivos de leitura que passam as informações para sistemas estacionários.
“A ideia básica consiste em proporcionar a comunicação entre dispositivos móveis, como celulares, sem que esses tenham de enviar sinais para antenas localizadas a quilômetros de distância. Em vez disso, usamos um esquema de comunicação cooperativa, em que todos os participantes partilham um pouco de sua banda de comunicação com outros usuários próximos”, esclarece Simon Cotton, pesquisador que integra a equipe do instituto.
Semelhante às redes baseadas no padrão IEEE 802.15.4, as conexões corporais apresentam capacidade de funcionar usando “muito menos energia elétrica e têm capacidade de transmitir sinais para distâncias de até 100 m”, diz Cotton.
Para o pesquisador, as vantagens não param aí. “As frequências para alocação de frequências em redes dessa natureza podem ser recicladas por distâncias muito mais curtas, o que otimiza a ocupação da onda de rádio”, ressalta o pesquisador.
Uma vez implementadas de maneira eficiente, essas redes podem tornar as antenas de celular algo obsoleto.
Cotton projeta a aplicação dessas redes para a transmissão de conteúdo de vídeo em alta definição. “O software instalado nos dispositivos fragmentaria os arquivos em pacotes menores e poderia possibilitar a transmissão do conteúdo para outros participantes da rede (pessoas), que agem como replicadores de sinal.
Ao chegar até a pessoa que recebe o conteúdo, os pacotes podem ser reconstituídos na forma do arquivo original”.
Par dar conta dessa dinâmica, as redes devem dispor de recursos que possam, à medida que os participantes da rede mudam, lidar com essa alteração. Aplicar essa tecnologia significa criar redes que saibam lidar com interrupções das conexões de forma a permanecerem estáveis.
A resposta está no design da antena
Um dos pontos principais está no design da antena.
Seguindo informações obtidas no site do instituto “os requisitos para uma antena funcionar incluem discrição, baixo consumo de energia elétrica e interferência mínima por parte de objetos que as pessoas carreguem”.
Nos projetos do instituto, encontram-se antenas que trabalham em frequências entre 400MHz e 2.4GHz. O sinal pode sofrer interferência do próprio corpo das pessoas. Por enquanto, se alguém encostar em uma antena FM ou AM, por exemplo, a transmissão é interrompida.
Com os investimentos recebidos, a Queens University poder a ampliar os estudos das tecnologias. Desde as frequências de micro-ondas, usadas comumente por conexões ISM (2.4 GHz) até bandas de comunicação que trabalhem em frequências milimétricas, “de, digamos, 60GHz”, diz Cotton.
(John Cox)
Fonte: www.idgnow.com.br
Nota: É incrível e assustador. Quando isso estiver funcionando, se é que vai, adeus toda privacidade, o pouco que ainda resta.
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