Image via WikipediaChefe britânico de espionagem diz que a guerra cibernética já começou
Para especialista, crescimento da internet aumenta risco de ataques
Recentemente, a polêmica sobre ciberataques ganhou destaque com a disseminação do vírus Stuxnet
Países já estão utilizando técnicas de guerra cibernética para lançar ataques uns contra os outros e há necessidade de vigilância contínua para proteger sistemas críticos de computadores, disse o diretor da agência britânica de espionagem de comunicações, em um raro discurso.
Iain Lobban, diretor do Government Communications Headquarters (GCHQ), afirmou que sistemas do governo britânico são alvo de mil tentativas mensais de invasão.
- O ciberespaço é disputado a cada hora, a cada dia, a cada minuto, a cada segundo. [A internet reduziu] as barreiras de acesso ao jogo da espionagem.
As afirmações foram feitas em uma apresentação que aconteceu na noite desta terça-feira (12) em Londres.
Segundo ele, a expansão da web aumenta o risco de perturbações à infraestrutura, por exemplo usinas de energia e serviços financeiros.
- A ameaça é real e digna de atenção.
A organização GCHQ, uma grande operação de escuta semelhante à Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, cuida de atividades como investigação de códigos e coleta de informações.
Políticos e líderes dos serviços de espionagem britânicos e do restante do mundo vêm lançando alertas cada vez mais frequentes sobre a crescente ameaça da guerra cibernética. A questão ganhou destaque recentemente quando especialistas em segurança sugeriram que o vírus Stuxnet pode ter sido criado com o objetivo de atacar instalações nucleares no Irã.
- É verdade que vimos o uso de técnicas de guerra cibernética por um país contra outro, a fim de criar pressão diplomática ou econômica.
Um relatório parlamentar recente informou que o GCHQ havia indicado que países como Rússia e China representam a maior ameaça de ataque eletrônico contra o Reino Unido.
Os Estados Unidos estão criando um cibercomando em suas forças armadas para proteger suas redes e montar ataques cibernéticos, e Lobban disse que é preciso haver acordo sobre "normas corretas de comportamento no ciberespaço para os Estados responsáveis."
Copyright Thomson Reuters 2009
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