sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Células de fetos abortados usadas em produtos de beleza.

soylent greenImage by vj_pdx via Flickr

Células de fetos abortados usadas em produtos de beleza.

Por Valerie Richardson

The Washington Times


Uma companhia de cosméticos de San Francisco acendeu uma gritaria entre grupos pró-vida por incluir um ingrediente inesperado em seus cremes anti-envelhecimento: proteínas de células epiteliais de fetos abortados.

Filhos de Deus pela vida, um grupo de observadores que monitora o uso de material fetal em produtos médicos, convocou um boicote na semana passada de todos os tratamentos fabricados pela Neocutis Inc., que reconhece que o ingrediente principal de sua linha de produtos foi desenvolvido de um garoto abortado.

"Não há desculpa para usar bebês abortados em produtos de tratamento da pele", disse Debi Vinnedge, diretora executiva de Crianças de Deus pela Vida, uma organização de 10 anos baseada em Murfreesboro, no Tennesse. "A reação, o choque e a raiva que senti foi incrível."

Em uma declaração liberada sexta-feira, em resposta a onda de condenação de blogues pró-vida e religiosos, a Neocutis defendeu o uso da marca registrada de seu ingrediente, Proteínas de Células da Pele Processadas, ou PSP, argumentando que a linhagem de célula fetal foi colhida de uma maneira responsável e ética para uso em tratamento de severos danos dermatológicos.

A companhia comparou sua situação a dos pesquisadores que usavam células de rim de fetos para desenvolver vacinas contra a pólio.

"Nossa visão - que é compartilhada pela maioria das organizações médicas e pacientes - é que o limitado, prudente e responsável uso de tecido da pele de fetos pode continuar para amenizar o sofrimento, acelerar a cicatrização, salvar vidas e melhorar o bem estar de muitos pacientes ao redor do globo," disse a declaração.

O ingrediente foi desenvolvido na Universidade de Lausanne na Suíça, de proteínas de tecidos da pele de um menino de 14 semanas abortado no hospital da universidade e doado a Universidade suíça. O aborto foi considerado necessário do ponto de vista médico porque o bebê poderia não sobreviver até o fim da gestação, de acordo com a Neocutis.

A linhagem de células epiteliais fetal foi tirada de um pedaço de pele do tamanho de um selo postal e doada voluntariamente pelos pais para a pesquisa médica. A doação foi aprovada pelo comitê de ética médica do hospital e está em concordância com as leis suíças, disse a declaração da Neocutis.

A Neocutis também insistiu que aquela única doação seria suficiente para a produção de seus produtos. Os críticos argumentam que é impossível saber quanto tempo a linhagem da célula durará, mas a Neocutis afirma em seu website que "nenhuma biópsia fetal jamais será requerida."

"Sentimos que estamos em completa concordância com as leis de Deus e as leis dos homens", o presidente da Neocutis Mark J. Lemko disse em uma resposta de e-mail aos críticos, o qual está postado no website de Crianças de Deus pela Vida.

A senhorita Vinnedge acusou a companhia de utilizar sua aplicação médica PSP a fim de chamar atenção para o uso de seu cosmético. Apesar de a companhia desenvolver o PSP para tratamento de úlceras da pele, queimaduras e cicatrizes , a Neocutis logo reconheceu o valor dos ingredientes em restaurar o envelhecimento da pele.

Os produtos cosméticos da Neocutis que usam a linhagem de células incluem o creme bio-restaurador da pele, hidrogel bio-restaurador Bio-Gel, creme bio-restaurador para os olhos Lumiere e bio-restaurador Serum com tratamento de manchas intensivo com PSP. Em termos de preço, eles não são exatamente comparáveis a Maybelline: uma garrafa de 28 grs. de creme bio-restaurador Journee custa 120 dólares.

Julie Brown, presidente da Liga da Vida Americana, disse que embora o uso de partes de fetos abortados seja indefensável qualquer que seja o propósito, o uso da Neocutis para um produto tão trivial quanto um creme antienvelhecimento expressa unicamente uma moda atual e o desejo pela eterna juventude.

"O que é novidade sobre isto é nossa atitude cultural em direção ao embelezamento e nosso senso do eu... e viver para sempre," ela disse.

A senhorita Vinnedge disse que ela objetaria usar as linhagens de células fetais não importa qual seja o uso, médico ou cosmético, argumentando que as células maduras são igualmente eficientes. Realmente, outras companhias produzem cremes para pele avançados usando proteínas derivadas de placentas pós-natal, as quais a senhora Brown reputou completamente aceitáveis moralmente pelos defensores da vida.

Mesmo assim, a senhorita Vinnedge disse que usar tecido fetal em cremes anti-rugas cruza as fronteiras da moral e da ética.

"Isto é pura vaidade," disse a senhorita vinnedge. "Estamos falando de tratamento médico versus tratamento por vaidade."

Ela comparou isso ao uso nazista de peles de judeus para fazer abajur. Seu website mostrou um clip de um filme de ficção científica de 1973 chamado "Soylent Green", no qual é descoberto que o "ingrediente secreto" em um biscoito popular é carne humana.

A amostra original de pele pode ter sido minúsculo, ela disse, mas é desse jeito que é um bebê que está por nascer. "Eles dizem que a amostra de pele foi do tamanho de um selo postal - bem, algo desse tamanho poderia significar as costas toda," disse a senhorita Vinnedge.

Nem o website da Neocutis nem a sua propaganda fazem qualquer segredo do uso de linhagens celulares fetais pela companhia.

As entradas online da firma dizem que os produtos foram "inspirados pelas propriedades únicas da pele dos fetos" e que a tecnologia "usa culturas de linhagens de células fetais para obter uma mistura de nutrientes de pele ótima e naturalmente equilibrada."

"Neocutis significa, literalmente, nova pele. E quem não gostaria de voltar no tempo e criar uma perfeita pele de bebê novamente?" Diz um anúncio.

Mesmo os críticos da companhia ficaram surpresos com a sua sinceridade. Por anos, a senhorita Vinnedge disse que ela tinha ouvido rumores de que algumas companhias de beleza usam linhagem fetal de abortados em seus produtos, mas ela nunca tinha sido capaz de confirmar porque a Administração de Alimentos e Drogas (FDA) não requisita a listagem dos ingredientes dos cosméticos.

"Normalmente, quando as pessoas nos escrevem sobre cosméticos, dizemos a elas que é impossível descobrir," diz a senhorita Vinnedge. "É por isso que eu não posso acreditar que (a Neocutis) postou isso."

A senhora Brown disse que a declaração da companhia a impressionou tanto moralmente quanto filosoficamente.

"Nós achamos que a companhia conseguiu a posição que tem porque eles estão tentando se alinhar com a identidade católica de alguns de seus fundadores," ela disse. Os funcionários da Neocutis "não parecem achar que há qualquer cumplicidade da parte deles" por usar produtos de aborto.

"Eu acho que muitas companhias apenas dizem, 'há um bem a ser alcançado, ' e não importa como," ela disse.

A senhora Brown disse que esse desenvolvimento não é especialmente surpreendente para ela, relembrando que o seu grupo publicou um livro em 1981 chamado "101 usos para um bebê morto," no qual a autora Olga Fairfax escreveu que o tecido fetal poderia ser usado em produtos de cuidado da pele e até para fazer crescer novos membros.

"Agora, estamos mais avançados do que (a Srta. Fairfax) poderia ter imaginado," a senhora Brown disse.

A organização da senhorita Vinnedge tem pressionado o congresso por anos para uma legislação mais detalhada da rotulagem na medicina, mas ela diz que agora amplia sua proposta para incluir os cosméticos.

"A PETA (organização de proteção dos animais) assegurou-se de que soubéssemos que as companhias não estão testando cosméticos em animais," ela se referia ao grupo de direito dos animais Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais. "Nós queremos ter certeza de que eles não estão usando material fetal."

Fonte: www.newsmax.com/insidecover/fetal_cells_cosmetics/2009/11/03/280834.html

Nota: Por mais chocante que possa parecer isso é mais comum do que a maioria das pessoas imaginam.

Há empresas que usam material fetal para produzir sabonetes e existe até um mercado bastante ativo de comercialização de partes de bebês abortados para experiências científicas clandestinas. Os bebês são fatiados e as partes vendidas separadamente.

E o mais horripilante é que há também a venda de fetos abortados para alimentação. Há pessoas, obviamente totalmente depravadas, que comem fetos de bebês abortados.

É o ser humano mostrando toda a maldade que há em seu coração.










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