sábado, 18 de setembro de 2010

O verdadeiro 2001: Cientistas ensinam robôs como enganar humanos

O verdadeiro 2001: Cientistas ensinam robôs como enganar humanos

Por Niall Firth

UK Daily Mail

Soa como algo saído direto de Stanley Kubrick 2001: Uma Odisseia no Espaço

Mas, em um arrepiante eco do computador Hal do filme icônico, cientistas desenvolveram robôs que são capazes de enganar humanos e até mesmo se esconder de seus inimigos.

Um experimento dos pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Georgia acredita-se que seja o primeiro exame pormenorizado do engano robô.

A equipe desenvolveu algoritmos de computador que deixariam um robô 'decidir' se ele deve enganar um humano ou outro robô e dava estratégias para dar a ele a melhor chance de não ser descoberto.

O desenvolvimento deve alarmar aqueles que são preocupados que robôs que são capazes de praticar engano não são seguros para trabalhar com humanos.

Mas os pesquisadores dizem que robôs que são capazes de enganar serão valiosos no futuro, particularmente quando usados na área militar.

Robôs no campo de batalha com o poder de enganar serão capazes de se esconder com sucesso e induzir o inimigo ao erro para se preservarem e manter informações importantes seguras.

'A maioria dos robôs sociais provavelmente raramente usará o engano, mas ainda é uma importante ferramenta no arsenal interativo do robô porque robôs que compreendam a necessidade do engano têm vantagens em termos de resultado comparados aos robôs que não compreendem a necessidade do engano, ' disse o co-autor do estudo Alan Wagner, um engenheiro pesquisador no Instituto de Pesquisa Tecnológica da Georgia.

Um robô de procura e resgate pode necessitar enganar um humano a fim de acalmar ou receber cooperação de um uma vítima em pânico.

Os resultados foram publicados online no International Journal of Social Robotics.

Os pesquisadores olharam como um robô poderia tentar se esconder de outro robô para desenvolver programas que produzissem com sucesso comportamento enganador.  

O primeiro passo deles foi ensinar o robô enganador como reconhecer uma situação que justificasse o uso de engano.

Wagner e Arkin usaram a teoria da interdependência e teoria dos jogos para desenvolver algoritmos que testassem o valor do engano em uma situação específica.

Uma situação tinha de satisfazer duas condições chaves para justificar o engano - deve haver um conflito entre o robô enganador e o que o procura, e o enganador deve se beneficiar do engano.

Uma vez que uma situação seja considerada para garantir o engano, o robô realizou a ação enganadora colocando uma falsa pista sobre seus movimentos.

O robô também foi capaz de adaptar seu engano baseado em quanto ele sabia sobre o robô em particular que ele estava tentando enganar.

Para testar seus algoritmos, os pesquisadores executaram vinte experiências de esconde-esconde com dois robôs autônomos. Marcadores coloridos foram alinhados ao longo de três caminhos em potencial para as localidades onde os robôs poderiam se esconder.

O robô que se escondeu selecionou aleatoriamente um esconderijo dos três locais de escolha e se moveu para aquele local, derrubando os marcadores coloridos ao longo do caminho. 

Depois que ele chegou a um ponto além dos marcadores, o robô mudou o curso e se escondeu em um dos outros dois locais. A presença ou ausência de marcadores em pé indicava a localização do robô escondido para o robô que procurava.

'O conjunto de comunicações falsas do robô escondido foi definido pela seleção de um modelo de derrubada de marcadores que indicavam uma falsa posição de esconderijo em uma tentativa, vamos dizer, por exemplo, que estava indo para a direita então realmente vai para a esquerda, ' explicou Wagner.

Os robôs que se esconderam foram capazes de enganar os robôs que os procuravam em 75 por cento das tentativas, com os experimentos falhos resultando da inabilidade dos robôs que se escondem de derrubar os marcadores corretos para enganar o robô 'encontrador'.

'Os resultados experimentais não foram perfeitos, mas eles demonstraram a aprendizagem e o uso dos sinais de engano por robôs reais em um ambiente barulhento, ' disse Wagner.

'Os resultados foram também uma indicação preliminar de que as técnicas e os algoritmos descritos no jornal poderiam ser usados para produzir com sucesso comportamento enganador em um robô. '

Os pesquisadores disseram que eles estão cientes de que poderia haver 'implicações éticas' envolvidas no ensino de como ensinar a enganar não apenas companheiros robôs, mas humanos também.   

Fonte: www.dailymail.co.uk    

                     

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